Um blog do Ministério Fiel
Essa é a história do evangelho, uma história brilhante, assustadora e gloriosa
Por muitos anos, a humanidade esperou para seu herói entrar no mundo. Deus conduziu seu povo por todos esses anos, multiplicando-os em número, edificando-os para que fossem uma nação (chamada Israel), libertando-os da escravidão, conduzindo-os à Terra Prometida, frutífera e verdejante, castigando-os quando desobedeciam e mostrando misericórdia quando se arrependiam. Leia o Antigo Testamento e veja como Deus fez isso diversas vezes – ensinando, disciplinando e sempre amando seu povo.
Ele fez isso ao instituir sacerdotes para que fossem intercessores de seu povo, uma ponte entre o santo Deus e o homem pecador. Esses sacerdotes ofereciam sacrifícios pelo povo (por causa de seus pecados) e guiavam-no em santidade segundo a Palavra de Deus. Deus também instituiu profetas para avisar o povo das consequências do pecado, das bênçãos da obediência e da alegria de confiar nele. E entronizou reis em favor do seu povo, para lutar suas batalhas, garantir sua proteção e guiá-lo com justiça e sabedoria.
Mas nenhum desses sacerdotes, profetas ou reis era perfeito. Alguns eram terrivelmente maus, enquanto outros lutavam para fazer o certo, mas acabavam desobedecendo a Deus. Eles violavam sua lei, fugiam de medo, perpetuavam a ignorância ou o ódio, agiam com injustiça e se rebelavam contra Deus. Todavia, esses ofícios sussurravam uma promessa constante: um Sacerdote melhor virá. Um Profeta melhor virá. Um Rei melhor virá. O Herói que vai consertar tudo virá.
E ele realmente veio, em uma noite movimentada e inesperada em Belém. Quem era o herói dessa história? O próprio Deus. Ele entrou na própria história. E nada continuaria igual. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” João 1.14
O criador do universo se humilhou, assumiu a forma de homem e nasceu milagrosamente de uma virgem modesta. Seu nome era Jesus (que significa “salvador”) e ele veio para fazer o que nós não conseguiríamos fazer. Ele viveu uma vida perfeita, nunca tropeçando ou pecando: nunca implicou com seus irmãos, nunca desperdiçou o tempo, nunca desobedeceu aos seus pais. Ele nunca mentiu, colou no dever de casa ou reclamou de suas tarefas domésticas.
E, à medida que ia crescendo, fielmente proclamava a Palavra de Deus. Certa vez, quando estava em uma cidade chamada Cafarnaum, ele explicava a Escritura em um templo e o povo ficou absolutamente impressionado porque eles nunca tinham ouvido alguém falar com uma autoridade tão clara e intensa (Mc 1.21–22). Com frequência, as pessoas se impressionavam com a maneira ousada, poderosa e precisa como Jesus falava: o Profeta supremo havia chegado, não somente falando a verdade, mas sendo a própria verdade.
Mas Jesus não era somente um profeta. Depois de ter vivido uma vida perfeita, realizou um sacrifício que serviu de ponte sobre o abismo que separa o Deus santo do homem pecador. Mas, em vez de sacrificar um animal pelos pecados, sacrificou a si mesmo por todo o povo de Deus – do passado, do presente e do futuro (Jo 17.1-4; Rm 5.8-10). Jesus se tornou o Cordeiro de Deus para consertar o que a humanidade quebrou. O Sacerdote melhor havia chegado.
Mas ele não foi posto no altar pelo poder dos homens. Como um guerreiro, ele foi para a cruz por seu próprio poder e pelo desejo de seu Pai. Ele foi em obediência e enfrentou a batalha que nós não conseguíamos enfrentar, carregou a ira de Deus pelo peso de nossos pecados e depois nos tomou para sermos dele. Definitivamente, o Rei melhor havia chegado.
Mas a questão é a seguinte: se Jesus simplesmente morresse e continuasse morto, nada mudaria. Ele seria simplesmente um profeta religioso como tantos outros de seu tempo, realizando curas e milagres dramáticos, dizendo que iria ressuscitar dos mortos (Lc 24.7, 46), mas permanecendo imóvel debaixo da terra.
Mas Jesus não permaneceu morto. Jesus está vivo. Tendo ressuscitado pelo poder de Deus depois de três dias, ele derrotou a Serpente e assegurou a redenção de seu povo – nós, pecadores e separados de Deus (1Ts 1.10). Somente Deus poderia consertar o que nós quebramos no Éden, e foi o que ele fez. Quando Deus prometeu que um herói viria, ninguém percebeu que ele seria o herói.
“Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.” Romanos 5.9-11
E Jesus voltará (Mt 16.27-28). Em um dia que só Deus sabe, ele voltará para trazer o Éden de volta, para restaurar seu povo a um lugar que, na verdade, é melhor do que o Éden – uma nova terra onde não haverá pecado, não haverá dor, não haverá sofrimento (Ap 21.1-5). Existiremos para eternamente adorar a Deus, ter comunhão com seu povo e celebrar a vida juntos. Teremos corpos glorificados, sem as máculas do pecado e da morte.
Então, essa história realmente tem um final feliz. O dia terminará com a restauração. Voltaremos para o Éden. Jesus vence. Isso significa que seu povo vence também.
Por que Isso Muda Tudo?
Essa é a história do evangelho. É uma história brilhante, assustadora, gloriosa, de tirar o fôlego, quase boa demais para ser verdade. Quase. Em todos os sentidos da palavra, essa história é a coisa mais verdadeira que seus ouvidos já ouviram e seus olhos já viram. Essa notícia não deve simplesmente produzir uma mudança superficial em sua vida, uma mera concordância mental ou uma curtida no Facebook. É necessário transformar tudo sobre seu modo de vida – a maneira como fala, a maneira como se veste, a maneira como pensa e se relaciona com a cultura, com quem você sai para se divertir, o que você posta nas redes sociais, o que lê, ao que assiste e o que acha engraçado.