Fale vida, não condenação (Lucas 6.37)

 

Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados. (Lc 6.37)

 

A razão pela qual às vezes presumimos ter o direito de condenar outra pessoa é que isso apela à nossa natureza pecaminosa. Se formos honestos, no minuto em que adquirimos qualquer posição de liderança ou autoridade, grande ou pequena, é chocante a rapidez com que somos confrontados com a tentação de condenar em vez de demonstrar misericórdia.

Precisamos lembrar que não somos qualificados para condenar. Por quê? Porque não podemos ler o coração de outra pessoa. Não podemos avaliar os motivos de outra pessoa com precisão. Somente Deus pode dizer: “eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras” (Ap 2.23). Já que você e eu não somos Deus, não devemos condenar.

Uma das maneiras pelas quais facilmente e muitas vezes ignoramos o mandamento de Jesus aqui é com nossa língua; pronunciamos condenação dizendo coisas que prejudicam a reputação de alguém. Nos círculos cristãos, podemos até ter maneiras inteligentes de fazer nossa calúnia soar como um pedido de oração ou uma preocupação — mas, na verdade, metade das vezes temos o prazer de dizer: “Você ouviu falar dela? Você sabe sobre ele? Você sabe por que eles fizeram aquilo?” O espírito farisaico entre os crentes — de condenar os outros para nos mostrarmos sob uma luz melhor em comparação —está vivo e passa bem.

Portanto, devemos ser excepcionalmente cautelosos com a forma como usamos nossas palavras. Em vez de usar a boca para condenar, devemos pedir ao Espírito Santo que nos capacite a falar palavras de vida. Antes de abrirmos a boca, devemos seguir o conselho da missionária Amy Carmichael e perguntar: O que estou prestes a dizer é gentil? É verdade? Isso é necessário? A Escritura é absolutamente clara sobre este ponto. De fato, o livro de Provérbios nos ensina que “A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma”, porém “O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre” (Pv 18.7; 11.13).

Temos em Jesus um Salvador cujo sangue nos purifica do pecado de cada palavra descuidada e de cada comentário condenatório — um Salvador que nos perdoa da tendência pecaminosa que surge em nosso coração de tentar desempenhar um papel que é somente dele. À luz disso, precisamos nos arrepender diariamente dos pecados de nossos lábios e pedir ao Espírito um desejo renovado de tornar as palavras de nossa boca e as meditações de nosso coração aceitáveis aos olhos de nosso Pai (Sl 19.14).

 


Tenha uma experiência ainda mais enriquecedora em sua vida adquirindo este devocional em formato de livro  — CLIQUE AQUI e adquira já o seu!