Reconhecimento e reação (João 21.6-7)

Então, lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes. Aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor! Simão Pedro, ouvindo que era o Senhor, cingiu-se com sua veste, porque se havia despido, e lançou-se ao mar. (Jo 21.6-7)

 

Quando a figura parada na praia mandou os pescadores lançarem sua rede do outro lado do barco — e quando aqueles pescadores viram que, não tendo pescado nada a noite toda, suas redes estavam agora abarrotadas —, eles começaram a reconhecer quem foi que os chamou. Talvez até agora eles tivessem sido sobrenaturalmente impedidos de identificá-lo, como os homens na estrada de Emaús (Lc 24.16). Ou talvez a névoa matinal ou a distância da terra até o barco fosse o que os impedia de reconhecer plenamente seu Salvador.

Seja qual fosse o caso, não demorou muito para que João, “aquele discípulo a quem Jesus amava”, percebesse quem havia falado com eles — e, assim que compartilhou sua percepção inicial com Pedro, este entrou em ação. O reconhecimento de João e a reação de Pedro formam uma parceria que exibe lindamente a intenção de Deus para a diversidade complementar. Deus pega os joões e os pedros deste mundo e os coloca juntos para que possam ser o que não podem ser por conta própria. Ao longo do Evangelho de João, vemos João exibir uma fé contemplativa e constante. Quando ele e Pedro visitaram o túmulo vazio, ele considerou o significado das roupas na sepultura vazia onde um corpo deveria estar, e creu (Jo 20.8). Sua declaração do barco também revela um homem que não considerou suas circunstâncias apressadamente, mas as ponderou e depois acreditou com confiança. Quando João percebeu que era Jesus diante dele, deu a conhecer a Pedro. Pedro reagiu ao reconhecimento de João como costumava fazer: tomando uma ação imediata, cheia de fé e apaixonada. Você pode imaginá-lo pulando na água e depois se debatendo, meio nadando, meio caminhando, esforçando-se desesperadamente para chegar ao seu Salvador na praia. Ele não demonstrou hesitação em sair do barco. Seu único pensamento era alcançar seu Senhor.

Sem a natureza contemplativa e perspicaz dos joões, os pedros deste mundo queimariam até serem reduzidos a cinzas de tanta excitação. Sem a ousadia dos pedros, os joões deste mundo definhariam em introspecção. Todos nós precisamos de parceiros para servir bem a Cristo. Se você é um Pedro ou um João, ou qualquer que seja seu temperamento particular, Deus o fez como você é para servir a um propósito no reino dele. Muitos de nós passam muito tempo desejando ser mais parecidos com os outros. Outros de nós não temos problemas em reconhecer nosso tipo de personalidade ou pontos fortes específicos, mas temos um problema em usá-los humildemente a serviço dos outros ou em sermos pacientes com os caminhos dos outros que são diferentes de nós. O que mudaria na maneira como você vê a si mesmo e seu propósito se percebesse que cada aspecto de seu temperamento é dado por Deus, e que Deus tem a intenção de que você o use não para seus próprios fins, mas em obediência a ele, na companhia de seu povo, para a glória de seu Filho?


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