Um blog do Ministério Fiel
O Natal anunciado pelos anjos: glória a Deus e paz aos homens (3/3)
Nesta parte final de nossa série três partes sobre “O Natal segundo os anjos”, contemplamos a verdade que as anunciações do nascimento dos anjos celebram “glória a Deus” e “paz aos homens”.
Considere primeiro que os anjos celebraram “glória a Deus” (Lc 2.14) em suas anunciações do nascimento de Jesus. Em outras palavras, o que os anjos nos dizem senão que em Jesus foi revelado todo o peso da “divindade de Deus”, as perfeições e excelências de Deus? Em Jesus, aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude” (Cl 1.19). Em outras palavras, em Jesus, “a beleza do SENHOR” (Sl 27:4) se tornou encarnada.
Pondere sobre a beleza de Deus um momento. A palavra “beleza” não é uma palavra que comumente usamos para o Senhor, mas deveríamos usá-la mais. A palavra em hebraico no Salmo 27.4 carrega a ideia de quão Deus é completamente deleitável e profundamente desejável. O ponto é que Deus é a soma de todas as qualidade desejáveis. Somente em Deus encontramos toda perfeição moral e espiritual. Nele, essas excelências são encontradas em proporção e harmonia impecáveis – todas elas são encontradas em equilíbrio delicado, brilho deslumbrante e integridade completa. Como Jesus é “o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser” (Hb 1.3), ele próprio é totalmente excelente, primorosamente esplêndido, supremamente amável e radiantemente maravilhoso. Junto com as hostes angélicas, louvemos a Deus dizendo “Glória a Deus nas maiores alturas” (Lc 2.14), de fato!
Os anjos que celebraram “glória a Deus” também celebraram “paz aos homens”. Em Jesus, a plena reconciliação com Deus foi disponibilizada a quem ele quer bem. O favor de Deus reside sobre você? Seu favor reside sobre todos que recebem e descansam para salvação somente em Jesus, como ele nos é apresentado no Evangelho, até mesmo pelos anjos. Com os apóstolos, os anjos no nascimento de Cristo poderiam ter proclamado a nós que nos arrependemos e cremos no evangelho: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm 8.33-34).
Sua consciência está inquieta e insegura diante de Deus? Novamente, com os apóstolos, os anjos do Natal poderiam ter declarado a nós: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Hb 4.16).
Pela fé, olhe plenamente para a face de Jesus, nosso Salvador e Deus. Nele, você encontrará toda excelência moral em proporções impecáveis e equilíbrio delicado, toda perfeição espiritual em brilho deslumbrante e integridade completa. Sob a autoridade da Palavra de Deus, eu lhe garanto que você verá que Cristo, o Príncipe da Paz, com o Pai e o Espírito, são completamente excelentes, primorosamente esplêndidos, supremamente amáveis e radiantemente maravilhosos.
As anunciações de Natal do Evangelho nos dizem sobre “o Natal segundo os anjos”. Nessas anunciações, encontramos “boas novas de grande alegria” a “todo o povo” já que nos falam sobre a pessoa e obra de Jesus e que celebram a glória de Deus e paz aos homens.
Para concluir esta série de três partes, reflita comigo por um momento sobre a alegria dos anjos. Há algo mais na alegria deles do que em nossa alegria comum e diária.
Veja, a alegria deles não está em sua própria salvação, pois os anjos jamais conhecerão a alegria de sua própria salvação. A alegria deles é uma alegria em nossa salvação, uma alegria acumulando por literalmente milênios, desde o início dos tempos, desde o Gênesis.
Sim, os anjos que cantaram durante a semana da criação (Jó 38.4-7) – os querubins, serafins, arcanjos e todos as outras categorias de anjos – estavam presentes no nascimento de nosso primeiro pai Adão.
Eles também estavam lá na queda de Adão. De fato, foi um dos seus, um querubim chamado Lúcifer, que se rebelou contra Deus, tomou a forma de uma serpente e tentou Adão a pecar, trazendo juízo sobre toda a raça humana.
Eles também estavam lá enquanto Deus bania os pecadores Adão, Eva e a serpente do Jardim. Aqueles anjos – os que permaneceram obedientes – tomaram seus pontos de guardiões do caminho à árvore da vida e assistiram como Deus expulsou o homem, sua esposa e a serpente para fora do Jardim.
Eles estavam lá no tabernáculo e no templo, com sua imagem tecida na mobília, como guardiões emblemáticos dos Santo dos Santos contra a profanação de pecadores.
Ficaram ali… olhando… observando… esperando ver o triunfo da graça de Deus vir com o nascimento do Salvador que libertaria seu povo do pecado e da morte.
Eles estavam lá em Belém, falando com José, Maria e com os pastores. Até hoje falam conosco enquanto o Santo Espírito fala conosco através da palavra deles na Escritura. E eles ainda observam para ver o triunfo da graça de Deus em nós que receberemos e descansaremos em Jesus somente para salvação.
Neste Natal, certifique-se que tenha aprendido e relembrado o que os anjos, mensageiros do céu que são, disseram a nós pecadores sobre Jesus e seu nascimento. Neste Natal, certifique-se de compartilhar a alegria dos anjos, mas compartilhe no conhecimento de que, pela graça, mediante a fé, Jesus o salvou da escravidão de seus pecados.
O Natal anunciado pelos anjos
Leia as três partes desta série:
O Natal anunciado pelos anjos: boas novas de grande alegria (1/3)
O Natal anunciado pelos anjos: todo o povo (2/3)
O Natal anunciado pelos anjos: glória a Deus e paz aos homens (3/3)