A imensidade do perdão (Lucas 6.37-38)

 

Perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á. (Lc 6.37-38)

 

Nada corromperá nosso coração e nossos pensamentos mais rápido do que um coração que não perdoa. Mas o inverso também é verdadeiro: nada concede liberdade, alegria e paz de coração e mente mais rapidamente do que a experiência genuína de oferecer perdão. De fato, nossa prontidão em perdoar é um teste decisivo de nosso status espiritual; quando perdoamos de coração, fornecemos evidências de que realmente somos filhos e filhas do Altíssimo (Lc 6.35).

Jesus muitas vezes coloca o fato de sermos perdoados e a nossa disposição de perdoar lado a lado (veja Lc 11.4). Então, quando pensamos em praticar o perdão, primeiro temos de perguntar onde podemos encontrá-lo. A resposta é que a fonte de todo perdão verdadeiro é encontrada somente em Deus. Na verdade, da abundância da misericórdia de Deus vem o perdão.

Esse perdão é tão indispensável para a vida e a saúde de nossa alma quanto o alimento é para nosso corpo físico. A Escritura está cheia de lembretes que apontam para Deus como alguém que perdoa. O salmista diz: “Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão” (Sl 130.3-4). Da mesma forma, o profeta Daniel diz: “Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão” (Dn 9.9). O divino Filho de Deus, ao ser cuspido e escarnecido, despido de suas vestes, espancado, pregado em uma cruz entre dois criminosos e abandonado em agonia, declarou: “Pai, perdoa-lhes” (Lc 23.34). O espírito de perdão de Deus não tem igual.

Como filhos de Deus pela fé em Cristo, devemos imitar nosso Pai e nosso Senhor praticando o perdão. É tão essencial para a vida do verdadeiro cristão que Jesus chega ao ponto de dizer que, se não estamos dispostos a perdoar, devemos nos perguntar muito seriamente se fomos realmente perdoados: isto é, se realmente compreendemos o Evangelho em nosso coração (veja Mt 6.14-15). Se você está abrigando a falta de perdão em seu coração, não arranje desculpas para ela nem faça pouco-caso. Em vez disso, leve o Evangelho até o coração. Reflita sobre a imensidão do que você foi perdoado por meio de Cristo. Reflita sobre a natureza perdoadora de seu Pai, a quem você é chamado a refletir em sua vida. Reconheça o fardo corruptor e desgastante da falta de perdão. Especifique o que você precisa fazer e para quem. Esse é o caminho para desfrutar da paz e da liberdade de perdoar assim como você foi perdoado.


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