Um blog do Ministério Fiel
A covardia do abandono presente
Meu primeiro videogame foi o Master System, primeiro e único, pelo menos enquanto eu era solteiro. Depois que casei compramos o Wii que ficou conosco até a chegada da Sarah, quando entendemos que o berço seria mais importante que o Wii. Ontem instalei um novo Wii em casa, ganhamos de uma família querida, as crianças estão loucas no Mario Kart e nos jogos de esportes do Wii, e os pais também.
Como alguém que curte videogames preciso afirmar: Você e seu videogame estão acabando com o respeito e a admiração que sua esposa tinha por você. Como eu sei? Porque elas me falam. Elas estão cansadas! Já não bastasse terem que ajudar financeiramente em casa, nos horários livres elas arrumam a casa, lavam a louça, trocam fraldas, fazem mamadeiras, trocam fraldas, lavam roupa, trocam fraldas e dormem sozinhas enquanto você joga videogame. Você abandonou o seu lar, e de uma das formas mais covardes: sem sair de casa.
Sua esposa não tem nenhum dos benefícios de uma mulher casada: ela não se sente protegida, amada, cuidada, desejada, e muito disso se deve ao fato de você não largar o controle do videogame (ou o joguinho do celular) para falar com ela, saber dela, se interessar por ela ou tocar nela. Você conquistou tudo em Playerunknown’s e Fortnite, mas é completamente incapaz de edificar e nutrir um relacionamento de verdade com aquela que você prometeu amar, respeitar, encorajar e servir todos os dias de sua vida. Acorde!
Você está falhando na vida que Deus te deu, enquanto foge para um mundo onde você “é” interessante, bem-sucedido e vencedor. Um mundo que não existe. Acorde!
Acorde enquanto é tempo, acorde enquanto a paciência dela não acabou, acorde enquanto seus filhos ainda moram na mesma casa que você, acorde enquanto algo do seu casamento ainda existe, acorde enquanto ainda é possível se arrepender, pedir perdão e reconstruir seu casamento, sua família e sua vida [a real]. Acorde!
Abandono não acontece só quando um cônjuge sai de casa. Abandono acontece também, e com frequência bem maior, quando um cônjuge ainda que em casa, não está mais no lar. Acorde!