Um blog do Ministério Fiel
Providência misteriosa (Jonas 4.6-7)
Então, o Senhor Deus designou que nascesse uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta. Mas no dia seguinte, ao subir da alva, Deus designou um verme, o qual feriu a planta, e esta secou. (Jn 4.6-7)[1]
Quando Jonas deixou Nínive, a cidade havia sido salva, mas o profeta estava amuado. Eu sabia que o Senhor os perdoaria, apesar de todo o mal que fizeram, disse ele ao Senhor. Agora eu prefiro estar morto do que ter de ver meus inimigos perdoados (Jn 4.2-3).
Jonas fez um pequeno abrigo para si mesmo (v. 5), presumivelmente de pedras ou tijolos de barro; o calor do sol teria tornado muito desconfortável para ele sentar-se ao ar livre. Imagine-o sentado em sua pequena cabana, desejando estar morto e depois percebendo que uma planta maravilhosa estava crescendo ao seu redor. De repente, o calor do dia foi aliviado pela sombra desta planta — e Jonas ficou muito, mas muito feliz.
Mas sua alegria durou pouco. O mesmo Deus que providenciou a planta para fazer Jonas feliz também providenciou o verme que causou sua destruição. A planta murchou não de alguma maneira antinatural, mas como resultado de processos normais que ocorriam sob o controle divino de Deus.
Deus, o Criador, é soberano sobre tudo o que ele fez. Em sua misteriosa providência, ele continuava a trabalhar com seu servo de acordo com o propósito de sua vontade. Há uma frase recorrente no livro de Jonas: “Deus designou”. Ele designou um grande peixe, uma planta, um verme e um vento calmoso oriental, tudo como expressão de seu amor e preocupação por seu servo (Jn 1.17; 4.8). Seja através de um peixe gigantesco ou de um pequeno verme, Deus estava operando — como ainda está —, direcionando tudo para o fim designado.
Vemos essa doutrina da providência abordada na Pergunta 27 do Catecismo de Heidelberg: “O que você entende por providência de Deus?” A resposta vem:
A providência de Deus é o seu poder onipotente e sempre presente, pelo qual, como com a sua mão, ele ainda sustenta o céu e a terra e todas as criaturas, e assim as governa de forma que plantas e ervas, chuva e seca, anos frutíferos e estéreis, comida e bebida, saúde e doença, riquezas e pobreza, na verdade, todas as coisas, não vêm por acaso, mas da sua mão paterna.[2]
Ao longo da jornada da vida, ao encontrar “plantas” que o deixam confortável e feliz e “vermes” que removem o conforto ou a companhia de sua vida, você pode encontrar encorajamento em saber que não está preso a alguma força cega e fatalista. Em vez disso, seu Pai celestial, que o abraça com amor, está ordenando tudo para que ele possa alcançar o propósito final dele em sua vida: torná-lo mais parecido com o Filho e trazê-lo para casa ao lado dele. Portanto, considere sua vida. Onde estão as plantas? Onde estão os vermes? E você procurará agradecer por ambos, seguro de que ambos são dados por um Pai amoroso para o seu bem eterno?
[1] Tradução do autor.
[2] Catecismo de Heidelberg, Pergunta 27.
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