Um remédio esquecido para o ministro esgotado (Parte 2)

Este é um artigo de um convidado, Zack Eswine, pastor da Riverside Church e diretor de homilética no Covenant Seminary. Esta é a conclusão da série em duas partes por Zack em Am I Called. Você pode ler a parte 1 aqui. Na primeira parte, Zack discute como Deus consolou Paulo não pela ausência de estresse, mas pela presença de um amigo no ministério e como o companheirismo de alma de um colega ministro é o meio de Deus proporcionar conforto profundo em meio às dores do ministério.

O que isso significa para nós?

Eu não sei completamente. Mas eu sei muito disso.

• Se assumimos as ideias não bíblicas de “individualismo” e “competição” no ministério — as ideias simultâneas de que não precisamos de ninguém e que, em contraste com todos os outros, seremos o melhor pastor e teremos a melhor igreja da cidade — já estamos em um problema terrível; não importa quantos seguidores temos nas mídias sociais ou em nossas comunidades locais. “Há amigo mais chegado do que um irmão”. Esse amigo, Jesus, é aquele de quem você precisa.

• Se estamos temerosos e feridos, escolhendo a autoproteção como uma estratégia para passar pelo ministério, nos tornamos como uma fortaleza cercada por um fosso com uma ponte levadiça. Nós só a abrimos se um possível amigo conseguir responder corretamente a três misteriosos enigmas. Temos monstros na parte de fora, prontos para devorá-los caso eles tropecem em apenas uma parte. Isso não é amor. É outra coisa. O ministério bem-sucedido baseado nessa “outra coisa” acabará apodrecendo as raízes das nossas vidas. Arriscar uma amizade pode nos ferir, mas resistir à amizade também. Nenhuma das duas estratégias pode nos salvar. Somente Jesus pode.

• Se somos muito importantes, se pensamos que não somos como outros homens e mulheres, lembre-se que o orgulho precede uma queda. A graça que alcança o íntimo é a nossa esperança.

• Necessitamos de um tipo diferente de treinamento. Aprender as habilidades comuns da conversação humana, encontrar tempo, ouvir sabiamente, compartilhar a situação de nossas almas com um amigo de confiança.

• Começamos a orar agora deste modo: “Senhor, tu me darás um amigo no ministério? Tu me ensinarás como oferecer tal amizade a outra pessoa?”.

• Começamos a procurar uma comunidade de mentores, um diretor espiritual ou um colega pastor, que não necessariamente parece conosco ou pertence à mesma denominação. Lembre-se, Tito era gentio. Paulo era judeu. O que deu fundamento comum para a comunhão foi Jesus.

A Grande Comissão depende de uma pequena comunhão

Talvez seja por isso que a Grande Comissão se baseia e é precedida pelo chamado de Jesus para uma pequena comunhão. Eles eram doze. Agora há apenas onze. Há dor nessa história. Mas Jesus chama os onze juntos. Eles adoram juntos. Eles duvidam juntos. Eles são enviados juntos. Sem essa comunhão prévia com Jesus e uns com os outros, a Grande Comissão da qual Jesus lhes fala não é viável. Precisamos de ajuda para lembrar que Mateus 28.18-20 é precedido por Mateus 28.16-17.

O ministro Leighton Ford estava certo: “Os líderes no ministério precisam de pessoas confiáveis, momentos confiáveis e lugares confiáveis para que deem fruto a longo prazo”. Esse tipo de comunhão em Jesus é um dos meios básicos de Deus prover o descanso interior profundo que você deseja.

Por: Zack Eswine. © Am I Called?. Website: amicalled.com. Traduzido com permissão. Fonte: A FORGOTTEN REMEDY FOR THE WORN OUT MINISTER (PART TWO).

Original: Um remédio esquecido para o ministro esgotado (Parte 2). © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Camila Rebeca Teixeira. Revisão: André Aloísio Oliveira da Silva.