Um blog do Ministério Fiel
4 dicas para esposas de pastor evitarem conflitos ministeriais
“A maioria dos conflitos de presbíteros que tenho visto não ocorre entre presbíteros. Ocorrem entre uma esposa de presbítero e outro presbítero”.
Estava conversando com uma amiga sobre ser esposa de pastor, e tentei compreender a declaração enfática que ela fez. Isso é verdade? Me perguntei. Poderia uma esposa de presbítero causar tanto conflito dentro da equipe de presbíteros? Lutei com a ideia e logo percebi que a observação de minha amiga não era exagero. Enquanto a maioria das esposas de presbíteros que conheço são encorajadoras e favoráveis ao corpo de presbíteros, algumas provocam tumulto e confusão.
Permita-me explicar.
O trabalho da equipe de presbíteros é desafiador e exigente. As propostas são debatidas, pregações são submetidas à crítica e são tomadas decisões que afetam a alma de outros. As esposas de presbíteros frequentemente sabem sobre o que acontece nos bastidores do trabalho da equipe de presbíteros. Elas veem a oração, o entusiasmo e os frutos. Também percebem as longas horas, os desentendimentos acalorados e os relacionamentos tensos.
O que acontece quando surgem os conflitos? E se um presbítero aponta regularmente falhas em seu marido e falha ao encorajar a alma dele? E se ninguém apoia seu marido quando ele quer fazer uma mudança?
Não é de se admirar que nossos maridos, por vezes, sintam-se rejeitados ou com raiva. Como esposas, naturalmente nos simpatizamos com nosso marido e compartilhamos da sua dor. Quando essas circunstâncias surgem, é tentador agir de maneira a piorar a situação que já é ruim.
Como as esposas de presbíteros podem evitar prejudicar o corpo de presbíteros em sua igreja local? Aqui estão 4 maneiras:
1. Tenha uma conversa honesta com seu marido.
Converse francamente com seu marido sobre quais os tipos de informação você consegue ou não lidar. Alguns tipos de personalidades são capazes de guardar informações “pesadas” para a alma, estando próximas dos envolvidos, sem passar adiante, e em lugar disso proporcionam oração e conselho em seus corações, sem um envolvimento direto com a situação. Outros tipos de personalidades se entregam “de corpo e alma” e não conseguem separar situações ou pessoas da dor que elas causaram. A sabedoria dita onde a linha deve ser traçada por você.
“Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos” (Hebreus 12.14-15). Como se esforçar mais para ter paz com os colegas presbíteros de seu marido? Como você pode ter certeza de que nenhuma “raiz de amargura” brote e cause problemas? Talvez seu marido deva filtrar as informações que lhe fornece. Não o pressione para saber todos os detalhes sobre as discussões e trabalhos dos presbíteros. Faça o que for necessário para cultivar uma santa paz com os outros.
2. Não intervenha para defende-lo
Reconheça que seu marido tem uma amizade mais profunda com esses homens do que você. Ele tem mais influência com eles, e eles conhecem o coração dele. Se algo precisa ser dito, será melhor recebido se vindo dele. A ofensa não foi contra você, então não é errado confrontar. Situações assim deveriam ser mantidas em sigilo. Se deve ser discutida, é sábio escolher um mentor ou um amigo fora da igreja.
Mesmo uma abordagem aparentemente sutil, como tratar um presbítero com desprezo ou “dar um gelo” fará mais mal do que bem. Nossa oração como esposas de presbíteros deveria ecoar o Salmo 141.3-4 (“Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios. Não permitas que o meu coração se volte para o mal”) e Efésios 4.32 (“Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo”).
3. Responda de maneira branda
Responda de maneira branda se o seu marido escolher falar sobre algo que o está magoando. Provérbios 15.1 diz: “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”. Podemos incitar sentimentos dolorosos em nosso marido ao respondermos de maneira dura. Por exemplo, exclamar: “Quem ele pensa que é pra falar com você dessa maneira?”, revela um coração insensível, resultando em uma resposta ríspida. Por outro lado, ao falar: “Percebo como isso foi duro. Sinto muito. Eu gostaria muito de orar por vocês dois agora”, revela um coração gentil que resulta numa resposta gentil. Toda igreja será beneficiada pelos seus esforços pacificadores.
4. Ore por seu marido e seus colegas presbíteros regularmente
“Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês; antes, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer” (1 Coríntios 1.10). Esta é uma oração profunda que todas as equipes de presbíteros precisam. Alguns outros versículos quanto a orar por seus presbíteros podem incluir 1 Pedro 3.8, 2 Coríntios 13.11, Efésios 4.1-6 e Romanos 12.16. Ore diligentemente e com frequência.
As esposas de presbíteros desempenham um papel singular, encorajando seus maridos presbíteros — sendo confidentes nas situações ministeriais enquanto mantem a paz em casa quando os presbíteros estão tendo suas lutas ou conflitos. Que nossas respostas promovam paz e alegria no coração de nossos maridos, entre a equipe de presbíteros e em toda congregação para a glória do Salvador que partilhamos.