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O que acontece depois da morte com aqueles que não foram unidos a Cristo pela fé? – Catecismo Nova Cidade (28/52)
Pergunta 28: O que acontece depois da morte com aqueles que não foram unidos a Cristo pela fé?
No dia do juízo, eles receberão a temerosa, mas justa, sentença da condenação pronunciada contra eles. Serão lançados fora da favorável presença de Deus, para o inferno, a fim de serem castigados justa e gravemente, para sempre.
JOÃO 3.16–18, 36
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é condenado; o que não crê já está condenado, porquanto não crê no unigênito Filho de Deus (…) Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.
COMENTÁRIOS
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J.C. RYLE
Por mais doloroso que seja o assunto do inferno, é algo sobre o qual não ouso, não posso e não tenho como me silenciar. Quem desejaria falar do fogo do inferno se Deus não tivesse falado disso? Quando Deus fala tão claramente, quem pode calar-se com segurança?
(…) Eu sei que há alguns que não acreditam na existência do inferno. Acham impossível haver um lugar assim. Pensam que é inconsistente com a misericórdia de Deus. Dizem que é uma ideia horrível demais para realmente ser verdadeira. Claro que o diabo se alegra com os pontos de vista dessas pessoas. Elas ajudam demais seu reino. Pregam sua antiga e favorita doutrina: “Certamente não morrereis”. Mas há um ponto a ser resolvido: “O que a Palavra de Deus diz?” Você crê na Bíblia? Então, acredite nisto: o inferno é real e verdadeiro. É tanto verdadeiro quanto o céu o é; tão verdadeiro quanto é a justificação pela fé; tão verdadeiro quanto o fato de que Cristo morreu na cruz; tão verdadeiro quanto o Mar Morto. Não existem fatos ou doutrinas dos quais tu possas duvidar legitimamente se duvidares do inferno. Desacredita no inferno e tu desfazes, desestabilizas e desamarras tudo da Escritura, imediatamente jogando de lado a Bíblia. De “não existe inferno” para “não existe Deus”, há apenas uma série de passos.
JOHN LIN
Um dos ensinos mais difíceis e, com frequência, incompreendidos da Bíblia é sobre o inferno ser um castigo real, consciente e eterno. E é compreensível que seja assim. Todos nós temos, em nosso meio, pessoas que não conhecem a Cristo — amigos, membros da família, vizinhos, colegas —, de modo que preferimos não pensar que o inferno possa estar em seu futuro. Na verdade, as pessoas têm sentido certo desconforto quanto à ideia do inferno através da história, porque, na superfície, parece incoerente com tudo que lemos na Bíblia sobre a misericórdia e o amor de Deus. Contudo, o ensino da Bíblia quanto ao inferno como um sofrimento consciente e eterno é inevitável. Na verdade, sem a existência do inferno, boa parte do que conhecemos sobre o amor de Deus fica questionada.
Primeiro, Jesus, o homem mais cheio de amor que já viveu na face da terra, falou sobre o inferno com mais frequência e mais vivacidade do que todos os outros autores bíblicos juntos. Descreveu-o como Geena, um monturo de lixo onde fogos queimavam constantemente, ou como as trevas externas, onde não existe iluminação, mas tão somente miséria. Na história que ele conta do rico e de Lázaro, o inferno é um lugar de sofrimento consciente e real. Jesus advertiu constantemente contra o inferno (Mt 13.41–42; Mc 9.42–48; Lc 16.19–31).
Segundo, a existência do inferno nos ajuda a entender as consequências do pecado. De algum modo, o inferno é a consequência do que nós, pessoas pecadoras, sempre quisemos: autonomia e independência de Deus. No inferno, somos privados da presença de Deus e de tudo que Deus é. Assim, no inferno não existe amor, não existe amizade, não há alegria, não há descanso, porque essas são coisas que só existem onde Deus está presente.
Mais importante, até que reconheçamos a realidade do inferno, não podemos entender verdadeiramente o significado da cruz. Noutras palavras, não conseguimos entender o amor de Deus até entendermos a realidade de sua ira. A ira de Deus é oposição e aversão a tudo que tenta destruir o que ele ama. A ira de Deus flui de seu amor pela criação. Flui de sua justiça. Ele se ira contra a avareza, o egoísmo, a injustiça e o mal, porque essas coisas são destrutivas. Deus não tolera qualquer coisa ou pessoa que seja responsável por destruir a criação e as pessoas a quem ele ama.
Pense nisso da seguinte forma. Dizer: “Eu sei que Deus me ama porque entregaria tudo por mim” é muito diferente de dizer: “Eu sei que Deus me ama porque ele realmente entregou tudo por mim”. Um é um sentimento amável; o outro é um ato de amor. Embora seja possível tentarmos tornar Deus mais amável diminuindo a realidade do inferno ou da ira de Deus, tudo que realmente fizemos foi minimizar o amor de Deus. Sem existir um inferno de verdade, não podemos entender o preço real que Jesus pagou por nosso pecado. E, sem um preço verdadeiro pago, não existe amor real, não existe graça real e não existe verdadeiro louvor por aquilo que ele fez.
A não ser que acreditemos no inferno, nunca saberemos quanto Jesus nos amou e quanto nos valoriza. Jesus experimentou o inferno, ele mesmo, na cruz. Jesus foi separado de seu Pai. Sobre a cruz, Jesus exclamou: “Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Quando Jesus perdeu o amor eterno do Pai, experimentou agonia, desintegração e isolamento maiores que qualquer coisa que qualquer um de nós poderia experimentar na eternidade no inferno. Ele tomou sobre si a solidão e a desintegração que nós merecemos. A não ser que acreditemos no inferno e vejamos o que Jesus suportou por nós, não saberemos quanto ele nos amou.
A verdadeira pergunta não é como um Deus amoroso permite que exista o inferno. A verdadeira pergunta é: se Jesus Cristo experimentaria o inferno por mim, então, verdadeiramente, deve ser um Deus de amor. A pergunta não é “Por que Deus permitiria existir o inferno?”; é “Por que Deus experimentaria o inferno por mim?”. No entanto, foi o que ele fez.
ORAÇÃO
Juiz de toda a Terra, trememos ao pensar no juízo que aguarda todos que estão fora de tua aliança. Antes que seja tarde, que aqueles a quem amamos sejam reconciliados contigo, para que não recebam o castigo que lhes pertence, que seria nosso, se não fosse por ti. Amém.
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