Por que um pastor deveria aproveitar integralmente suas férias?

Você pode começar a ler este artigo com a ideia de que irei sugerir quantas semanas de férias a sua igreja deveria lhe dar, ou qual o período de férias que você deveria defender que fosse dado ao seu pastor. Em vez disso, pretendo responder a essa pergunta de modo um pouco diferente. Minha preocupação não é sobre quanto tempo de férias deve ser dado a um pastor, mas como ele usa (ou não usa) o período que lhe é dado. Considerando que este é um momento comum onde o tempo de férias é desfrutado, pensei que esta publicação poderia ser oportuna para muitos de vocês.

Este é um momento apropriado para fazer uma pausa para uma confissão. Achei que você deveria saber que eu muitas vezes falho em praticar os meus próprios conselhos. Cheguei à conclusão de que costumo escrever aqui porque tenho falhado ou estou falhando nesses conselhos. Apenas pensei em reconhecer isso no caso de você pensar que escrevo assim porque já faço tudo como deveria. Longe disso. A administração do meu tempo de férias já foi um fracasso evidente em minha vida.

Há alguns anos, fui confrontado amorosamente por um querido amigo e colega pastor por eu não estar aproveitando todo o tempo de férias. Em sua repreensão, ele me explicou as razões pelas quais eu deveria usar todos os dias de férias que a igreja me dá, o que eu nunca tinha feito. Aqui estava o fundamento para o seu argumento cuidadoso, perspicaz e sábio:

1) As férias são para você

O pastor nunca tem uma pausa na rotina regular. Estamos constantemente “à disposição”. O período de férias é aquele tempo em que você consegue respirar longe da agitação, ser revigorado e descansar. Todos nós, pastores, sabemos que não somos bons para o nosso povo quando estamos exaustos, distraídos e desgastados mental e emocionalmente. Usem o tempo e usem-no com sabedoria para alcançar esse objetivo.

2) As férias são para a sua família

Sua família sempre tem que “dividir” você. Talvez tão importante quanto o primeiro ponto, esse período é dado para que a sua família tenha um tempo onde não tenha que compartilhar você com a igreja. Quando você não usa todo o seu tempo que já foi aprovado pela igreja para esse propósito, você priva a sua família de ter você focado em cuidar dela, ter comunhão com ela e desfrutá-la.

3) As férias são para a sua igreja

Como é possível que muitas de nossas igrejas têm de alguma forma existido e funcionado nos últimos 50 a 100 anos sem nós, e ainda assim, nós de repente chegamos e desenvolvemos esse complexo de que nossa igreja agora não pode viver sem nós por uma ou duas semanas? Usar todo o seu tempo de férias dado a você força outros a se esforçarem em sua ausência, mostra-lhes que eles podem fazê-lo sem você por um tempo e lembra ao pastor, sobretudo, que Deus não é completamente dependente dele para que a igreja funcione.

Nós somos dispensáveis e precisamos de constantes alertas de humildade para nos lembrarmos disso.

Como resultado, durante os últimos quatro anos, usei todos os dias de férias que me foram dados pela igreja desde que fui ordenado como pastor. Todos os motivos acima com os quais meu amigo me confrontou se evidenciaram verdadeiros e frutíferos assim, enquanto eu os praticava. O que tenho aprendido ao aproveitar todo o tempo de férias nesses últimos anos… bem, planejo aproveitá-lo totalmente no ano que vem. Estou de férias pelas próximas duas semanas tentando praticar o que prego (…escrevo).

Se você é pastor, faça o que puder para usar todo o seu período de férias neste ano. Ainda resta metade do verão. Se você não é um pastor, faça tudo o que puder para encorajar o seu pastor a aproveitá-lo. Você, a sua igreja e o seu pastor experimentarão múltiplos benefícios por causa disso.

Por: Brian Croft. © Practical Shepherding, Inc. Website: practicalshepherding.com. Traduzido com permissão. Fonte: Why should a pastor use all his vacation time each year?

Original: Por que um pastor deveria aproveitar integralmente suas férias? © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Camila Rebeca Teixeira. Revisão: André Aloísio Oliveira da Silva.