Um blog do Ministério Fiel
Socorro, meu marido quer ser pastor!
Se você está lendo isso, há chances de que você já tenha tido “aquela conversa”. Você sabe, aquela na qual ele casualmente buscou trazer à tona aquela notícia estupefaciente do toque que sentiu de Deus. Ou, talvez ele tranquilamento lançou uma ideia pela qual estivera orando, e perguntou se você acha que ele pode ter sido chamado para ser um pastor. Não importa o quão preparada você possa estar, mas essa questão tende a fazer uma esposa sentir-se repentinamente travada em um simulador de voo, incapacitada de encontrar um lugar para aterrissar seu cérebro.
Sei bem como é. Quando meu marido me contou que ele se sentiu chamado para o ministério, eu pensei: “Você, sim.. posso visualizar isso. Já eu? Hmm… Acho que não! Afinal, eu não sei absolutamente nada sobre ser uma esposa de pastor. E, a propósito, como você pode ser vocacionado ao ministério com esta minha personalidade anexada a você? Eu tenho opiniões fortes e, com certeza, não sou alguém fácil de se relacionar.
Não preciso nem comentar que começamos com um pé atrás.
Meu marido diz que por volta de 50% das mulheres de potenciais plantadores de igrejas ou pastores não enxergam imediatamente o que seus maridos estão sentindo. Talvez você faça parte desse grupo agora mesmo. Se é o caso, aqui estão algumas reflexões que amigas sábias compartilharam comigo naquele momento.
É o chamado dele, não o seu
Eu tenho boas notícias. Não há ofício de esposa de pastor ou de cônjuge auxiliar de plantadores de igrejas na Escritura. Isso significa que é o seu marido que foi possivelmente chamado para liderar a igreja, não você. Isso não a exclui completamente (veja o próximo ponto), mas ao menos coloca o chamado dele em perspectiva. Eu sei que precisava disso. Antigamente, eu lutava contra a ideia de se eu realmente conseguiria ser esposa de pastor por causa das imagens estereotipadas do que pensava ser uma boa esposa de pastor. Entender a distinção entre o papel dele e o meu não foi apenas um grande alívio, mas também me libertou para pensar mais claramente sobre o que eu poderia fazer para ajudar e servir.
Mas o chamado dele requer algo de você
Desculpe, mas você não está totalmente isenta. A Palavra de Deus requer algo de você; e estou certa de que é um requerimento que você alegremente abraçará já que vem de nosso Senhor. Moças, a liderança matrimonial e doméstica de seu marido será examinada (1 Tm 3.4-5; Tito 1.6,8). Ele também é chamado para ser “hospitaleiro” (1 Tm 3.2, Tito 1.8), recebendo crentes e discrentes em sua casa – isso é difícil de se fazer sem uma esposa. Penso, também, que podemos inferir que se certas atitudes são requeridas da esposa de um diácono (1 Tm 3.11), então o mesmo o será conosco.
Porém, eu olho para tudo isso desta forma: se você ama seu marido, quer cuidar dos seus filhos, não se importa em usar o seu lar como um lugar para o ministério e não se irrita diante de algumas pequenas prestações de contas, então você está quase lá. Vai nessa, garota!
Confie em Deus durante o processo
Parece-me que toda essa questão é basicamente sobre fé. Deus quer levá-la a uma maravilhosa jornada de se juntar ao seu marido para descobrirem a vontade de Deus. O caminho que você trilhará poderá trazer tanto frustração quanto empolgação, mas nosso gracioso Deus é quem fez o convite.
Pergunte questões difíceis de você mesma; pergunte sobre o seu marido também. Não tenha medo de se deparar com respostas difíceis. Tudo isso é muito mais do que simplesmente definir um chamado. Deus irá transformá-la no processo. Sim, Deus irá fazer sua vontade conhecida. Contudo, ela virá através de momentos de conversas francas, enquanto você confia em seu Pai que “recompensa aqueles que o buscam” (Hb 11.6)
Mais notícias boas! Se seu marido acabar plantando ou pastoreando uma igreja, os desafios serão difíceis, mas a experiência será mais gloriosa do que você pode imaginar. Isso será verdade para vocês dois! Então, é tempo de orar, porque, para esta aventura, você irá precisar!