A importância de Credos e Confissões

Já ouviu a ideia de que não devemos ter nenhum credo, só a Bíblia? Isso pode dar a impressão de piedade, mas com John Stott afirma: “Desrespeitar a tradição e a teologia histórica é desrespeitar o Espírito Santo que tem ativamente iluminado a igreja em todos os séculos.”

A imagem abaixo nos mostra a importância de credos e confissões:

Uma preocupações de muitos evangélicos, em um país majoritariamente católico, quando se fala sobre credo e confissões, é que eles tomem o lugar da Bíblia. E, de fato, esse extremo existe. Porém, Hermisten Maia, no livro Creio, nos alerta:

“Os documentos da Igreja que recebemos, não são infalíveis (nem mesmo naquilo que é consensual), nem jamais pretenderam isso; contudo, são os tesouros históricos e teológicos que nos foram legados. A sua autoridade é relativa. No entanto, a Igreja não pode sobreviver sem a consciência de seu passado, de suas lutas, dificuldades, fracassos e, certamente, por graça, de suas vitórias. Esta consciência deve gerar em nós um espírito de gratidão, humildade e desafio diante da magnitude da Revelação de Deus.”

Creio_detCREIO: no Pai, no Filho e no Espírito Santo

O Credo Apostólico é um dos mais antigos e belos documentos da Cristandade.Sua fórmula sucinta e fácil de gravar tem sido usada pela igreja cristã há quase dois mil anos e representa um verdadeiro compromisso de fé do cristão sincero. Nesta importante obra, escrita com clareza e profundidade pelo professor e pastor Hermisten Maia, o Credo Apostólico é comentado em detalhes e apresentado em toda a sua riqueza teológica e devocional. O livro que o leitor tem nas mãos é uma pequena Teologia Sistemática e uma obra de referência para ensino tanto em igrejas, como em seminários.

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Heber Carlos de Campos, no artigo A Relevância dos Credos e Confissões, nos lembra:

“Em tempos de tanta confusão teológica por que passa a igreja cristã […] não é aconselhável professar o cristianismo sem afirmar com clareza aquilo em que se crê. A igreja de Cristo sempre foi uma igreja confessante, porque a genuinidade da nossa fé tem que ser evidenciada naquilo em que cremos e confessamos. Temos que ter a ousadia de afirmar clara e abertamente e, de preferência, de forma escrita, as coisas em que cremos. Reconheço que vivemos numa era que rejeita a noção credal ou confessional, mas esta posição tem que ser repensada. Tantas são as heresias e as tentativas de assalto à fé genuína que tornam-se necessárias a formulação e a confissão daquilo em que cremos, para que a igreja, na sua inteireza, não venha a ficar perdida, lançada de um lado para outro por quaisquer ventos de doutrina.”

Há uma grande relação entre heresias e falta de confissão pública de fé. John Piper aponta isso no artigo Pensamentos sobre a suficiência das Escrituras – O que significa e o que não significa:

“Um facto surpreendente, que eu não esperava encontrar, era que os hereges protestavam muito mais em relação à linguagem não-bíblica do credo ortodoxo. Eles argumentavam que as frases “de uma essência com o Pai” e “uma substância com o Pai” não se encontravam na Bíblia. Os hereges exigiam “Credo não, Bíblia sim”, precisamente para que pudessem usar a linguagem bíblica a fim de fugir à verdade bíblica. Por exemplo, eles voluntariamente chamariam a Cristo “Filho de Deus” para então argumentar que, como todos os filhos, Ele deveria ter tido um começo. Então, para minha surpresa, uma forma da doutrina da “Suficiência das Escrituras” foi usada para minar a verdade da Escritura.”

Carl Trueman, autor do livro O Imperativo Confessional (Editora Monergismo), fala no vídeo abaixo mais sobre o assunto. Veja também esta palestra do autor.

Você pode encontrar uma lista de confissões e credos no site monergismo.net.br, bem como catecismos.