O Senhor que nos perdoa na cruz de Cristo

A relação entre o sacrifício de Jesus e o seu perdão ao seu povo

A graça não se opõe à justiça, antes se concretiza em atos de justiça. Como a santidade permeia todo o ser de Deus, não existe contradição intrínseca e, também em suas expressões. A base de nosso perdão é a obra expiatória de Cristo na cruz, coroada com a sua ressurreição (Lc 24.45-47; Rm 4.25; 1Co 15.17; 2Co 5.15).[1] Aqui vemos a perfeita e santa graça e justiça de Deus.

O perdão de nossos pecados ampara-se no sacrifício remidor de Cristo. O perdão para a “menor” de nossas ofensas custou a Cristo a sua oferta voluntária em nosso favor, envolvendo todos os seus sofrimentos e morte na cruz. Sem a obra de Cristo não haveria perdão para nós.[2]

As Escrituras insistem nesse ponto:

No qual (Jesus) temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados segundo a riqueza da sua graça. (Ef 1.7).

Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Cristo vos perdoou. (Ef 4.32).

Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. (Rm 3.24).

É por isso que operdãoconcedidoporDeuséemnomedeCristo(At10.43; Cl1.14 e 1Jo2.12).(Vejam-setambém:Mt26.28;Jo1.29;At5.31;18.38).

Pedro quando anuncia o Evangelho à casa de Cornélio, relembra o ministério de Cristo e a missão conferida à igreja de pregar a mensagem do senhorio de Cristo (At 10.36,42): “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados” (At 10.43/1Jo 2.12). A relação é evidente entre a obra de Cristo, a fé e o perdão.

Paulo descrevendo a obra de Cristo em nossa salvação, resume: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1.13-14).

O próprio Senhor Jesus na instituição da Ceia, estabelece a relação entre o seu sangue ali simbolizado e a nossa expiação: “A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.27-28/Ef 1.7).[3]

Calvino (1509-1564) de modo surpreendente afirma: “Deus se paga a si mesmo por Sua misericórdia manifestada em seu Filho, nosso Salvador Jesus Cristo, que uma vez por todas se ofereceu ao Pai para ser Ele próprio a satisfação que Lhe deveríamos prestar”.[4]

Mesmo no Antigo Testamento, os patriarcas, os profetas e o povo em geral foram perdoados, não porque ofereceram sacrifícios, mas sim, pela fé no Cristo que viria. As ofertas quando apresentadas como ato sincero de obediência a Deus eram aceitas como expressões de fé.

A obra de Cristo envolve todos os crentes: todos os fiéis do passado, presente e futuro.[5] A eleição eterna de Deus provê a obra de Cristo, o arrependimento e a fé. “A única maneira de alguém ser perdoado, antes de Cristo, depois de Cristo e em qualquer ocasião, é através de Cristo, e este crucificado”, enfatiza Lloyd-Jones (1899-1981).[6]

Ninguém ficará de fora nem jamais houve ou haverá redenção fora do sacrifício único e vicário de Cristo: a obra de Cristo é completa e suficiente.

Na cruz do Calvário, o Senhor Jesus não verteu uma gota sequer de sangue que fosse em vão. Não houve desperdício, nem carência. Ele expiou os pecados de todo e exclusivamente de seu povo.

Escreve Calvino:

Em cada época, desde o princípio, houve pecados que necessitavam de expiação. Portanto, a menos que o sacrifício de Cristo fosse eficaz, nenhum dos [antigos] pais haveria obtido a salvação. Visto que se achavam sujeitos à ira divina, qualquer remédio para livrá-los teria resultado em nada, se Cristo, ao sofrer uma vez por todas, não sofresse o suficiente para reconciliar os homens com a graça de Deus, desde o princípio do mundo e até ao fim. A não ser que desejemos muitas mortes, contentemo-nos com um só sacrifício. (…) Não está no poder do homem inventar sacrifícios como lhe apraz. Eis aqui uma verdade expressa pelo Espírito Santo, a saber: que os pecados não são expiados por um sacrifício, a menos que haja derramamento de sangue. Por conseguinte, a ideia de que Cristo é sacrificado muitas vezes não passa de uma invenção diabólica.[7]

Insistimos nesse importantíssimo ensino das Escrituras: Os méritos de Cristo alcançam a todo o seu povo, quer do Antigo, quer do Novo Testamento: Ninguém jamais foi ou será salvo fora da obra expiatória de Cristo: A Boa Nova é que o alcance de seus merecimentos, por ter sido perfeita a sua obra, chega aos nossos dias, estando disponível a todos os que crerem.[8] Todos aqueles por quem Cristo morreu serão salvos. A igreja, composta por pessoas que foram alcançadas por esta graça, é a agente desta mensagem.

Calvino (1509-1564) resume:

Tudo o que o Senhor tinha feito e sofrido para adquirir salvação para o gênero humano pertencia tanto aos crentes do Antigo Testamento quanto a nós. E, de fato, eles tinham um mesmo espírito que nós temos, pelo qual Deus regenera os Seus para a vida eterna. Portanto, como vemos que o Espírito de Deus, que é como uma semente de imortalidade em nós (pelo que é chamado penhor da nossa herança), habitava neles, como ousaríamos vetar a eles a herança da vida?.[9] 

À frente, acrescenta:

Foi isso que desejei sustentar, isto é, que todos os santos a respeito dos quais lemos na Escritura que foram escolhidos por Deus, desde o princípio do mundo, têm sido participantes conosco das mesmas bênçãos que nos são dadas com a salvação eterna.[10]

Paulo nos diz que o triunfo de Cristo em nos perdoar, concedendo-nos vida, foi manifesto na cruz do Calvário:

E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. (Cl 2.13-15).

Lloyd-Jones enfatiza:

A mensagem não é que Deus está disposto a perdoar o fato do Calvário, mas que Deus perdoa por meio do Calvário. É o que Deus fez no Calvário que produz o perdão para nós. O Calvário não é meramente uma proclamação ou um anúncio do amor de Deus e da Sua prontidão para perdoar; é Deus mediante o que Ele fez em Cristo e por meio dEle na cruz do Calvário, criando um meio pelo qual Ele pode reconciliar-nos consigo.[11]

Em Cristo obtivemos a justificação e o perdão. A justificação é um ato judicial onde Deus declara já não haver culpa em nós porque nossos pecados foram pagos. A Lei foi cumprida. O perdão é um ato soberano por meio do qual Deus livremente determina não aplicar as sanções da Lei aos pecadores. Portanto, a justificação traz consigo o perdão e outros elementos tais como: reconciliação, paz, adoção, etc.[12]

Portanto, nunca é demais insistir no ponto de que o perdão que nos vem pela graça, custou um alto preço para o nosso Salvador: o seu precioso sangue. A graça é o benefício das obras de Cristo. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). “O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).

A paz flui da justificação,[13] sendo aquela as primícias desta.[14] Deus nos declara justos em Cristo perdoando todos os nossos pecados, promovendo assim a paz.

Por isso, já não há condenação para todos aqueles que estão em Cristo (Rm 8.1). O perdão está associado de forma dependente à autoentrega graciosa de Deus em Cristo (Rm 8.32/2Co 5.21).

O perdão não torna Deus indiferente ao pecado, nem revela uma frouxidão ou atenuação no padrão de Deus (Ex 34.6-7); mas, sim, o seu amor ativo em Cristo que teve como trajetória eternamente definida a cruz, o sacrifício.[15]

A misericórdia de Deus

O arrependimento e a confissão são pré-requisitos essenciais ao perdão de nossos pecados. (Pv 28.13; Mq 1.4; Mc 1.15; Lc 24.47; At 2.38; 5.31; Hb 6.1; Tg 5.16; 1Jo 1.9).

Contudo, é necessário que se diga, que o arrependimento não nos dá o direito ao perdão. O arrependimento não é o gerador do perdão. Deus não é obrigado a nos perdoar. O arrependimento é condição essencial ao perdão, porém, insisto, não o torna obrigatório: Deus é soberano na concessão da sua misericórdia perdoadora.

Misericórdia automerecida é uma contradição. Ele nos perdoa graciosamente, fundamentado nos merecimentos de Cristo Jesus.

Deus nos perdoa não porque seja obrigado, mas, porque é misericordioso.[16] Ele olha para o nosso estado de miséria espiritual e livremente se compadece de nós e nos alivia, nos perdoando os pecados, apagando toda a nossa iniquidade.

O salmista escreve: “Ele, porém, que é misericordioso, perdoa a iniquidade, e não destrói; antes muitas vezes desvia a sua ira, e não dá largas a toda a sua indignação” (Sl 78.38).

Daniel em sua oração tem a mesma percepção:

Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve; abre os teus olhos, e olha para a nossa      desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias. (Dn 9.18).

Na mesma condição de pecadores perdoados, nos alegremos com o salmista: “Pois tu, Senhor, és bom e compassivo (salach); abundante em benignidade para com todos os que te invocam” (Sl 86.5). Amém.

O amor de Deus

Deus nos perdoa porque nos ama. O seu amor não encontra motivo em nós para amar. Todavia Deus que é amor, nos ama porque resolveu nos amar. Em outras palavras, como interpreta Calvino: “Deus jamais encontrará em nós algo digno de seu amor, senão que Ele nos ama porque é bondoso e misericordioso”.[17] (Jo 3.16; Rm 5.8; Cl 3.12-14).

O perdão de Deus jamais poderá ser compreendido sem a consideração devida do seu amor eterno e imutável.[18] Jesus mesmo nos ensinou que “Aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7.47). O seu perdão fundamenta-se no seu amor, que é soberanamente livre e invencível.

Deus não se fez cativo de seu amor. O amor de Deus está sempre em perfeita harmonia com seus demais atributos. A cruz revela a gravidade de nossa ofensa ao Deus santo, à santa majestade de Deus e, também, a grandeza incomensurável e incompreensível de seu amor.

Packer comentando sobre o amor, escreveu:

A medida do amor, humano e divino, é o quanto ele dá. Por este padrão, o amor de Deus é imensurável, porque tanto a grandeza da dádiva quanto o seu custo estão além da nossa compreensão. Todos os paralelos humanos são insuficientes; todas as comparações, inadequadas.[19]

Por isso, Paulo apresenta como prova cabal do amor de Deus por nós, o fato da encarnação e morte de Cristo em nosso favor: “Deus prova (evidencia, demonstra, mostra) o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). “O perdão é obra exclusiva de Deus, é dom de Deus”, resume Aulén (1879-1977).[20]

 

 

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[1] “Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24.45-47). “O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm 4.25). “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15.17). “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2Co 5.15).

[2] “A ilusão mais perigosa de todas é o farisaísmo. Essa é a verdadeira barreira a Jesus Cristo. Toda a rejeição da graça de Deus toma essa forma. Aqueles que recusam o perdão gratuito de Deus por meio de Cristo fazem assim porque acham que não precisam desse perdão. Eles não admitem que são pecadores. Eles negam que estejam desesperadamente perdidos” (Gene Edward Veith, Jr., De todo o teu entendimento, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 79).

[3] O Catecismo de Heidelberg (1563), capta bem esse sentido ao tratar dos sacramentos: “São os sinais e selos santos e visíveis instituídos por Deus para que, pelo seu uso por nós, ele possa, de modo mais completo, revelar-nos e selar a promessa do Evangelho, por causa do sacrifício único de Cristo realizado na cruz, Ele, de graça, nos concede o perdão de pecados e a vida eterna” (Perg. 66).

[4]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 3, (III.9), p. 129.

[5]“Quando o Filho de Deus sofreu e morreu, Ele assim expiou os pecados de todos os que o aceitaram ou iriam aceitá-lo por meio de uma fé viva, ou seja, por todos os crentes de ambas as dispensações. Os méritos da cruz estendem-se tanto para trás como para adiante” (W. Hendriksen, Romanos, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, (Rm 3.25-26), p. 178).

[6] D. Martyn Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: FIEL., 1984, p. 359. “Ninguém pode dizer, nem por um momento, que pessoas como Davi, Abraão, Isaque e Jacó não foram perdoadas. Mas não o foram por causa daqueles sacrifícios que ofereceram. Eles foram perdoados porque olhavam para Cristo. Não percebiam isso claramente, mas criam no ensinamento e faziam essas ofertas pela fé. Criam na Palavra de Deus, que Ele um dia no porvir, proveria um sacrifício, e pela fé se mantiveram firmes nisso. Foi a fé em Cristo que os salvou, exatamente como é a fé em Cristo que salva agora” (D.M. Lloyd-Jones, A Cruz: A Justificação de Deus, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, [s.d.], p. 9-10).

[7]João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 9.26), p. 245-246. “A razão pela qual Deus ordenara que se oferecessem vítimas como expressão de ações de graça foi, como é bem notório, para ensinar ao povo que seus louvores eram contaminados pelo pecado, e que necessitavam de ser santificados exteriormente. Por mais que proponhamos a nós mesmos louvar o nome de Deus, outra coisa não fazemos senão profaná-lo com nossos lábios impuros, não houvera Cristo se oferecido em sacrifício com o propósito de santificar a nós e às nossas atividades sagradas (Hb 10.7). É através dele, como aprendemos do apóstolo, que nossos louvores são aceitos” (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 66.15), p. 631).

[8] “Ele (escritor de Hebreus) demonstra agora quão absurda será nossa atitude se não dermos valor ao único sacrifício de Cristo, o qual efetua eficientemente expiação. Se isso é assim, ele infere que Cristo deveria morrer muitas vezes, visto que a morte está sempre relacionada com sacrifício. Ainda bem que essa última suposição é completamente absurda. Segue-se, pois, que a eficácia desse sacrifício único é eterna e se estende por todos os séculos” (João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 9.26), p. 245).

[9]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v.  3, (III.7), p. 24.

[10]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 3, (III.7), p. 34.

[11]D.M. Lloyd-Jones, O supremo propósito de Deus: Exposição sobre Efésios 1.1-23, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1996, p. 145.

[12] Veja-se: A.A. Hodge, Esboços de Teologia, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2001, p. 706.

[13]Veja-se: Thomas Watson, A Fé Cristã, estudos baseados no breve catecismo de Westminster, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 268.

[14]R.C. Sproul, A santidade de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 1997, p. 162.

[15] “A cruz de Cristo se tornou o ápice de uma vida que sempre foi o caminho da cruz” (A.H. Leitch, Justiça: In: M.C. Tenney, org. ger., Enciclopédia da Bíblia, São Paulo: Cultura Cristã, 2008, v. 3, p. 820).

[16] “A misericórdia não é um direito ao qual o homem faz jus. A misericórdia é aquele atributo adorável de Deus, pelo qual tem dó dos miseráveis e os alivia” (A.W. Pink, Deus é Soberano, p. 23).   

[17]João Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos, 1998, (Tt 3.4), p. 347.

[18]John Murray (1898-1974) observou acertadamente que, “nenhum estudo da expiação pode ser devidamente desenvolvido sem reconhecer em primeiro lugar o livre e soberano amor de Deus (…). Este amor é a causa ou a fonte da expiação” (John Murray, Redenção: Consumada e Aplicada, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1993, p. 11,13).

[19]J.I. Packer,  O Plano de Deus para Você, 2. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus,  2005, p. 137.

[20] G. Aulén, A Fé Cristã, São Paulo: ASTE, 1965, p. 258.

Autor: Hermisten Maia. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Editor e Revisor: Vinicius Lima.