John Owen – Estudo Sobre a Tentação: Como combater e vencer as Tentações

“O alvo da tentação é desonrar a Deus e abater a alma.” (John Owen)

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26:41)

3 RAZÕES NOS AFLIGEM:

1. O diabo, que é o Tentador – Mt 4:3; 1 Ts 3:5.

2. O mundo.

3. A carne, que é inclinada para o mal – Tg 1:12-13.

QUANDO CAÍMOS EM TENTAÇÃO?

• Quando negligenciamos as obrigações (os deveres) que Deus nos dá.

• Quando alimentamos o mal no coração.

• Quando permitimos que Satanás nos atraia, afastando-nos da comunhão.

• Quando deixamos de obedecer.

2 PONTOS PREJUDICIAIS:

1. O grande mal que a tentação pode causar.

2. A grande variedade de tentação usada.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17:9) – Em outras palavras: Não confie no coração!

Confie nas condições e considerações doutrinárias; confiança na Palavra, não em homens, nem em si mesmo!

DEUS TEM VÁRIOS MÉTODOS PARA TESTAR SEUS FILHOS:

• Confrontá-los com falsos mestres e falsos ensinos – “vos prova…” Dt 13:1,3

• Tribulações – “acima das nossas forças”… 2 Co 1:8 – Deus nos testa além da nossa capacidade, dando deveres, às vezes, acima dos recursos, como um desafio ou tarefa.

• Sofrimento e martírio – “… Cristo sofreu… deixando-vos exemplo…” 1 Pe 2:21 – “…a graça de padecerdes por Cristo…” Fp 1:29.

Obs.: Deus não tenta. – “…Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta.” Tg 1:13.

COMO COMBATER E VENCER A TENTAÇÃO:

1. Não menosprezar o poder da tentação, ela tem o poder de obscurecer a nossa mente; embriagar; entorpecer, de várias maneiras:

a) Dominando os pensamentos; a imaginação. Podemos chamar de obtusidade; cegueira.

b) Ela faz uso dos desejos e das emoções para turvar, nebular a nossa mente. Podemos chamar de irracionalismo. A nossa carne (o “eu”) tem o hábito de justificar e racionalizar o mal com pretextos sofisticados.

c) Inflamando os desejos maus, ela controla com violência e poder, adaptando-se ao pecado específico e adequado, como se fosse combustível diante do fogo. Ela ataca o ponto vital; o “calcanhar de Aquiles”. Até os mais fortes se surpreendem. Ex.: Pedro negou a Cristo.

2. Não menosprezar o poder da tentação coletiva. – Ap 3:10

a) O soberano poder de Deus faz uso dela para punir o mundo ímpio e julgar o joio (o falso crente).

b) Serve para manifestar tanto o bom exemplo (piedade) quanto o mau exemplo (impiedade). – 2 Tm 3:1-9. – Manifesta a frouxidão, acomodação ou firmeza.

c) Uma pequena brecha, uma pequena semente, uma pequena quantidade de fermento leveda toda a massa. – 1 Co 5:6; Gl 5:9. – “É mais fácil seguir a multidão que pratica o que não é certo, do que ficar firme com o que é certo.” (s/ ref.) , “Não é difícil fazer o certo, difícil é saber o que é certo e quando se sabe, difícil é não faze-lo.” (s/ ref.), “Não tropeçamos em montanhas, e, sim, em pequenas pedras.” (s/ ref.).

d) Na tentação coletiva sempre há fortes razões, justificativas, para nos levar para o mal. E isto se combate com: Fidelidade, obediência, humildade, crítica, análise, perspectiva correta, visão futura. – “teme a Deus e guarda os seus mandamentos…” Ec 12:13.

3. O poder da tentação pessoal.

a) Como é que pode acontecer um ato pecaminoso num crente firme? Há um processo da seguinte maneira:

1. O crente experimenta um pequenino passo com certa resistência, mas como não passa de uma resistência parcial, passa-se para a segunda etapa,

2. Ganha-se território. A tentação entra na alma, logo a tendência é crescente,

3. Após um certo estágio basta uma situação propícia para consumar. E neste ponto só há uma maneira de vence-la: A Mortificação, matar o mal pela raiz. – “Ou mortificamos os nossos desejos pecaminosos ou nossa alma morrerá.” (John Owen). – A razão não pode trabalhar em prol do desejo! Temos que aprender da própria experiência, pesar os contras, os prejuízos, os tormentos, etc.).

Por John Owen

Resumido e Adaptado por Raniere Menezes. Retirado de monergismo.com