Steven Lawson – Eleição Soberana: quem escolheu quem? #Fiel2012

JContinuando sua pregação sobre depravação radical, Steven Lawson mostra que somente a iniciativa soberana de Deus pode salvar um pecador incapaz de fazer qualquer coisa em prol da sua salvação. Continuando a mostrar esta verdade através das palavras de Jesus no Evangelho de João, Lawson enfatiza que é Deus quem dá os eleitos a Cristo (Jo 6:37) e que estes, as ovelhas de Cristo, ouvem a sua voz e o seguem (Jo 15:16).

Índice das Pregações Ouça e baixe o áudio da mensagem  Adquira o DVD

Resumo

Como Deus intervém na humanidade e inicia a salvação? A salvação começa na eternidade passada. Deus poderia ter escolhido não salvar a ninguém e, mesmo assim, continuaria sendo justo. O fato de ele ter salvado sequer uma pessoa é o resultado de sua maravilhosa graça.

A doutrina da eleição soberana diz que Deus escolheu uma Noiva para Seu Filho por si só e consigo mesmo. Aqueles a quem Ele salvará foram escolhidos antes de começarem os tempos, não tendo em vista qualquer previsão de fé ou de obras, pois o homem não pode crer por si só e Deus jamais olha através do túnel do tempo para aprender algo. Deus sabe tudo a respeito do futuro não porque Ele olha para o futuro, mas porque Ele decretou toda a história. Deus é o oleiro soberano e de uma mesma massa de argila Ele criou vasos de misericórdia e vasos de condenação, tudo para sua glória.

Não é uma doutrina difícil de entender; é difícil de engolir, pois esmaga o nosso orgulho, nos leva aos nossos joelhos e exalta a Deus.

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. (Jo 1:12-13)

A Eleição é baseada na escolha divina. Nós, sim, recebemos a Cristo (v.12), mas por trás desta verdade está o fundamento do novo nascimento (v.13). Nós nascemos de novo não por causa de ascendência étnica (“filho de crente não é crentinho”), nem por esforço da carne, nem pela vontade morta do homem. Se alguém nasce de novo isso parte de Deus e, portanto, toda glória pertence somente a Ele. Por trás do novo nascimento, está a verdade que Deus escolheu tal pessoa e a regenerou soberanamente (1 Pe 1:3).

Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. (Jo 6:37)

Antes de crermos, o Pai já havia nos dado ao Filho e é certo de que quem o Pai deu ao Filho virá ao Filho. Nós somos o presente de amor do Pai para o Filho. O Pai ama tanto o Filho que deseja que uma multidão exalte e glorifique o Filho eternamente.

Nisso vemos que a Trindade trabalha em perfeita unidade na salvação. O Filho não morre por um grupo diferente daqueles que o Pai lhe deu e o Espírito não regenera um grupo diferente para o qual o Filho deu sua vida.

E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. (Jo 6:39)

Deus deu uma missão para Cristo: não perder nenhum dos que o Pai elegeu. O perfeito Salvador executou sua obra perfeitamente, de modo que nenhum que o Pai lhe deu se perderá.

Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. (Jo 10:1-3)

As ovelhas de Cristo não são todo o mundo, mas aqueles que o Pai deu ao Filho. Cristo chama as Suas ovelhas e elas ouvem a Sua voz e o seguem. A fonte de tudo isso é a escolha soberana de Deus na eternidade passada. Se você crê em Cristo Jesus, Deus o amou com amor eterno e lhe reivindicou para si mesmo.

Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um. (Jo 10:26-30)

A razão porque os incrédulos não creem é porque não são ovelhas de Cristo, pois aqueles que o Pai deu ao Filho ouvem a voz do Bom Pastor.

Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar. (Jo 13:18)

Dentro do grupo dos discípulos existia um grupo menor que era composto daquele que Jesus escolheu. Veja esta verdade nos lábios do próprio Cristo.

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. (Jo 15:16)

A salvação flui do céu para a terra. Flui a partir da vontade soberana de Deus. Deus é o grande iniciador da salvação. Essa escolha soberana é repleta de propósito: “designei para que deis fruto, e o vosso fruto permaneça”.

Algumas pessoas acreditam que se crerem na eleição soberana isso acabará com missões e evangelismo, mas isto não é verdade. A doutrina da eleição é um catalisador explosivo para missões e evangelismo. Foi a doutrina que impulsionou o movimento missionário do século XVI, pois eles sabiam que Deus havia eleitos em outros lugares do mundo e que Deus converteria pessoas através da pregação do Evangelho e edificaria Sua Igreja. Nós saímos pelo mundo dizendo “todo aquele que crer será salvo”. Não sabemos quem são os eleitos de Deus, mas sabemos que Cristo edificará a sua igreja, pois a sua Graça Soberana é a garantia do seu empreendimento.

Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. (Jo 15:19)

O mundo nos odeia, pois não somos do mundo. E não somos do mundo porque Cristo nos escolheu

assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. (Jo 17:2)

A vontade do Pai é dar vida eterna a todos que Ele escolheu. Isto é também visto nos versículos 6,9 e 24 do capítulo 17 de João.

A verdade da eleição soberana nos leva a exaltar ao Deus Soberano que salva pecadores incapazes de fazer nada pela sua salvação. Isto não é difícil de entender, mas de engolir.