Continuo não lendo (ou assistindo) Cinquenta Tons de Cinza

Continuo não lendo Cinquenta tons de cinza

É preciso repetí-lo devido ao iminente lançamento do filme. Já havia dito ao meu marido que eu realmente não queria me envolver. Mas depois, descobri que a mãe de minha amiga, de setenta anos, tinha seu nome em uma longa lista de espera na biblioteca para emprestar Cinquenta tons de cinza. E depois, minha mãe me disse que uma parenta que amo e respeito por sua fé firme devorou ​​o livro. Ela tristemente não conseguia “tirar as imagens de sua cabeça”. Então, aqui estou eu, de novo. Na tentativa de manter as imagens fora da sua cabeça, gostaria de explicar por que não estou lendo Cinquenta tons de cinza e por que não assistirei ao filme.

1. Vamos começar com os fatos. Cinquenta tons de cinza é classificado como ficção erótica.

De acordo com um dicionário on-line, este gênero de literatura é definido como aquele que “não tem valor literário ou artístico além de estimular o desejo sexual”. Tenho estudado o que Deus diz sobre a sexualidade por mais de quinze anos. Segundo ele, há apenas uma pessoa que deve estimular o desejo sexual em mim: meu marido. Uma vez que esse é o plano de Deus para o meu desejo sexual, qualquer coisa que não seja o meu marido estimulando o desejo em mim perderia o selo da intenção de Deus. (Traduzindo: É pecado.)

Jesus o expressou assim: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”. O mesmo é verdadeiro em relação a uma mulher que olha ou lê sobre um homem que não é o seu marido. Razão nº1? Creio que ler livro erótico é pecaminoso.

2. A Bíblia tem afirmado por milhares de anos que a luxúria é danosa e perigosa.

E, adivinhe? Os biopsicólogos e outros estão estudando os efeitos da luxúria, da pornografia e do erotismo no cérebro e no corpo. Eles estão descobrindo que a Bíblia de fato estava certa. Ao longo do tempo, seu corpo se torna condicionado à autoestimulação e gratificação. Não é apenas uma preferência. É fisiológico. A luxúria faz um percurso literal em seu tecido cerebral, que é semelhante à excitação — um percurso no qual você deve estar preparada para ficar presa.

Enquanto, no início, um pouco de erotismo pode lhe estimular em relação ao seu cônjuge (se você é casada), ao longo do tempo, a excitação lembra quão boa você é na autoestimulação e quão poderosa é a sua imaginação. Você ficará menos interessada em sexo real com seu marido (a revista SELF e The New Yorker publicaram artigos sobre esse fenômeno nos últimos anos. Ambas sugeriram que, se você deseja ter uma ótima vida sexual, é melhor parar com a pornografia!). O fato é que o erotismo rouba de você o sexo real. Isso não é bom para o seu casamento ou futuro casamento.

3. Ok, somos garotas. E, infelizmente, algumas de nossas garotas têm assistido pornografia.

Como isso faz você se sentir? Você já pensou que jamais poderia se comparar à perfeição criada por luzes, câmera e Photoshop? Bem, ele também não pode se comparar a uma interpretação plastificada e açucarada da masculinidade. Consumir ficção erótica enquanto exige que os homens se abstenham da pornografia é um padrão duplo.

4. Você sabe o que é EDSM? Escravidão, dominação, sadismo e masoquismo.

Se você não conhece o que essas palavras significam, fique feliz. Se você conhece, deve entender que a parte mais prejudicial de Cinquenta tons de cinza é que Deus criou o sexo para ser uma parceria que é nutrida pelo amor e altruísmo, não pela dor e humilhação. Não é apenas que este livro deturpa o sexo, ele o redefine em algo maligno, pois o protagonista domina de forma danosa. Não consigo entender como uma mulher pode apreciar isso! Porém, tenho uma teoria: parece-me que, em nossa cultura emasculadora, existe tal grande anseio por homens fortes que as mulheres se rebaixarão à escravidão, dominação, sadismo e masoquismo para terem apenas uma experiência. Faça um favor a si mesma… não faça isso!

Você pode estar se perguntando se eu já li o livro. Não li. Não preciso lê-lo. E não preciso ver o filme. Há muitas coisas neste mundo das quais não preciso participar para discernir que elas serão danosas para mim. Deus me deu mais do que cinquenta tons de verdade em sua palavra, e quando apenas um deles está em conflito com minhas escolhas de entretenimento, decido ignorar essas escolhas! Sendo clara: assim como eu não dirigiria meu carro em direção a um caminhão que está se aproximando, eu não abriria as páginas desse livro ou iria ao cinema para assistir Cinquenta tons de cinza. Amo demais o meu casamento, o meu Deus e a mim mesma.

5. Tenho descoberto uma conexão entre deleite em Cristo e satisfação sexual.

A Universidade de Illinois, em Chicago, realizou um dos estudos sexuais mais liberais até o momento. Este revelou que as mulheres mais satisfeitas sexualmente eram mulheres casadas de meia-idade que eram religiosamente ativas. De modo específico, as mulheres evangélicas relataram o maior nível de satisfação, mesmo quando comparadas às mulheres universitárias que imaginam ter mais diversão. Você sabe o que penso? Não acho que se trata de satisfação sexual. Acho que essas mulheres — como eu — descobriram que quando Cristo é o centro da nossa satisfação, o restante de nossas vidas apenas funciona melhor. Cada parte delas. Esse fato também prova que o sexo não é sobre corpos atraentes e técnica sensacional, mas sobre amor, compromisso e intimidade.

O maior ataque de satanás contra a sexualidade santa é limitá-la a algo que seja apenas físico, e esse é o maior problema com a ficção erótica, como Cinquenta tons de cinza. Deus planejou o dom do sexo para ir muito além das limitações físicas, para nos permitir conhecer profundamente um ao outro, e é por isso que as mulheres que têm profunda intimidade com Cristo são capazes de experimentar a intimidade em seus leitos matrimoniais — ou realmente conhecem o contentamento genuíno se forem solteiras.

Quanto a mim, estarei ignorando o Sr. Grey e me entregando novamente ao grande amor de Cristo. Essa é a única coisa que sempre tem me satisfeito verdadeiramente.

O que você escolherá?

Por: Dannah Gresh. © Revive Our Hearts. Website: reviveourhearts.com. Traduzido com permissão. Fonte: I’m Still Not Reading (or Watching) Fifty Shades.

Original: Continuo não lendo (ou assistindo) Cinquenta Tons de Cinza. © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Camila Rebeca Teixeira. Revisão: Renata Machado Gandolfo.