Um blog do Ministério Fiel
As mulheres cristãs não devem ser sempre submissas
Estou convencida de que muitas de nós mulheres temos um problema de submissão. Um problema gigante de submissão. Mas não é sobretudo o fato de não nos submetermos aos nossos maridos – mas o fato de que não vamos parar de nos submeter ao mundo. O maior problema com as mulheres e a submissão excessiva às coisas erradas. Nos submetemos de bom grado às regras do mundo.
Em Colossenses 3:18, Paulo diz às esposas cristãs: “Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor”. Juntamente com passagens como Efésios 5.22–24 e 1Pedro 3.1–6, esse versículo soa vergonhoso. Mas há outra passagem talvez menos conhecida sobre “submissão”, também em Colossenses.
“Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? …Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria. …, todavia, não têm valor algum contra a sensualidade”. (Colossenses 2.20–23)
As mulheres estão inundadas de ensinamentos e dogmas do mundo. E a grande tragédia é que elas estão voluntariamente colocando-se sob sua autoridade. Algumas sem mesmo saber que estão fazendo isso.
Afogando-se em um Dilúvio de regras
Isto soa familiar? Nós nos forçamos para usar certos estilos, até sapatos dolorosos, para acompanhar o que as lojas nos dizem que está na moda. Limpamos nossas casas de uma maneira específica, apenas com produtos específicos. Seguimos todas as regras e sugestões dadas pelos onipresentes “eles” sobre como cuidar de nossos filhos e mantê-los protegidos de todos os riscos. Nós estressamos e tensionamos nossos músculos, três vezes por semana, no mínimo, porque acreditamos que é a coisa “certa” a fazer e talvez, apenas talvez, mantenha a morte afastada (ou pelo menos mantenha a barriga lisa até que ela venha para nós ) Somos religiosos sobre o tipo de vela que podemos queimar em nossas casas, e o cheiro de óleos essenciais flutua no ar sempre que estamos por perto, porque estamos convencidos de que eles são o remédio “certo” a ser usado.
Regras, regras, regras. Coma isso; não coma aquilo. “não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro” Essas não são as regras de Deus, mas são regras, no entanto. Quem poderia acompanhar as regras sempre em mudança e sempre crescentes que o mundo (e nossa própria religião que criamos) lança contra nós?
Estou dizendo que é errado seguir uma certa dieta? Ou malhar? Ou limpar a casa de uma maneira específica? Ou usar certos remédios? Não. Absolutamente não. Mas é errado acreditar que fazer alguma dessas coisas é “o certo” só porque o mundo diz para fazê-las. É errado fazê-las porque você está confiando no mundo (ou em si mesma) mais do que em Cristo.
Cristo nos deu muito trabalho para fazermos até que ele volte. A última coisa que precisamos é começar a trabalhar na lista de tarefas que o mundo nos atribui. Devemos “buscai as coisas lá do alto” (Colossenses 3.1). Isso significa que devemos “vestir” … corações compassivos, bondade, humildade, mansidão e paciência” (Colossenses 3.12), para suportarmos uns aos outros, perdoarmos uns aos outros e, acima de tudo, amar (Colossenses 3.13–14).
Promessas Baratas, Manto Pobre
Regras criadas pelo homem nos fazem promessas. Eles nos dão um comando e dizem: “Se você seguir isso, será feliz”. Mas ninguém consegue cumprir. Ninguém mantém suas promessas. Mesmo quando elas são produzidas na vanguarda – quando a dieta nos torna esbeltos e melhoram a digestão, ou o assento do carro corretamente posicionado diminui os riscos, ou os remédios e vacinas nos mantêm livres de doenças – eles não podem nos dar felicidade duradoura. Eles não podem nos dar paz no lugar de nossos medos mais profundos. Regras criadas pelo homem não podem curar nossa doença mais grave.
Em outros momentos, podemos usar as regras como uma capa de conforto. Preferimos ter mil regras para governar todas as partes práticas de nossas vidas a viver na liberdade que Cristo oferece. Preferimos ter “Quinze Regras sobre Práticas Corretas de Lavanderia”, “Dez Regras sobre Como Carregar a Máquina de Lavar Louça” e “101 Regras sobre Alimentos que Não Devem Ser Comidos”. As regras nos dão uma sensação de valor, uma sensação de estar fazendo as coisas corretamente, e a sensação de que temos o controle.
Mas e se avaliássemos tudo isso usando uma escala diferente? E se reconhecêssemos que nossa luta para manter as valiosas regras é antievangelho? E se começássemos a nos perguntar: “Eu dobrei as roupas com humildade? Eu lavei a louça com amor? Fiz o jantar com paciência? Eu fui trabalhar com mansidão? Prendi a criança à cadeirinha com fé?
Submeta-se ao Senhor da Liberdade
Em outras palavras, devemos nos perguntar se estamos vivendo como cristãos. Em vez de acreditar que a ceia de natal foi um sucesso porque evitamos todos os ingredientes da lista de alimentos que não devem ser consumidos, poderíamos ver a ceia como algo que glorifica a Deus porque a servimos “de modo digno do Senhor” (Colossenses 1.10), ou seja, com amor.
Os cristãos devem ser capazes de conectar tudo o que fazem, e também o que não fazem, à glória de Deus (1Coríntios 10.31) – quer comamos, bebamos, dobremos roupas ou compremos mantimentos. A questão não é paramos de pensar em boas maneiras de fazer essas coisas, mas que todo o nosso pensamento deveria ser o de pessoas livres que procuram glorificar a Deus. É assim que sabemos que o evangelho de Cristo está produzindo frutos em nós, quando reconhecemos que nem fazer comida ou lavar e dobrar roupas podem nos recomendar a Deus (1Coríntios 8. 8), mas Cristo pode – e ele o faz.
Precisamos começar a nos perguntar a quem estamos nos submetendo. Na próxima vez que você se sentir obrigada a fazer algo de uma forma específica, no que se refere a “coisas que se destroem” (Colossenses 2.22), pergunte-se: por quê? Por medo ou fé? Sob autoridade de quem? Vamos resolver fazer todas as coisas sob a autoridade e liberdade de Cristo e nos recusar a nos submetermos novamente ao jugo da escravidão.
Somos mulheres cristãs, o que significa que somos marcadas por nossa submissão e nossa liberdade, tanto no que dizemos sim quanto no que recusamos.