Jonathan Parnell – Um Sistema de Oração para 2013

O Ano Novo é um ótimo momento para reconfigurar a maneira de fazermos as coisas. E pode ser um momento um pouco opressor.

Dieta, exercício, hábitos de memorização, listas de leitura, gerenciamento de tempo — tudo isso é bom. Mas talvez o melhor lugar para se começar — e o fundamento de todo o resto — seja os meios primários de graça na vida cristã: a Palavra e a oração.

Para a Palavra, Justin Taylor reuniu uma ótima lista de planos de leitura bíblica a considerar [veja aqui]. Quanto à oração, você também pode descobrir que algumas abordagens sistemáticas são úteis.

Alguns Sistemas a Considerar

Paul Miller nos adverte que sistemas se tornam rotina, nos tornando mecânicos e desatentos em nossas orações. Eles podem insensibilizar nossa comunhão com Deus como pessoa. Mas ele continua: “Lembre-se: a vida é tanto dar as mãos quanto esfregar o chão. É tanto ser quanto fazer. Diários de oração e cartões de oração estão no lado ‘esfregar o chão’ da vida. Orar como uma criança está no lado ‘dar as mãos’ da vida. Precisamos de ambos.”

Cartões de Oração

Adaptado de Paul Miller, “A Praying Life” (Uma Vida de Oração), (NavPress, 2009), 225-233.

Usando uma pilha de cartões de arquivo de 7×10 centímetros, Miller cria cartões para pessoas em vários relacionamentos: membros da família, pessoas em sofrimento, não cristãos, e amigos.

Diretrizes:

  1. O cartão funciona como um resumo da vida da pessoa, então eu uso frases curtas para descrever o que eu quero.
  2. Quando estou orando, eu normalmente não permaneço em um cartão por mais do que alguns segundos. Simplesmente escolho uma ou duas áreas chave e oro por elas.
  3. Eu coloco a Palavra para trabalhar escrevendo um versículo das Escrituras no cartão que expresse meu desejo para aquela pessoa ou situação em particular.
  4. O cartão não muda muito. Talvez uma vez por ano eu adicione outra linha. São apenas as áreas mais comuns da vida da pessoa pela qual estou orando.
  5. Geralmente não anoto respostas. Elas são óbvias para mim uma vez que vejo os cartões diariamente.
  6. Às vezes eu anoto a data do pedido de oração colocando o mês/ano (por exemplo, 08/07).

Ele conclui: “Anote seus pedidos de oração; não fique negligentemente à deriva pela vida no narcótico que é a vida corrida na América. Se você tenta agarrar o dia, o dia eventualmente irá lhe quebrar. Agarre a orla da veste [de Jesus] e não o solte até que ele lhe abençoe. Ele remodelará o dia” (233).

Listas e Anotações

Adaptado de D.A. Carson, A Call to Spiritual Reformation, (Baker Books, 1992), 27-29.

Além de quaisquer guias impressos que eu possa usar, eu mantenho uma pasta em meu escritório, onde eu oro, e normalmente a levo comigo quando estou viajando. A primeira folha naquela pasta é uma lista de pessoas por quem eu devo orar regularmente: elas estão ligadas a mim, a quem eu sou. Minha esposa encabeça a lista, seguida por meus filhos e alguns parentes, seguidos por alguns amigos íntimos em várias partes do mundo.

A segunda folha em minha pasta lista preocupações de longo e curto alcance que não permanecerão lá indefinidamente. Elas incluem responsabilidades iminentes no ministério e várias crises ou oportunidades das quais eu tenha ouvido a respeito, frequentemente entre cristãos que eu conheço pouco. Ou elas são o tipo de coisas que em breve se tornará passado (como o projeto de escrever este livro!), ou dizem respeito a pessoas ou situações remotas demais para que eu me lembre com facilidade. Em outras palavras, a primeira folha se concentra em pessoas por quem eu oro constantemente; a segunda inclui pessoas e situações pelas quais eu devo orar por um período curto ou extenso de tempo, mas provavelmente não para sempre.

O próximo item em minha pasta é a lista de meus orientandos — os alunos por quem sou particularmente responsável. Esta lista inclui algumas anotações sobre seus contextos, programas acadêmicos, famílias, preocupações pessoais e afins, e é claro, esta lista muda a cada ano.

O resto da pasta está cheio de cartas — cartas de oração, cartas pessoais, ocasionalmente anotações independentes com o nome de alguém no topo. Estas são arquivadas em ordem alfabética. Quando uma nova carta chega, eu sublinho quaisquer questões nela que devem ser motivos de oração, e então a arquivo no local apropriado na pasta. A carta que ela substitui é retirada ao mesmo tempo, de maneira que a pasta de oração está sempre atualizada. Eu tento separar tempo para interceder com Deus em nome das pessoas e situações representadas por estas cartas, tomando a que está no topo, e então a próxima, e a próxima, e assim por diante, colocando as que estão no topo no fim da pilha, quando termino com elas. Assim, ainda que a lista esteja em ordem alfabética, em qualquer dia uma letra diferente do alfabeto pode me confrontar.