Desculpas que os pais dão para não baterem em seus filhos

Os pais de gerações mais recentes apareceram com várias desculpas para não baterem em seus filhos. Embora muitas dessas desculpas sejam bem-intencionadas, elas não são bíblicas.

“Mas… eu amo tanto meus filhos que sou incapaz de bater neles.” Eu certamente posso me identificar com essa maneira de pensar. Uma das coisas mais difíceis que faço como mãe é administrar a vara. Dar palmadas nos meus filhos é doloroso para mim. Eu nunca acreditei nos meus pais quando eles falaram aquelas famosas palavras de pais: “Isso vai doer mais em mim do que em você”. Eu sempre pensei comigo mesma: “Até parece!” No entanto, agora que o quadro mudou, sei que meus pais falavam a verdade. Propositadamente, infligir dor aos filhos é algo difícil de fazer. Mas é o pensamento mundano que diz: “Eu o amo demais para discipliná-lo.” Faça a si mesma esta pergunta: Quem se beneficia com sua decisão de não bater em seu filho? Certamente, não a criança. Provérbios 23 deixa claro que a falta de disciplina com a vara coloca a criança em risco. Então, quem se beneficia de não usar a vara? Você. Você está livre do desconforto de bater em seu filho. Você está liberta de infligir dor a alguém que é tão precioso para você. Você está livre da inconveniência de tomar tempo para disciplinar da maneira correta. Mas Deus diz: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Pv. 13.24). Os pais não devem ser abusivos, mas cuidadosos ao disciplinar. Assim, é o amor que motiva um pai a usar a vara. Deus associa disciplina com amor, assim, quando disciplinamos em amor, nossos filhos associarão disciplina com amor.

“Mas… ele não é velho o suficiente para entender”. Alguns pais acolhem a ideia de que o Junior é muito novo ainda para entender que não tem permissão para puxar tudo para fora da mesa. As crianças têm idade suficiente para aprender “Não” quando têm idade suficiente para fazer algo que exija que você lhes diga “Não”. Já ouvi mães se gabarem do quão inteligentes seus bebês são; seus bebês de seis meses de idade podem acenar tchau-tchau ou bater palmas e fazer jogos de bater as mãos quando incentivados. Aos oito meses, eles têm um conhecimento enorme de vocabulário. E respondem a instruções como: “Vem com a mamãe”, “manda um beijo” e “Abraça ele”. No entanto, essas mesmas mães que se gabam do quão inteligente seus bebês são dizem: “Ah, ele é muito novo para entender a palavra ‘Não’”. Eu ouvi mães me perguntarem quando é o momento certo para dar um tapa na mão do seu bebê por desobedecer e por tocar em algo que não deveria. A resposta deveria ser óbvia. Quando eles desobedecem e tocam em algo que não devem. Se eles tiverem idade suficiente para desobedecer, então têm idade suficiente para serem instruídos a obedecer.

Minha amiga Debra me contou a luta que teve para conseguir fazer a bebê dela ficar sentada na cadeira de refeição. A bebê tinha dez meses de idade quando aprendeu a obedecer. A mãe decidiu que, se ela tinha idade suficiente para desafiar, tinha idade suficiente para aprender submissão. A mãe relembra o dia em que Della aprendeu a obedecer nesta área:

Ela se impulsionou para uma posição meio-sentada na cadeira; eu disse: “Não, Della, não fique em pé na sua cadeira”, e a sentei novamente. Ela prontamente se colocou de pé, então eu dei um tapa no seu bumbum e disse: “Não! Senta”. Ela parecia confusa, domada, então se recostou, observando-me, pensou melhor, sentou-se, e nunca mais nos deu problema novamente sobre ficar de pé em sua cadeira.

Della aprendeu a lição da primeira vez que sua mãe a disciplinou. Nem todas as crianças chegam a um ponto de submissão assim tão rapidamente, mas esse exemplo certamente prova que uma criança de dez meses é capaz de aprender o significado da palavra “Não”.

“Mas… ele só está agindo assim porque não estamos em casa.” A desobediência de seu filho vem de seu coração, não de uma mudança no ambiente. Quando você está longe de casa, não deve culpar o novo cenário pela desobediência de seu filho. Se seu comportamento for desculpado porque ele está longe de casa, ele aprenderá rapidamente que só é obrigado a obedecer em casa. É um padrão duplo que não beneficiará a criança, os pais ou os envolvidos em seus passeios. A sua palavra deve ser obedecida no supermercado, no parque, no shopping, na casa de um amigo, e ATÉ MESMO na casa da vovó. “Mas… eu não acho que ele se sente bem, porque ele só age assim quando está doente.” Se seu filho está doente, ele precisa de cuidados especiais da mãe. Precisa de muito amor, repouso e, possivelmente, de remédio. No entanto, a desobediência não deve ser desculpada, porque a criança “não se sente bem”. Não há nada nas Escrituras para validar a negligência da instrução porque a criança está cansada ou doente. A Bíblia não diz que os filhos devem ser instruídos a obedecer, exceto quando estão doentes. A Palavra de Deus é sempre a mesma.

Se seu filho está com febre, com o nariz escorrendo ou com dor de barriga, “Sim” ainda significa “Sim” e “Não” ainda significa “Não”. Os pais que deixam de instruir seus filhos cada vez que a criança tem um resfriado encontram-se com a difícil tarefa de reeducá-los mais tarde. É sempre mais fácil educar do que reeducar.

“Mas… ele puxou isso do seu tio Tom. Ele tem um temperamento ruim também.” Talvez seja tarde demais para corrigir o temperamento do tio Tom com a vara (embora eu ache que existem muitos adultos que poderiam se beneficiar de uma boa e velha surra), mas não é tarde demais para seu filho. O fato de que o tio Tom não foi instruído em autocontrole deve servir como um motivador, não uma desculpa. Culpar o pecado com a hereditariedade da criança é dizer o óbvio. Em certo sentido, todo pecado é hereditário. Nós herdamos de Adão. Mas, com certeza, o uso bíblico da vara ajuda a lidar com qualquer característica hereditária que precise ser corrigida.

“Mas… palmada não funciona com meu filho.” Uma mãe me disse uma vez: “Você pode ser capaz de fazer seus filhos obedecerem, mas isso não funcionará com os meus filhos”. Ela passou a explicar como as personalidades de seus filhos eram diferentes. Cada criança é uma criação única de Deus, mas ele espera que todas obedeçam independentemente da sua personalidade. Cada criança tem características físicas, personalidades e habilidades distintas, mas em nenhum lugar da Bíblia existe a afirmação de que alguma criança é uma exceção à ordem de Deus para a obediência. Colossenses 3.20 diz:

“Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor”.

Por: Ginger Plowman. © Editora Fiel. Website: EditoraFiel.com.br. Traduzido com permissão. Fonte: Extraído do livro: Ginger Plowman, Não Me Faça Contar Até Três.

Original: Desculpas que os pais dão para não baterem em seus filhos. © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados.

Ginger Plowman - Não me Faça Contar até Três!

Não me Faça Contar até Três! – Ginger Plowman

Você encontra-se ameaçada, repetindo as mesmas instruções ou levantando a voz para os seus filhos na tentativa de fazê-los obedecer? Você está desanimada porque parece não conseguir alcançar o coração do seu filho? Através da experiência pessoal e aplicação prática das Escrituras, Ginger Plowman encoraja e prepara as mamães a lidarem não somente com o comportamento dos seus filhos, mas a mergulharem profundamente nas questões do coração. Através de uma abordagem franca, Ginger vai ajudar as mamães a vencerem as frustrações da desobediência e a educarem seus filhos de forma equilibrada e confiante.

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