Um blog do Ministério Fiel
Quais são as lições que a igreja está aprendendo (ou deveria aprender) nessa pandemia?
1. A tecnologia digital é uma aliada e não uma inimiga em nossa missão de pregar o evangelho. Não sejamos ingênuos ao seu potencial destrutivo e muito menos indiferentes às facilidades que ela nos proporciona. A quarentena tem sido pedagógica para que pastores e líderes aprendam a manejar tais ferramentas se quiserem continuar seus ministérios nesse tempo de incertezas;
2. Igreja é gente e não prédio: o culto a Deus continua apesar do esvaziamento de templos religiosos. Esse vírus também desafiou as falsas igrejas e falsos profetas que, ao invés de proclamarem o evangelho puro e simples, se perverteram na irresponsável ânsia de prometer curas e milagres indiscriminadamente e, agora, estão silenciados. A pandemia tem nos ensinado que a verdadeira igreja sempre triunfa nos momentos mais difíceis;
3. Nosso lar também é lugar de culto e é nossa responsabilidade (e não apenas de pastores) pastorear nossa família. Que essa prática continue após o período da quarentena e que não terceirizemos nossas responsabilidades sacerdotais do lar a nossos pastores;
4. O fechamento de shoppings e o comércio como um todo também tem nos ajudado a viver de modo mais simples. De fato, não precisamos de muito para vivermos com qualidade, na verdade, o pouco nos basta, pois, tendo o que comer e como nos cobrir, estamos contentes (1Tm 6.8).
5. Durante a história a igreja sempre abraçou as necessidades do mundo, seja na criação de escolas, hospitais, asilos, orfanatos e inúmeras instituições de caridade. Essa crise tem reafirmado nosso compromisso de enxergar que nossa renda não existe apenas para satisfazer as nossas necessidades, mas para termos como acudir os necessitados (Ef 4.28).
6. O vírus está refrescando a nossa memória do quanto somos finitos e frágeis, desafiando-nos a depender com mais intensidade da soberania divina e abandonarmos todo tipo de teologia triunfalista ou postura arrogante;
7. Nunca devemos colocar esperanças cegas em autoridades políticas. Não devemos idolatrar nenhum messias político, seja na China, Itália, Estados Unidos, Brasil ou onde for. Todos erraram e continuarão errando. Não sabemos o que nos espera. Os especialistas não sabem dizem o caminho. A crise nos desafia a confiar em Deus como único, suficiente e inerrante Governador da história;
8. Crises também nos forçam a sermos mais criativos e a fazermos as mesmas coisas por meio de métodos que jamais imaginaríamos. É nessas horas que grandes líderes se levantam e que ideias inovadoras aparecem para mudar nossa forma de viver. Que a igreja de Cristo esteja nessa vanguarda! A única alternativa a ser evitada é a vitimização, pois em meio às crises sempre existem grandes oportunidades;
9. Tempos de incerteza confirmam a sabedoria bíblica que nos instrui a sermos prontos a ouvir e tardios para falar e nos irar. Hora de exercitar o domínio próprio e sermos tardios no digitar também. Pense duas vezes na hora em que for digitar algo em suas redes sociais. Seja prudente, mantenha a sobriedade e tome cuidado para não se tornar azedo nesse tempo crítico.
10. A pandemia desmascarou a suposta segurança mundial. Nossa segurança não está nas mãos do mercado financeiro, de sistemas políticos ou qualquer esperança que venha do ser humano. Nessas horas percebemos a natureza essencial da fé, pois “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil levantar de madrugada e repousar tarde para ganhar o pão” (Sl 127.1-3). Deus é nosso único refúgio e segurança na hora da tribulação. É tempo de aquietar o coração e perceber que, misteriosamente, Deus está sendo exaltado entre as nações. O sofrimento é, muitas vezes, um método que Deus utiliza para amadurecer a nossa fé. O que Deus tem te ensinado nessa quarentena?