Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu (Dia dos Pais)

Dia dos pais está chegando e temos em nossa frente uma ótima oportunidade para redimir tal festividade. Vejo três formas em que podemos fazer isto:

(1) meditarmos no amor do nosso Pai Celeste e amá-lo de todo nosso coração,

(2) amarmos nossos pais terrenos, honrando-os,

(3) compartilharmos o evangelho falando da paternidade de Deus.

Trataremos cada ponto em uma postagem. Começando hoje, iremos refletir sobre nosso Pai Celeste. No artigo abaixo, Ronald Hanko fala sobre nossa adoção espiritual, nos lembrando de “como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos!” (1 João 3:1)

A adoção com muita freqüência não é incluída na ordem da salvação. A razão não é que a Escritura não fale dela, mas que ela é um benefício da justificação. Portanto, deve ser entendida como estando inclusa na justificação.

De fato, a adoção é o primeiro e o maior dos benefícios da justificação. Quando nossos pecados são livremente perdoados e somos feitos justos em Cristo, Deus não somente nos recebe, mas nos recebe também como seus filhos queridos.

A Escritura fala freqüentemente da nossa adoção, do fato que somos pela graça filhos de Deus, e que ele é o nosso Pai. Não é inapropriado, então, falar de adoção como um tópico distinto.

A adoção, como a justificação, tem vários passos. Ela pode ser traçada até os conselhos da eternidade e tem sua conclusão nos novos céus e nova terra. Os passos são esses:

Primeiro, Deus coloca seu amor em nós e nos escolhe desde a eternidade para sermos seus filhos (Rm. 8:29; Ef. 1:5). Lembre-se: Deus não nos escolhe porque merecíamos ou mereceríamos ser seus filhos, mas para que pudéssemos ser seus filhos. Fomos predestinados para a adoção de filhos.

 Predestinados eternamente, preparados em Cristo, possuídos através do Espírito, e aperfeiçoados na eternidade – que obra maravilhosa e graciosa de Deus é a nossa adoção. 

Segundo, no sofrimento e morte de Cristo Deus provê uma base legal para a nossa filiação, pois não teríamos nenhum direito ao seu amor paternal e cuidado e nenhum direito para morar em sua casa sem esse fundamento legal (Gl. 4:4,5; Ef. 2:13) Poderíamos pensar nisso da seguinte forma: nossos papéis de adoção foram escritos e selados com o sangue de Cristo.

Terceiro, somos realmente recebidos na comunhão e na família de Deus através da obra do Espírito, de forma que experimentamos seu amor e cuidado por nós (Gl. 4:6,7). Falando da vinda do Espírito Santo, João 14:18 diz literalmente: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”.

Nesse ponto na adoção, Deus faz uma maravilha que transcende a prática terrena da adoção. Deus pelo Espírito nos faz nascer de novo em sua própria imagem e semelhança, para que sejamos como ele, algo que nunca pode ser verdade com respeito aos nossos próprios filhos adotados (Ef. 4:24; 1 João 3:1,2).

Quarto, porque “ainda não se manifestou o que haveremos de ser” (1 João 3:2), haverá no dia do julgamento o que a Escritura chama de “a manifestação dos filhos de Deus” (Rm. 8:19). Então todos verão que estamos em Cristo, e seremos recebidos em nosso lar eterno para habitar ali com o nosso Pai para sempre. Nesse dia nossos corpos também serão adotados, isto é, redimidos da presença e poder do pecado (v. 23). É por isto que esperamos.

Predestinados eternamente, preparados em Cristo, possuídos através do Espírito, e aperfeiçoados na eternidade – que obra maravilhosa e graciosa de Deus é a nossa adoção. Como João diz: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus” (1 João 3:1).

Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 202-203.

Tradução: Felipe Sabino. Webiste: monergismo.com

Original: Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 202-203.

Original: Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu. © Monergismo. Website: monergismo.com. Todos os direitos reservados. Tradução: Felipe Sabino.