Coisas que as mães gostariam muito de ouvir

Agora que começo a ter filhos na adolescência e os amigos próximos têm filhos saindo de casa, penso que este futuro que me parecia tão longínquo há uns anos, pode aproximar-se para mim mais rápido do que imagino. Dou comigo a pensar nos adultos que os meus filhos serão e o que recordarão dos pais.

Porque sei que as memórias que guardamos são diferentes, e porque as sensibilidades de cada um são únicas, dou comigo constrangida a relembrar muitos erros que cometi e que ainda cometo, ou ainda a ser eventualmente surpreendida por erros que nem me lembro. Terei de estar preparada para isso.

Mas penso que o mais importante aqui não é tanto focarmo-nos no que fizemos concretamente, mas na forma como passamos aquilo que acreditávamos e como vivíamos (e mais do que errar, a coerência entre estas duas áreas – crer e viver – é muito importante).

Também penso que no fim das contas, é a Deus que terei de me justificar e ser avaliada. Portanto, tento não ficar assim tão preocupada com aquilo que eu sou, ou a imagem que eu passei, mas o que ficou presente acerca do meu Deus. Por isso, há várias coisas que gostaria que os meus filhos dissessem de mim. Não porque eu fui melhor mãe do que alguém (longe disso), não porque eu sou melhor ou mais esforçada, mas porque Deus esteve comigo e me ajudou – com o meu marido – a passar valores importantes, que transmitem a eternidade.

“A minha mãe amava mais a Deus do que a mim, ou qualquer outra pessoa.” – A minha mãe sempre buscou fazer aquilo que agradava mais a Deus, do que aos outros. Lembro-me de a ver ler a Bíblia e a dedicar tempo que, sabíamos, não podia ser interrompido. Recordo-me de vê-la gastar tempo a aconselhar outras pessoas e a amá-las com o amor de Jesus.

“A minha mãe sempre se preocupou com o meu carácter, não com o meu desempenho.” – Para a minha mãe, o meu carácter sempre foi mais importante do que as minhas competências. O importante era dar o meu melhor, mesmo que o meu melhor não fosse o melhor em escalas ou avaliações. Que tratar os outros com cuidado e respeito era mais importante do que ser o melhor em alguma coisa. Que não somos piores nem melhores que ninguém, somos quem Deus nos criou para ser. Que devemos usar os nossos talentos com empenho, e respeitar as nossas limitações.

“A minha mãe sempre amou o meu pai.” – Cresci numa casa com pai e mãe muito imperfeitos, mas que se amavam. Que me mostraram que o amor é mais do que um sentimento – é uma atitude e uma decisão. Os meus pais desentendiam-se, e voltavam a entender-se. Era difícil contornar as decisões de um, porque eles eram uma frente unida. Procuravam estar juntos e relembravam-nos que eles eram um só, para o resto da vida, mesmo antes de nós existirmos.

“A minha mãe ensinou-me a servir, porque sempre foi uma pessoa de serviço.” – As mãos da minha mãe estavam sempre disponíveis para ajudar, e embora não escondesse o cansaço, procurava dar sempre mais. Fez da nossa casa o primeiro local de serviço, mas isso não foi impedimento para servir os outros, independentemente da idade, da cor ou do estrato social. Ensinou-me que o nosso próximo deve ser amado sempre.

“A minha mãe ensinou-me que aquilo que damos nunca nos vai fazer falta.” – Tudo o que temos foi Deus quem nos deu, e a minha mãe vivia isso. Ensinou-nos a sermos zelosos pelas nossas coisas, ao mesmo tempo que desprendidos. A dar do que temos a Deus e aos outros, que todos os bens são passageiros e que devemos ser bons mordomos do que Deus nos dá.

“A minha mãe ensinou-me acerca da graça.” – A minha mãe falava sempre que o nosso mérito é tudo graça de Deus na nossa vida. Mesmo para aqueles que não creem, tudo que alcançamos é só porque – todos os dias – a misericórdia de Deus se estende para o mundo. Lembrou-me que tudo o que conseguimos fazer deve ser uma boa gestão dos talentos e dons que Deus nos dá. Sem Ele, nada conseguiríamos.

Deus me ajude a ser esta mãe!

Vislumbres da Graça

Valorizando o evangelho na rotina do lar

Deus se importa com as pequenas coisas do seu dia a dia?

Às vezes, a vida parece um fardo. São sempre as mesmas tarefas e obrigações, desafios e desencorajamentos, ansiedades e responsabilidades. Todas as mulheres já experimentaram essa sensação, seja uma mãe, dona de casa ou uma mulher que trabalha fora, dividindo tempo entre o trabalho e o lar. Porém, este livro irá encorajar suas leitoras a enxergar a realidade da graça de Deus naquelas áreas do dia a dia que parecem entediantes e sem importância. Através de exemplos pessoais e histórias cativantes, a autora apresenta reflexões ricamente bíblicas que irão ajudar a leitora a experimentar o poder extraordinário do evangelho em sua vida cotidiana.

CONFIRA

Por: Ana Rute Cavaco. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Traduzido com permissão. Revisão: Renata Machado Gandolfo. Original: Coisas que as mães gostariam muito de ouvir.