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Thomas Watson – As Melhores Coisas (4/5)
Trecho da obra A Divine Cordial (“Um Tônico Divino”), de Thomas Watson, publicada pela primeira vez em 1663.
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4. As graças do Espírito cooperam para o bem.
A graça é para a alma como a luz é para os olhos, como a saúde é para o corpo. A graça faz para a alma o que uma mulher virtuosa faz para seu marido: “Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida” (Pv 31.12). Quão incomparavelmente proveitosas são as graças! A fé e o temor andam de mãos dadas. A fé mantém o coração alegre, o temor mantém o coração sério. A fé impede o coração de afundar em desespero, o temor o impede de flutuar na presunção. Todas as graças exibem a si mesmas em sua beleza: a esperança é o “capacete” (1Ts 5.8); a mansidão, o “ornamento” (1Pe 3.4); o amor, “o vínculo da perfeição” (Cl 3.14). As graças dos santos são armas para defendê-los, asas para elevá-los, jóias para enriquecê-los, especiarias para perfumá-los, estrelas para adorná-los, tônicos para revigorá-los. E tudo isso não coopera para o bem? As graças são nossas evidências para o céu. E não é bom ter nossas evidências conosco na hora da morte?
5. Os anjos cooperam para o bem dos santos.
Os anjos bons estão prontos para fazerem todos os serviços de amor para o povo de Deus. “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.14). Alguns dos pais tinham a opinião de que todo crente tem o seu anjo da guarda. Esse assunto não necessita de qualquer debate acalorado. Para nós, é suficiente saber que toda a hierarquia dos anjos é devotada ao bem dos santos.
Os anjos bons servem os santos em vida. O anjo confortou a virgem Maria (Lc 1.28). Os anjos fecharam a boca dos leões, para que eles não machucassem Daniel (Dn 6.22). Um cristão tem uma guarda invisivel de anjos ao seu redor. “Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos” (Sl 91.11). Os anjos são a guarda dos santos, até mesmo o chefe dos anjos: “Não são todos eles espíritos ministradores?”. O mais elevado dos anjos toma conta do menor dos santos.
Os anjos bons servem na hora da morte. Os anjos estão ao redor da cama dos santos doentes para confortá los. Assim como Deus conforta pelo Seu Espírito, também conforta pelos Seus anjos. Cristo, em sua agonia, foi confortado por um anjo (Lc 22.43); assim também ocorre com os crentes na agonia da morte: e quando o fôlego dos santos expira, as suas almas são carregadas para o céu por uma escolta de anjos (Lc 16.22).
Os anjos bons também servem no dia do julgamento. Os anjos irão abrir as sepulturas dos santos e irão conduzi los à presença de Cristo, quando eles então serão feitos como o Seu corpo glorificado. “E Ele enviará os seus anjos, os quais reunirão seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade do céu” (Mt 24.31). Os anjos, no dia do julgamento, irão livrar os piedosos de todos os seus inimigos. Aqui os santos são atormentados por seus inimigos. “São meus adversários, porque sigo o que é bom” (Sl 38.20). Bem, os anjos em breve irão dar ao povo de Deus uma ordem de alívio, e irá libertá-los de todos os seus inimigos. “O joio são os filhos do maligno, o inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo” (Mt 13.38-42). No dia do julgamento, os anjos de Deus irão tomar os ímpios, que são o joio, irão junta los, e lançá-los na fornalha infernal; então, os piedosos não mais terão problemas com os seus inimigos. Assim, os anjos bons cooperam para o bem. Vejam, aqui, a honra e a dignidade de um crente. Ele tem o nome de Deus escrito sobre ele (Ap 3.12), o Espírito Santo habitando nele (2 Tm 1.14), e a guarda dos anjos atendendo a ele.