Mulheres deslumbradas pela Ressurreição

Este é o terceiro de 10 capítulos da série Devocional Deslumbradas aos pés de Jesus.

Esta série de artigos é para preparar sua mente e coração para o que Deus ensinará por meio de sua Palavra na Conferência Fiel Mulheres 2024 nos dias 22 a 24 de março. Clique aqui para saber como garantir sua presença!

O túmulo vazio

Imagine um bosque no auge do inverno, onde as árvores se estendem esqueléticas contra o céu cinzento e um forte vento gelado. Se você cresceu em um país tropical, ao ver esse cenário, poderá afirmar que aquelas árvores estão sem vida, como se o frio tivesse roubado toda a vitalidade. No entanto, por trás da aparente estagnação, algo extraordinário está acontecendo. Sob a superfície, as raízes estão profundamente ancoradas, e no mais profundo das árvores, a vida pulsa silenciosamente, aguardando a promessa da primavera para desabrochar.

Em Mateus 28.1-10, somos conduzidas ao túmulo vazio de Jesus pelas mulheres. A crucificação havia deixado um vazio doloroso em seus corações e, envolvidas pelo luto, possivelmente sentiam-se como árvores desfolhadas pelo frio. Contudo, ao chegarem ao túmulo na manhã da ressurreição, depararam-se não com a morte, mas com a vida vitoriosa. Elas foram deslumbradas por um milagre que transformou sua tristeza em alegria.

O que era um local de luto tornou-se o epicentro de uma alegria indescritível, quando o anjo anunciou: “Ele não está aqui, pois ressuscitou, como havia dito” (Mateus 28.6). Essa extraordinária revelação deslumbrou-as, transformando não apenas a trajetória de suas vidas , mas também o curso da história da humanidade.

Nos versos seguintes, vemos essas mulheres se prostrando e adorando Jesus. Diante da presença do Salvador ressuscitado, elas reconhecem a magnitude do milagre que presenciaram. Suas lágrimas de tristeza se transformam em lágrimas de alegria, e seus corações, uma vez entristecidos, agora transbordam de adoração. Ao prostrarem-se diante de Jesus, elas reconhecem a realidade de que a vida venceu a morte, de que Cristo é o Senhor dos senhores, o Salvador. As coisas velhas se passaram e eis que tudo se fez novo!

Da mesma forma, somos convidadas a enxergar além das estações secas de nossas vidas e a fixar nossos olhos na promessa da ressurreição. Assim como as árvores de inverno, muitas vezes nos identificamos com essa sensação de aparente estagnação. Enfrentamos estações áridas em nossas próprias jornadas, onde a vitalidade parece ter sido roubada pelo frio das circunstâncias. Parece não haver esperança e nossas almas se entristecem como em um luto profundo.

Mas, assim como as árvores aguardam a renovação da primavera, somos convidadas a aguardar com esperança as manifestações da vida nova que a ressurreição de Cristo traz para nós. A ressurreição não apenas restaura a nossa esperança, mas também estabelece um fundamento sólido para uma fé inabalável. Da mesma forma como as mulheres prostraram-se diante do Salvador ressuscitado, somos chamadas a render nossa adoração a Jesus, seja em meio às secas, desertos, tempestades ou dilúvios da vida. A ressurreição de Cristo nos convida a olhar para além do aqui e do agora e nos posiciona com confiança nas promessas do porvir.

Que possamos ser mulheres que testemunham transformação que ocorre quando permitimos que Cristo entre em nossos invernos e os transforme em estações de florescimento. Que possamos experimentar o poder redentor da ressurreição, permitindo que nossa fé se fortaleça e nossas almas sejam revigoradas. Assim, afirmaremos com confiança: “Cristo vive em mim, e a Sua ressurreição é a fonte da minha esperança e alegria!”

Que a ressurreição de Cristo não seja apenas um evento do passado, mas uma realidade presente que impacta e transforma a vida daquele que crê. Que, como mulheres deslumbradas pela ressurreição, possamos viver em constante admiração e gratidão pelo poder de Cristo que nos concede nova vida, esperança renovada e a promessa de eternidade ao Seu lado.