Poema – Medíocre

“Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” [Thiago 4: 14]

Desde semana retrasada parei para refletir sobre o versículo acima, a mediocridade humana e o que realmente vale a pena ser vivido. E de uma pequena forte crise na quinta-feira passada escrevi o poema abaixo, onde tento sintetizar meus pensamentos sobre o assunto.

Medíocre

Estou cansado, mas nem mil camas poderiam
me dar o descanso que preciso.
Estou exausto, mas nem mil noites conseguiriam
me dar o vigor que necessito. O que é nossa vida?
Somos um vento que vem e logo passa.
Somos uma flor que murcha e perde sua graça.
Somos… Fomos. Há uma razão nisto tudo?
Procuro um motivo.
Um vislumbre de alegria.
Sentir-me vivo.
Viver o que penso que faria.

Mas no que resulta tudo isso?
Tudo é passageiro
Nessa máquina de ilusões
Sinto-me um estrangeiro
Sem entender direito as direções.

E do que vale tudo isso?
Vaidade sobre vaidade
Distraímos-nos da seriedade
Criamos nossa própria felicidade
Tememos a idade.

E como ver tudo isso?
Meus olhos não são mais coloridos
Perdoe-me eu falhei em tentar
Ser a pessoa com olhos distraídos
Tudo que vejo não agrada meu paladar

O que é a minha vida?
“Medíocre! Medíocre!”, gritam pra mim as crianças.
“Medíocre! Medíocre!”, falam pra mim as damas.
“Medíocre! Medíocre!”, cochicham pra mim as senhoras.
“Medíocre! Medíocre!”, sussurram pra mim as sepulturas.

Isso é tudo?
Um cristão mediano.
Um aluno mediano.
Um profissional mediano.
Sempre na média, sempre medíocre.

De onde vem?
Esses vislumbres de grandeza?
Esse desejo mais profundo
De sentar-me a mesa
E não ser mais um no mundo?

Do que serve?
Esse desejo de mudar?
De tornar-me uma revolução
Que não seja volátil como o ar
Que não seja vil como um cão?

Sou eu, então o mais triste dos homens?
Certamente eu sei que Nabucodonosor
Levantar-se-ia e diria que não conheço o pó
E outra testemunha afirmaria que não sei o que é dor
E sei que esta outra pessoa seria Jó.

Haverá, portanto, esperança?
Certamente estes mesmos homens que beijaram a morte
Testemunhariam que Ele é soberano e que vive
E que ainda é poderoso para mudar minha sorte
E não deixará o seu santo conhecer a destruição vil e triste

E o que dirá você?
Que sou desvairado, louco, negativista e caxias?
Pressupõe que detém toda verdade?
Ah, meu amigo, não me venha com palavras vazias
Entenda que o que busco vai além, chama-se realidade.

O que é sua vida?
Alguém sabe a saída?

(Vinícius Musselman Pimentel)

O motivo de tê-lo postado aqui no blog, por incrível que pareça, é encorajar irmãos que talvez estejam vivenciando a mesma situação que eu passei de desânimo e desmotivação. Mas deixe-me continuar a história.

Após a quinta nebulosa, na sexta-feira à tarde, conversei com meu amigo André, do blog Teologia e Vida (o qual fortemente recomendo leitura) e ele me amparou de muitas maneiras. À noite fui à igreja dele visitá-lo e conhecê-lo e acabei vivenciando a famosa frase: “parece que a pregação foi feita exclusivamente para mim”. E talvez a fosse.

Naquele dia, um salmo ficou guardado no meu coração e quero compartilhá-lo para que ele possa ser um oásis no deserto das tribulações que talvez você esteja atravessando.

[Salmo 103]
Davídico.

Bendiga o SENHOR a minha alma!
Bendiga o SENHOR todo o meu ser!
Bendiga o SENHOR a minha alma!
Não esqueça nenhuma de suas bênçãos!

É ele que perdoa todos os seus pecados
e cura todas as suas doenças,
que resgata a sua vida da sepultura
e o coroa de bondade e compaixão,
que enche de bens a sua existência
de modo que a sua juventude
se renova como a águia.
O SENHOR faz justiça
e defende a causa dos oprimidos.
Ele manifestou os seus caminhos a Moisés,
os seus feitos aos israelitas.

O SENHOR é compassivo e misericordioso,
mui paciente e cheio de amor.
Não acusa sem cessar
nem fica ressentido para sempre;
não nos trata conforme os nossos pecados
nem nos retribui conforme as nossas iniqüidades.
Pois como os céus se elevam acima da terra,
assim é grande o seu amor
para com os que o temem;
e como o Oriente está longe do Ocidente,
assim ele afasta para longe de nós
as nossas transgressões.

Como um pai tem compaixão de seus filhos,
assim o SENHOR
tem compaixão dos que o temem;
pois ele sabe do que somos formados;
lembra-se de que somos pó.
A vida do homem é semelhante à relva;
ele floresce como a flor do campo,
que se vai quando sopra o vento
e nem se sabe mais o lugar que ocupava.
Mas o amor leal do SENHOR,
o seu amor eterno, está com os que o temem,
e a sua justiça com os filhos dos seus filhos,
com os que guardam a sua aliança
e se lembram de obedecer aos seus preceitos.

O SENHOR estabeleceu o seu trono nos céus,
e como rei domina sobre tudo o que existe.

Bendigam o SENHOR,
vocês, seus anjos poderosos,
que obedecem à sua palavra.
Bendigam o SENHOR todos os seus exércitos,
vocês, seus servos, que cumprem a sua vontade.
Bendigam o SENHOR todas as suas obras
em todos os lugares do seu domínio.
Bendiga o SENHOR a minha alma!

Amado em Deus, mesmo passando por provações bendiga ao SENHOR porque Ele jamais, JAMAIS, irá deixá-lo, abandoná-lo ou desampará-lo. Simplesmente creia.