A perseverança dos santos e o ministério entre os pobres

Os Cânones de Dort chamam a doutrina da preservação/perseverança dos santos, (às vezes chamada de preservação dos eleitos), de um “tesouro inestimável”. Veja aqui uma posição mais detalhada e uma descrição de erros a serem evitados nessa discussão.

Pode-se definir a perseverança como a contínua operação do Espírito Santo no crente, pela qual a obra da graça divina, iniciada no coração, tem prosseguimento e se completa. É porque Deus nunca abandona a Sua obra que os crentes perseveram até o fim. (Louis Berkhof, Systematic Theology [Teologia Sistemática – Cultura Cristã])

Em resumo, esses textos nos ensinam que aqueles a quem o Pai ama, por quem Jesus morreu e a quem o Espírito regenera, serão guardados pelo Senhor para sempre. Agora, por que nos preocupamos com a doutrina da perseverança dos santos no plantio e pastoreio de igrejas em conjuntos habitacionais/subúrbios? Permita-me oferecer uma série de razões:

  1. Essa doutrina nos lembra que Deus nos ama e nos guardará. Isso é muito importante em um ministério estressante onde muitas vezes nos tornamos espiritualmente “secos” e podemos sentir como se Deus tivesse nos abandonado. Em João 6.35-40 lemos:

35 Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. 36 Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes. 37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. 39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

  1. Essa doutrina nos lembra de não acreditarmos nas mentiras do diabo enquanto ele constantemente tenta nos acusar e atacar. A doutrina da perseverança nos lembra de não desistirmos da esperança. João 10.28, referindo-se às ovelhas de Cristo, nos lembra:

Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.

  1. Nós precisamos trazer à memória Romanos 8.35-39, lembrando que nada no mundo pode nos separar do amor de Deus em Jesus Cristo.
  2. Essa doutrina nos lembra que mesmo lutando contra o pecado em nossas vidas, Jesus o derrotou e um dia fará cessar a nossa guerra.
  3. Essa doutrina nos lembra que somos guardados pelo poder de Deus e que isso não tem relação com quão “para cima ou para baixo” nos sentimos nesse dia/semana específico.
  4. Essa doutrina nos lembra que a morte perdeu o seu aguilhão e que Deus nos preserva tanto na vida como na morte.
  5. Essa doutrina nos dá um motivo real para lutar em meio ao sofrimento e angústia dos nossos ministérios, porque sabemos que, finalmente, Deus tem um propósito e nos conduzirá através de todas as nossas provações.

A doutrina da perseverança dos santos realmente pode estimular a nossa adoração, ela nos conduz ao louvor, alegra-nos e prepara-nos para a morte que um dia virá. Nós temos a responsabilidade de ensiná-la de forma corajosa e simples como um conforto para aqueles que pertencem a Cristo. O que pode ser melhor do que saber que Cristo não somente morreu para resgatar pecadores, mas que em sua soberana misericórdia e graça podemos ter a certeza de que ele guardará até o fim aqueles que ele chamou?

23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. (1 Tessalonicenses 5.23-24)

Por: Mez McConnell. © 20schemes. Website: 20schemes.com. Traduzido com permissão. Fonte: Why The Doctrine Of Perseverance Is Essential For Ministry Among The Poor

Original: A perseverança dos santos e o ministério entre os pobres. © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Camila Rebeca Teixeira. Revisão: André Aloísio Oliveira da Silva.