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Reformadores – Theodoro Beza (Reforma500)
Theodoro Beza foi um teólogo protestante francês que desempenhou um papel importante no início da Reforma Protestante. Foi discípulo de João Calvino e o sucedeu na liderança da Igreja em Genebra.
1519 – Nascimento: Theodoro nasceu em 24 de junho de 1519 em Vézelay, Borgonha, França. Ele era filho de Pierre de Besze e Burderot Marie, ambos da baixa nobreza. Sua mãe, uma mulher inteligente e caridosa, teve sete filhos, dos quais Theodoro foi o último.
1521 – Falecimento da mãe: Sua mãe morreu quando Theodoro ainda não tinha completado três anos, e o seu tio Nicolas de Besze o levou para Paris e o adotou, visto ter um grande carinho por ele. Ali ele foi educado pelas mentes mais brilhantes da cidade.
1528 – Educação formal: Quando tinha nove anos, seu tio, que era membro do conselho real, o enviou para Orléans para estudar com Melchior Wolmar, um eminente erudito em grego, que também foi professor de Calvino e que mais tarde se juntaria ao movimento da reforma. Wolmar trouxe Beza para sua própria família. Ele ficou com Wolmar por sete anos.
1539 – Graduação em direto: Theodoro almejava a carreira de direito, e com esse fim começou seus estudos na Universidade de Orléans e obteve sua graduação em 1539, aos vinte anos de idade. Retornando a Paris, voltou sua atenção para o estudo da literatura e para o romance.
1544 – Casamento e carreira literária: Em 1544, casou-se com Claudine Denosse. Com o passar dos anos, começou a alcançar um nível alto da fama com um celebrado trabalho de poesia (Juvenilia), e já era considerado como o melhor escritor de poesia latina do seu tempo.
1548 – Conversão: Beza foi trazido à conversão através de uma grave doença durante a qual teve bastante tempo para refletir sobre os caminhos inescrutáveis da providência e lembrar da fiel instrução de seu antigo tutor, Melchior Wolmar. Humilhado e castigado, ele se recuperou de sua doença como um protestante firme, que resolveu entregara sua vida à propagação do Evangelho.
1548 – Ida à Genebra: Convertidos a Cristo em 1548, ele e sua esposa Claudine resolveram deixar o círculo literário de Paris para se dedicarem à causa da Reforma Protestante. Beza e Claudine partiram, então, para Genebra, onde foram bem-recebidos pelo reformador João Calvino.
1549-1580 – Serviço como professor e pastor: Em Genebra, Beza foi chamado para se tornar professor de teologia na academia que Calvino havia fundado, a qual se tornou uma das mais importantes escolas em toda a Europa calvinista. Ali Beza serviu como professor até 1559, e como reitor de 1559 até 1563, quando Calvino recusou a posição.
1559 a 1605 – Pastor da igreja de Genebra: Ele foi pastor da igreja de Genebra de 1559 a 1605, retirando-se apenas quando sua idade avançada o forçou a fazê-lo. De 1564 a 1580 Beza serviu como moderador do concílio de pastores após a morte de Calvino.
1564 – Falecimento de Calvino: Quando Calvino faleceu em 1564, Beza pregou o sermão no funeral e logo depois escreveu uma biografia de seu mentor e querido amigo.
1564 – Beza e sua versão da Bíblia em grego: Com a morte de Calvino, Beza, já um professor e teólogo consagrado, dedicou-se a sua publicação da Bíblia em grego, tendo publicado em vida nove edições do Novo Testamento. Uma edição póstuma, a décima, foi publicada em 1611. A mais famosa edição publicada por Beza é a de 1582, em que ele incluiu alguns textos do Códice Beza e do Códice Claromontano. Suas edições popularizaram o Textus Receptus. Os tradutores da versão King James usaram as edições de Beza de 1588 e 1589.
1588 – Falecimento de Claudine: Sua esposa, Claudine, faleceu em 1588, e Beza se casou novamente com uma refugiada de Gênova, Geneviève del Piano.
1605 – Últimos dias: Os últimos dias de Beza foram gastos dando continuidade às doutrinas de Calvino, ensinando com tranquilidade, participando de algumas reuniões, escrevendo e mantendo correspondência com reformadores e santos em toda a Europa.
1605 – Falecimento: Beza faleceu calmamente em um domingo, em 23 de outubro de 1605, aos oitenta e seis anos. A seu pedido, escrito em seu testamento, ele foi enterrado em um cemitério comum, onde Calvino foi enterrado e próximo ao túmulo de sua esposa. Ele combateu o bom combate e guardou a fé e então recebeu a recompensa da coroa da vida.
1 – “Chamamos de ‘fé’ um certo conhecimento que, somente por sua graça e bondade, o Espírito Santo fixa cada vez mais nos corações dos eleitos de Deus (1Coríntios 2.6-8). Com esse conhecimento, cada um deles, sendo assegurado em seu coração da sua eleição, toma para si e aplica a si mesmo a promessa da sua salvação em Jesus Cristo.” (Fé e Justificação)
2 – “Onde não há Palavra de Deus, mas apenas a palavra do homem, seja em quem for, não há fé ali, mas apenas um sonho ou uma opinião que não pode deixar de nos enganar (Romanos 10.2-4; Marcos 16.15-16; Romanos 1.28; Gálatas 1.8-9).” (Fé e Justificação)
3 – “Dizer que tudo o que é necessário para nossa salvação não está em Jesus Cristo é uma blasfêmia muito terrível, pois isso só o tornaria um Salvador parcial (Mateus 1.21). Resta, portanto, a outra parte: tendo Jesus Cristo, pela fé, temos nele tudo o que é necessário para nossa salvação (Romanos 5.1).” (Fé e Justificação)
4 – “Para conhecer esta regeneração, é necessário chegar aos seus frutos. Assim, como eu disse, o homem, sendo libertado do pecado, ou seja, da sua corrupção natural, começa a produzir os bons frutos que chamamos de “boas obras”, graças ao poder de Jesus Cristo que habita nele; por isso dizemos, e com razão, que a fé da qual falamos não pode existir sem boas obras mais do que o sol sem luz ou do que o fogo sem calor (1João 2:9-10; Tiago 2:14-17).” (Fé e Justificação)