Discipulado: nosso viver está em morrer

Nosso viver está em morrer. Em Marcos 8.35, Jesus diz: “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á”. Se queremos viver, devemos morrer. Esse conselho parece tolo num mundo que constantemente nos aconselha a “seguir os nossos corações” e a “aproveitar a vida”! Diz-se-nos que temos apenas uma vida e que devemos aproveitar cada momento à medida que escalamos até o topo da montanha.

Ser um discípulo de Jesus, contudo, significa entregar as nossas vidas e abraçar a vida que Cristo dá. Esse é o único caminho para a vida verdadeira. Como diz Bonhoeffer, “quando Cristo chama um homem, ele o ordena a vir e morrer”. Essa morte acontece milhares de vezes antes do céu e é, sempre, um ato de fé em Jesus.

Anos atrás, eu fui enredado numa teia de pecado. Descontentamento, lascívia e falta de fé entraram sorrateiramente no meu coração, como uma serpente, e estavam lentamente destruindo minha devoção ao Senhor. Naquele período, um querido irmão falou de modo poderoso ao meu coração: ele me chamou a viver pelo morrer. Ele me mostrou que o meu amor pelo mundo estava sufocando meu amor por Cristo. Ele falou com verdade e com graça. Deus usou aquele irmão para abrir os meus olhos para a promessa da vida que viria apenas por meio da morte. Eu não tenho certeza de onde estaria se ele não houvesse me apresentado novamente o chamado de Jesus e sou eternamente grato de que ele o tenha feito.

No discipulado, nós devemos consistentemente segurar as lentes da eternidade diante dos olhos uns dos outros, a fim de assegurar que não estamos sendo “endurecido[s] pelo engano do pecado” (Hebreus 3.13). O mundo constantemente nos chama a encontrar vida em seus prazeres. O único antídoto para essas poderosas exigências é a meditação em como Cristo entregou a sua vida por nossa causa. Considere o quanto ele odiou o pecado. Pondere em como ele nos amou. Lembre-se de como ele padeceu. Pense em como ele morreu. Alegre-se em como ele glorificou o Pai.

O nosso discipulado deve ser marcado por como ajudamos uns aos outros a meditar no chamado de Cristo para tomarmos diariamente nossa cruz e o seguirmos. Morrer é o único caminho para viver.

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Segundo ponto: nosso descanso está no esforço.
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Por: Garrett Kell. © 2012 9Marks. Original: Discipleship and the Paradoxes of Growth.

Este artigo faz parte do 9Marks Journal.

Tradução: Vinícius Silva Pimentel. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel. © 2014 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: Discipulado e os Paradoxos do Crescimento.

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