Discípulos amam outros discípulos

Falamos muito sobre o amor na igreja cristã. Com razão, uma vez que o amor está no centro de nossa mensagem, o Evangelho (João 3.16). Mas o que significa amar outros cristãos? Será que é realmente importante? Não podemos simplesmente viver a vida cristã por conta própria?

A Confissão de Fé de Westminster nos diz que nós, como crentes, devemos “manter uma santa sociedade e comunhão no culto de Deus e na observância de outros serviços espirituais, que tendam à sua mútua edificação, bem como a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo as suas respectivas necessidades e meios”( CFW 26.2). A participação regular no culto corporativo é uma parte importante de como cumprimos esse dever. Juntamos nossos irmãos na audição da Palavra, participando dos sacramentos, orando juntos, juntando nossas vozes em cânticos de louvor e confessando nossa fé compartilhada.

Também somos chamados a aliviar as necessidades externas de nossos irmãos na medida do possível. Isso pode assumir a forma de doar para o fundo dos diáconos da igreja, doar para o trabalho missionário ou participar diretamente de esforços de assistência – preparar refeições para novas mães, visitar os doentes e seus familiares ou contribuir em situações de desastres.

Sermos um corpo em Cristo tem implicações importantes para nossos relacionamentos com outros crentes. João nos diz que devemos amar uns aos outros, “porque o amor é de Deus, e aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 João 4.7). João também registra as palavras de Cristo da mesma maneira: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. (João 13.34–35). Nosso amor um pelo outro tem como base o amor que Deus tem por nós em Cristo.

O amor de Deus por nós se manifesta em nossas vidas de várias maneiras. Ele nos leva a responder a Deus em amor, e nos leva a amar nossos irmãos e irmãs na fé (1 João 4.11–12; 5.1–3). Isso é porque somos um corpo, o corpo de Cristo. Ninguém odeia seu próprio corpo, mas deseja o que é bom para ele (Efésios 5.29); da mesma maneira, aqueles que estão unidos ao corpo de Cristo fazem sua parte para cuidar desse corpo. Adoramos juntos, usamos nossos dons dados por Deus para o benefício do corpo, sofremos juntos, nos regozijamos e suportamos os encargos uns dos outros (1Coríntios 12.12-31; Gálatas 6.2).

João adverte que, se não somos movidos dessa maneira, pode ser que não façamos parte do corpo (1 João 4.20). Quem se separa deste corpo não tem base para segurança. Não há sentido na Bíblia de um cristão solitário: estamos unidos em Cristo como o novo templo de Deus (Efésios 2.19–22). Cristo não habita em quem não está unido a esse corpo.

Portanto, amigos, não vamos abandonar a santa comunhão do corpo de Cristo, mas vamos amar uns aos outros, encorajar uns aos outros e cuidar uns dos outros (1 João 4.21; Hebreus 10.23–25).