Treinando filhos para a obediência

Dias atrás estava conversando com uma amiga sobre educação de filhos, discipulado e a luta que é para fazermos tal feito. Pois a Elô, minha filha, tem sido trabalhada por Deus através de uma coleguinha com comportamento obstinado na escola. Conversamos, também sobre pessoas que dizem já terem desistido de seus filhos por serem muito “rebeldes”, o problema é que muitos deles ainda tem apenas cinco anos.

Tenho aprendido muito com a Bíblia e alguns livros, tais como: Pastoreando o Coração da Criança, Instruindo o Coração da Criança, ambos de Tedd Tripp, Não me faça contar até três, de Ginger Hubbard, Filhos Irados (ou Coração da Ira) de Lou Priolo. Todos têm nos ajudado bastante juntamente com o livro de Provérbios e muita oração.

Creio que o mais importante hoje no período de vida que meus filhos estão (faixa etária) é entender a autoridade e aprender que eles estão SOB autoridade. E que essa autoridade foi estabelecida por Deus e eles têm a responsabilidade de obedecer, em todas as áreas.

Meu marido e eu temos batido na mesma tecla dia após dia com um texto da Bíblia: “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, porque isso é o certo a fazer.

‘Honre seu pai e sua mãe.’ Esse é o primeiro mandamento com promessa. Se honrar pai e mãe, tudo lhe irá bem e terá vida longa na terra”. Efésios 6.1-3 NVT

Usamos esse texto para entenderem que a obediência é uma resposta à Deus e que eles foram feitos para Deus, para agradá-Lo, adorá-Lo e Glorificá-Lo. Foram criados para obedecerem a Deus, e se não entenderem isso será praticamente impossível nos obedecer também.

A aplicação de se submeterem a nós pais, é porque entenderam que estão obedecendo a Deus e estão sob sua autoridade, e cremos que esse entendimento deve ser desde os primeiros meses de vida.

Aprendemos em Efésios e também com o livro do Tedd Tripp a aplicar o que chamamos de “Círculo da Bênção”. Meus filhos aprenderam e todos os dias os questionamos se estão dentro ou fora do círculo com suas atitudes. Isso tem sido didático e prático.

É uma ordem que eles aprendam a nos honrar e obedecer, estarão seguros se estiverem praticando o “Círculo da Bênção”, se estiverem dentro, e esta obediência deve ser cumprida não para nos beneficiar, mas o próprio bem deles, e se estiverem fora estão correndo perigo.

A comunicação e a disciplina corretiva têm a função de resgatá-los caso saiam do círculo, para novamente o círculo da segurança (fazemos isso muitas vezes, por isso o cartaz com o desenho do círculo já fica na parede), e lembrá-los que não estão nos desapontado ou desobedecendo, mas sim ao nosso Deus.

Não é fácil treiná-los a nos honrar num mundo em que não é tão importante obedecer e honrar as pessoas, mas que diariamente fazemos, cansados, mas não desanimados.

Ensinamos que a obediência deles deve ser “SEM DESAFIO, SEM DESCULPA e SEM DEMORA”. E não importa se estão com vontade ou não de obedecer, embora haja espaço para o “apelo à autoridade” (pauta para outro textão).

Os filhos treinados na obediência bíblica são mais aptos a entenderem o evangelho e as lições secundárias da disciplina bíblica. Pois embora eles não gostem inteiramente da submissão, ao treiná-los a fazer o que devem, independente se gostam ou não, os preparamos para serem pessoas que vivem por princípios e não por sentimentos ou impulsos.

Aprendem que não podem confiar em si mesmos, que existe um ponto de referência fora de si mesmas, que o comportamento tem implicações morais e resultados inevitáveis.

Se eles saem do círculo, nossa função é resgatá-los novamente para dentro, nossa autoridade representa a autoridade de Deus, somos agentes dele.

O treinamento dos filhos à obediência tem que ser feito nos primeiros anos da infância com a comunicação ou a disciplina corretiva, quando não atendem uma ordem que tem a capacidade de entender, mas não obedecem sem desafio, desculpa ou demora, pois Deus afirma:

“O coração da criança é inclinado à insensatez, mas a vara da disciplina a afastará dela.” Provérbios 22.15.

Se deixamos de fazer o que a Bíblia ensina, estamos afirmando que não acreditamos 100% na sua autoridade e na suficiência do que ela ensina.

Tenho orado todos os dias para que Deus me capacite, me dê forças e ânimo, para não desistir, pois estou criando filhos para a eternidade, com a ajuda daquele que os fez, eles são do Senhor e devem viver para obedecê-lo, para adorá-lo e glorificá-lo.