E o Espírito de Deus Pairava sobre a Face das Águas

Gênesis 1:1-2

No princípio, criou Deus os céus e a terra. A Terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o ‘ruah’ – o Espírito de Deus – pairava por sobre as águas.

A palavra ‘ruah’ significa ou vento, ou espírito. Há alguns estudiosos que pensam que esta é simplesmente uma descrição de um poderoso vento soprando sobre a face das águas. Mas, na verdade o resto do Antigo Testamento, quanto remete a tal afirmação, sempre parece assumir que não se trata de algum tipo de vento criado natural que está soprando pela criação, mas o poder da pessoa de Deus pairando sobre a face das águas quando a Terra estava sem forma e vazia.

Por que Gênesis 1.2 fala sobre o Espírito Santo pairando sobre a face das águas?

Você pode usar diferentes verbos em sua vida cristã quando descreve a obra do Espírito Santo. “Pairar” é provavelmente uma que você muito raramente tenha usado. Você raramente fala do Espírito de Deus pairando. Mas este é, na verdade, um verbo muito importante que está sendo usado aqui, porque, em primeiro lugar, está nos encorajando a tentar entender o que o Espírito está fazendo enquanto ele paira sobre as águas. Então, enquanto Deus fala de seu trono no céu, o Espírito de Deus, através do Verbo de Deus, começa a fazer algo.

Sem entrar nos detalhes de Gênesis 1, você vai notar que há duas coisas que o Espírito faz.

O mundo é sem forma e vazio. O que o Espírito faz, enquanto paira sobre as águas nesse ministério, é trazer forma e ordem a partir da desformidade de da amorfidade da massa originalmente criada. Depois, trazer plenitude ao vazio da massa criada original.

As escrituras ensinam esse fato notável, que quando Deus criou o cosmo, logo no início, ele não tinha a forma e a plenitude que viria a ter durante os dias da criação.

Esse era o ministério do Espírito Santo: tomar o desforme e criar forma. Tomar o vazio e dar a esse vazio plenitude. Como você sabe, o resto do primeiro capítulo do livro de Gênesis descreve como a forma começa a acontecer. Depois, maravilhosamente, enquanto o Espírito de Deus continua a empregar a articulação do Verbo de Deus, tal vazio é cada vez mais cheio de plenitude.