O Salvador paciente (Marcos 4.38-40)

Eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? (Mc 4.38-40)

 

Quando a tempestade se alastrou e os discípulos temeram, Jesus demonstrou não apenas paz, mas também paciência em sua resposta a eles.

Eles o acusaram de não se importar que estivessem perecendo. No entanto, sua repreensão não era para eles, mas para o vento e as ondas. Isso é notável. Nenhum mestre já teve aprendizes tão lentos quanto Jesus teve nesses personagens — no entanto, nenhum outro aluno já teve um mestre tão paciente e perdoador.

Embora a paciência de Jesus tenha sido exibida por este episódio, não foi de forma alguma exclusiva aqui; ao longo de seu ministério, ele constantemente demonstrava paciência em resposta aos sentimentos e falhas de seus discípulos. Em Marcos 6, depois de Jesus ter alimentado cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes, os discípulos duvidaram dele quando o viram andando sobre as águas, mas ele amorosamente respondeu: “Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!” (6.50). Mais tarde, Jesus repetidamente os instruiu quanto à necessidade e ao propósito de sua morte, apesar da falta de humildade e compreensão deles (8.31-33; 9.30-32; 10.32-34). Quando ressuscitou, ele nem mesmo repreendeu os discípulos por serem surpreendidos pela ressurreição que ele havia predito. Em vez disso, alegre e calmo, fez perguntas instigantes e revelou-lhes sua verdadeira identidade.

Vemos nossa própria fé frágil refletida nos discípulos. Se estivéssemos com eles, provavelmente também estaríamos lutando com o medo e expressando nossas dúvidas e acusações a Jesus. No entanto, ainda hoje, Cristo nos mostra paciência através de nossos medos e dúvidas. Ele não nos rejeita por um momento de incredulidade. Ele não nos rejeita por covardia. Não há mestre como ele. Portanto, como destinatários da longânime paciência de Cristo, devolvamos essa paciência aos outros. Se você é pai, treinador, gerente, líder de ministério, professor ou simplesmente um amigo, lembre-se do exemplo de Jesus. Se quisermos que Deus tolere nossa fé vacilante, também devemos procurar demonstrar sua paciência aos outros e a nós mesmos.

Porém, nosso principal chamado não é o de seguirmos o exemplo de Jesus. Acima de tudo, fomos chamados a desfrutar de suas perfeições. Sua paciência não falhará. Ele nunca negligencia nem abandona aqueles sob os seus cuidados. Seus pecados e suas lutas não podem empurrá-lo além dos limites de sua tolerância. Ele será paciente com você hoje. Ele é o seu Salvador, seu Redentor, seu Mestre sempre paciente — seu Jesus.

 


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