Solano Portela – O Evangelho que Envergonha #Fiel2012

Solano Portela expondo Gálatas 5:1-12 mostra a diferença entre o verdadeiro e o falso evangelho e nos convida a nos envergonharmos do falso evangelho pregado por muitos.

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Resumo

Paulo em Romanos 1:15-17 afirma que ele não se envergonha do Evangelho. Isso mostra que o Evangelho verdadeiro pode envergonhar. Por outro lado, o falso evangelho deve envergonhar! São vergonhas diferentes para evangelhos diferentes.

O Evangelho verdadeiro pode envergonhar

Paulo não tinha vergonha “do escândalo da cruz”, pois o evangelho verdadeiro é de Cristo, tem poder para salvar e gera crença genuína. Já o evangelho falso troca o conteúdo da cruz, por um conteúdo popular e aceitável, quando não o reduz a uma mera metodologia e, portanto, não procede de Cristo, não tem poder para salvar e não gera fé genuína.

Paulo exorta Timóteo a não se envergonhar do Evangelho não popular, daquele que é perseguido pelo mundo, que gera algemas, assim como ele não se envergonhava (2 Tm 1:7,8,12,16). Talvez Timóteo estivesse covarde diante da oposição do mundo. Temos que sempre estar atentos à pressão da aceitabilidade social. Muitas vezes, desejamos ser bem aceitos pelo mundo, contudo a pregação do Evangelho é loucura aos padrões do mundo. O remédio para a covardia é confiar no espírito de poder, amor e moderação (2 Tm 1:7) e não gritar mais alto.

O evangelho falso deve envergonhar

O Evangelho de Deus é perfeito e nada temos que adicionar a ele. A marca do falso evangelho é, justamente, a adição (legalismo) ou eliminação (antinomianismo) de elementos essenciais ao verdadeiro Evangelho. Devemos nos envergonhar deste falso evangelho, mesmo que ele fale de Cristo, ele o fará de forma errada.

Na epístola aos Gálatas, Paulo argumenta em três linhas: (1) o argumento histórico (cap. 1 e 2), (2) o argumento teológico (3 a 5.1) e (3) o argumento moral (5.2 a 6:18). No primeiro argumento, Paulo apresenta um testemunho pessoal (v. 1-6) e um apelo pessoal, mostrando a irracionalidade do falso evangelho (7-12).

10 características do Evangelho verdadeiro

Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. (Gl 5:1-6).

  1. O Evangelho verdadeiro liberta;
  2. O Evangelho verdadeiro destrói o jugo da escravidão;
  3. O Evangelho verdadeiro traz proveito real em Cristo;
  4. O Evangelho verdadeiro não depende de sinais físicos (circuncisão);
  5. O Evangelho verdadeiro está ligado a Cristo pela graça e não pelo esforço humano;
  6. O Evangelho verdadeiro procede do Espírito Santo – é uma obra sobrenatural de Deus;
  7. O Evangelho verdadeiro justifica;
  8. O Evangelho verdadeiro é recebido pela fé;
  9. O Evangelho verdadeiro está acima dos rudimentos rituais, das sombras;
  10. O Evangelho verdadeiro valoriza a fé que atua pelo amor.

10 características do evangelho falso

Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chama. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Confio de vós, no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação. Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo, está desfeito o escândalo da cruz. Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia. (Gl 5:7-12)

  1. O evangelho falso impede a carreira da fé.
  2. O evangelho falso é persuasivo e atraente.
  3. O evangelho falso não procede de Deus, daquele que chama, mas de homens.
  4. O evangelho falso começa com pequenas coisas – pouco de fermento. “Ah, ele prega algumas coisas erradas, algumas heresias, mas a pregação da semana passada foi muito boa”.
  5. O evangelho falso não produz harmonia de mente, mas sentimentos contrários ao verdadeiro Evangelho.
  6. O evangelho falso perturba, traz inquietação, diferente da paz de Cristo (Jo 14:17).
  7. O evangelho falso traz condenação, gerando uma esperança falsa.
  8. O evangelho falso persegue os verdadeiros cristãos. Paulo pregava o Evangelho verdadeiro, mas mesmo assim era perseguido.
  9. O evangelho falso destrói a obra de Cristo na cruz e se escandaliza de sua pureza, buscando desfazer o escândalo da cruz.
  10. O evangelho falso incita à rebelião contra o verdadeiro evangelho

Aplicação

De qual evangelho você se envergonha? Por mais piedosos que pareçam, eu me envergonho dos seguintes falsos evangelhos:

Eu me envergonho do evangelho católico romano que prega a salvação pela fé e obras e a inerrância das tradições.

Eu me envergonho do evangelho das seitas que apresentam escritos com autoridade superiores à Escritura que são frutos de uma nova revelação.

Eu me envergonho do evangelho neopentecostal que coloca as doutrinas da fé cristã em um quarto escuro e pouco frequentado e cria interpretações estranhas sobre gritos, agitação, unção, etc.

Eu me envergonho do evangelho neopagão que adiciona ao linguajar cristão cerimônias estranhas (cultos em montes, orações em cima de peças de roupas, marchas com petições escritas em sandálias e outros fetiches pagãos).

Eu me envergonho do evangelho dos vendedores de fórmulas de felicidade e de marqueteiros de manuais de prosperidade que se esquecem de que o Deus que pode abençoar é o mesmo que diz que neste mundo teremos aflições

Eu me envergonho do evangelho dos curandeiros que valorizam o poder do personalismo e uma maratona de catarse coletiva.

Eu me envergonho do evangelho de certos caminhos da “graça” que fala muito do amor de Deus, mas apresenta uma graça barata que não é bíblica, confortando o pecador em seu pecado de vez de levá-lo ao arrependimento.

Eu me envergonho do evangelho de certos tradicionalistas que se prende à noções teológicas históricas escravizadoras e não especificadas nas Escrituras.

Eu me envergonho do evangelho metodológico de certos evangélicos que acham a pregação da Palavra sem poder a menos que seja aplicadas técnicas modernas – como se o poder estivesse na metodologia e não no Espírito.

Eu me envergonho do evangelho judaizante moderno de judeus messiânicos extremados que se colocam acima dos outros cristãos e levantam barreiras que o Messias já derrubou.

Eu me envergonho do evangelho neo-ortodoxo que separa a Palavra dos fatos da história e que prega um subjetivismo que nada afirma e nada constrói.

Eu me envergonho do evangelho dos liberais teológicos que mantêm o linguajar cristão, mas considera a bíblia um mero registro humano cheio de falhas.

Eu me envergonho do evangelho dos teólogos relacionais que pregam um deus impotente, sujeito às maquinações humanas e às leis da natureza, que não tem um plano, mas vive sujeito à frustração da busca de um relacionamento com um homem soberano.

Senhor, reafirma e fortalece a nossa fé! Livra-nos do evangelho falso que anula o sacrifício de Cristo Jesus. Que nos firmemos na liberdade, fugindo do falso evangelho que envergonha. Que sigamos a Palavra de Deus em tudo e proclamemos o verdadeiro evangelho.