Um blog do Ministério Fiel
Renúncia à retaliação (Romanos 12.19)
Amados, não vos vingueis a vós mesmos, mas dai lugar à ira de Deus. (Rm 12.19 A21)
A vingança é um dos nossos instintos mais naturais. É assim que o mundo funciona, pois vivemos em um mundo de competição feroz, onde, se você ficar no meu caminho, eu vou tirá-lo do caminho. É uma resposta natural ao ser injustiçado — mas não é uma resposta cristã. Portanto, devemos nos proteger contra isso continuamente. Mesmo que o tenhamos evitado ontem, isso não é garantia de que faremos o mesmo de novo hoje.
Talvez o campo esportivo seja o lugar onde mais vemos a facilidade com que a vingança se torna a motivação de nossos planos e ações. Se um jogador adversário comete uma falta contra você e ele não é pego e punido pelo juiz ou árbitro, o que você faz? Nosso instinto é encontrar uma maneira de retribuir. Então, traçamos e planejamos e escolhemos nosso momento e “ficamos quites”. E, como acontece no campo esportivo, assim acontece na vida — pelo menos em nossa imaginação, se não em nosso comportamento.
Mas então a Escritura atravessa esse instinto natural com as palavras “não vos vingueis a vós mesmos”.
Paulo não apenas delineou o princípio; ele o demonstrou. Ele estava ministrando em um ambiente que lhe dava todos os motivos para retaliação: ele mesmo foi difamado, espancado, ridicularizado e preso; e ele provavelmente ainda estava vivo quando o imperador Nero e seu governo estavam transformando cristãos em tochas no quintal do palácio. Eles amarravam seguidores fiéis de Jesus a estacas, jogavam essas estacas no chão, cobriam-nas de cera e as incendiavam — e ainda assim a ordem era: “não vos vingueis a vós mesmos”.
Muitas vezes deixamos de distinguir entre a aplicação da lei divina, que é a prerrogativa de Deus; a aplicação da lei criminal, que é a responsabilidade ordenada por Deus ao Estado (Rm 13.1-4); e a prática da vingança pessoal, para a qual a Bíblia não nos dá nenhum mandato. Temos permissão para buscar a justiça criminal do Estado, sempre lembrando que não será perfeita e não foi projetada para ser final; mas, acima de tudo, somos chamados a nos confiarmos à justiça divina de Deus, assim como seu Filho fez (1Pe 2.23). Devemos viver lembrando que hoje provavelmente não é o dia do julgamento final e que você e eu certamente não somos o juiz.
Temos um chamado como cidadãos de um reino eterno, em vez de qualquer reino terreno. Os incrédulos não serão atraídos a Cristo se virem seus seguidores proclamando que ele é o justo Juiz e, em seguida, agindo como se fossem eles que têm o direito de julgar. Nossas ações afetarão aqueles ao nosso redor que estão lutando contra o pecado. Que eles sejam ganhos para Cristo por nosso amor e nunca sejam afastados de considerar a Cristo por conta de nossa retaliação.
Tenha uma experiência ainda mais enriquecedora em sua vida adquirindo este devocional em formato de livro — CLIQUE AQUI e adquira já o seu!