Imitando a misericórdia do Pai (Lucas 6.35-36)

 

Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. (Lc 6.35-36)

 

“Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai” é uma declaração resumida do famoso ensinamento de Jesus nas bem-aventuranças (Lc 6.20-23) e, de fato, seria um bom lema para a vida de cada crente. Essas palavras ressaltam tudo o que Jesus disse antes sobre como devemos tratar os outros — especialmente aqueles que nos odeiam por causa de nossa fidelidade a ele (v. 22).

Isso deve, no entanto, nos levar a perguntarmos: ser misericordioso se parece na verdade com o quê? Como nosso sábio e terno Pastor, Jesus não nos deixa descobrir esse princípio por nós mesmos. Em vez disso, ele nos dá instruções específicas sobre o que significa imitar nosso misericordioso Pai celestial.

Deus “é benigno até para com os ingratos e maus”. Como seus filhos, devemos perceber que somos chamados a demonstrar essa mesma bondade amando nossos inimigos, retribuindo o mal com o mal e dando aos outros sem esperar nada em troca. Observe que Jesus não lista isenções ou cláusulas de saída aqui.

Tendo nos chamado para sermos vasos da bondade de Deus, Jesus diz imediatamente que não devemos julgar os outros (Lc 6.37). Ele não está nos mandando suspender nossas faculdades críticas em nossos relacionamentos; temos de usar a mente para discernir entre a verdade e o erro, ou o bem e o mal. Da mesma forma, Jesus não está ensinando que devemos fechar os olhos para o pecado ou nos recusar a apontar erros. Em vez disso, quando Jesus nos ordena a não julgar, ele está condenando um espírito de julgamento farisaico, que exalta a si mesmo, hipócrita e severo — uma abordagem que busca destacar as falhas dos outros e sempre traz consigo o sabor da amargura.

Um espírito cruel viola completamente a exortação de Jesus de transbordar de misericórdia tanto para com o amigo quanto para com o inimigo. Cada um de nós precisa identificar qualquer espírito de julgamento que possa estar abrigando, erradicá-lo e substituir a crueldade pela bondade e a dureza pela compreensão.

É assim que mostramos aos outros o tipo de misericórdia que Deus nos mostrou. Uma história (possivelmente apócrifa) é contada sobre como, quando a Rainha Elizabeth II era uma menina, ela e sua irmã, Margaret, ouviam de sua mãe antes de irem a uma festa: “Lembrem-se: filhas reais, maneiras reais”. Seu comportamento não as tornaria membros da família real, mas demonstraria sua participação nessa família.

Cristão, você e eu somos membros da família real do universo, com o Rei da Criação como nosso Pai. Certifique-se de que seus modos reflitam quem você é e de quem você é. Seja misericordioso, como também é misericordioso o seu Pai.


Tenha uma experiência ainda mais enriquecedora em sua vida adquirindo este devocional em formato de livro  — CLIQUE AQUI e adquira já o seu!