Um blog do Ministério Fiel
9 coisas que você deveria saber sobre o “Dia D”
Hoje marca o 76º aniversário do “Dia D”. Aqui estão nove coisas que você deve saber sobre a batalha que mudou o resultado da Segunda Guerra Mundial e o curso da história da humanidade:
1. Em 6 de junho de 1944, as forças militares americanas, britânicas e canadenses lançaram a Operação Overlord, o codinome da maior invasão anfíbia da história mundial. Este primeiro dia da invasão – conhecido como Dia D – deu início à Batalha da Normandia em cinco praias distintas na Normandia, França.
2. O general Dwight Eisenhower, comandante supremo da Força Expedicionária Aliada no teatro europeu, supervisionou o planejamento da Operação Overlord. No dia da invasão, Eisenhower emitiu uma Ordem do Dia que foi distribuída à força expedicionária formada por 175.000 membros:
“Soldados, marinheiros e aviadores da Força Expedicionária Aliada!
Vocês estão prestes a embarcar na Grande Cruzada, pela qual nos esforçamos por muitos meses. Os olhos do mundo estão sobre vocês. A esperança e as orações de pessoas que amam a liberdade em todos os lugares marcham com vocês. Em companhia de nossos bravos aliados e irmãos de armas em outras frentes, vocês destruirão a máquina de guerra alemã, eliminarão a tirania nazista sobre os povos oprimidos da Europa e trarão segurança para nós mesmos em um mundo livre.
Sua tarefa não será fácil. Seu inimigo é treinado, bem equipado e endurecido pela batalha. Ele lutará selvagemente.
Mas este é o ano de 1944! Muito aconteceu desde os triunfos nazistas de 1940-41. As Nações Unidas infligiram grandes derrotas aos alemães, em batalha aberta, homem a homem. Nossa ofensiva aérea reduziu seriamente sua força no ar e sua capacidade de fazer guerra em terra. Nossas frentes domésticas nos deram uma superioridade esmagadora em armas e munições de guerra e colocaram à nossa disposição grandes reservas de combatentes treinados. A maré mudou! Os homens livres do mundo estão marchando juntos para a vitória!
Tenho plena confiança em sua coragem, devoção ao dever e habilidade na batalha. Não aceitaremos nada menos que a vitória completa!
Boa sorte! E supliquemos a bênção do Deus Todo-Poderoso sobre este grande e nobre empreendimento”.
3. O que significa o “D” no “Dia D”? Os historiadores militares ainda discordam sobre o que, exatamente, essa letra significa. Alguns afirmam que apenas significa Dia e que a designação codificada “Dia D” era usada no dia de qualquer invasão ou operação militar importante. Outras fontes, no entanto, afirmam que quando alguém escreveu ao general Eisenhower, em 1964, pedindo uma explicação, seu assistente executivo brigadeiro-general Robert Schultz respondeu: “O general Eisenhower me pediu para responder à sua carta. Esteja ciente de que qualquer operação anfíbia tem uma ‘data de partida’; (departure date) portanto, o termo abreviado ‘Dia D’ é usado”.
4. Como disse o primeiro-ministro Winston Churchill, após a invasão: “Esta vasta operação é sem dúvida a mais complicada e difícil que já ocorreu”. Antes do dia D, foram lançadas cerca de 3.200 missões de reconhecimento para tirar fotos da zona de desembarque. No dia da batalha, que começou depois da meia-noite, mais de 2.200 bombardeiros aliados lançaram aproximadamente 7 milhões de libras de bombas no que acabou sendo um bombardeio aéreo quase ineficaz das praias e do interior. Essa onda foi seguida por outras 10.521 aeronaves de combate e 24.000 tropas de assalto no ar (ou seja, paraquedistas).
5. As tropas dos EUA desembarcaram nas praias da Normandia às 6:31 da manhã. Nas primeiras horas da invasão, os Aliados desembarcaram mais de 160.000 tropas nas praias, onde se incluíam 73.000 americanos. As perdas mais pesadas ocorreram na praia de Omaha, onde as forças dos EUA sofreram 2.000 baixas. Na primeira hora, a chance de se tornar uma vítima era de uma em duas.
6. Embora a preparação e a logística para chegar à batalha tenham sido um feito impressionante, o resultado da operação precisava contar com os homens que estavam lutando. O historiador Tony Williams observa que “qualquer que tenha sido a enorme preparação logística, os extensos preparativos e o impressionante poder de fogo dos Aliados, o sucesso da invasão dependia individualmente de cada soldado”. Um estudo do pós-guerra da 116ª Divisão de Infantaria descobriu, como explica o historiador Peter Caddick-Adams, que o sucesso da invasão aconteceu “em grande parte por iniciativa e agressividade dos líderes de pequenas unidades que tiraram o melhor proveito de uma situação ruim. Desembarcando, na maioria dos casos, longe de seus objetivos, com grandes perdas de homens e equipamentos ainda na água, eles tiveram que improvisar para lidar com as desconhecidas fortificações à frente”. Como Williams acrescenta: “Eles eram cidadãos-soldados de uma sociedade livre que tinham permissão para tomar a iniciativa e discutir o melhor curso de ação, enquanto lutavam juntos, em pequenos grupos, em busca de um objetivo comum”.
7. Quase 3.000 americanos foram mortos ou feridos na praia de Omaha, a maioria deles nas primeiras horas. (Em comparação, isso é quase o dobro dos 1.833 mortos em ação no Afeganistão por um período de 17 anos.) No total, mais de 4.400 soldados aliados perderam a vida durante a invasão. Ainda assim, isso foi muito menor do que o número esperado de baixas que os líderes aliados esperavam. Na véspera do dia D, Churchill disse à esposa: “Você pode imaginar que quando acordar amanhã de manhã, 20.000 homens já podem ter sido mortos?”.
8. Após o Dia D, os combates da Segunda Guerra Mundial continuariam por quase mais um ano. Mas, como diz Marc LiVecche, “o Dia D foi, sob muitos aspectos, o primeiro dia do fim da guerra na Europa”. Em agosto de 1944, as forças aliadas haviam libertado o norte da França e começavam a se deslocar para a Alemanha, onde se encontrariam com as forças soviéticas e acabariam com o domínio nazista.
9. No 40º aniversário da invasão do Dia D, o Presidente Ronald Reagan proferiu um discurso na Normandia exaltando a coragem e a fé dos soldados:
“Os homens da Normandia tinham fé de que o que estavam fazendo era certo, fé de que lutavam por toda a humanidade, fé de que um Deus justo lhes daria misericórdia nesta praia ou em alguma outra próxima. Foi o profundo conhecimento – e orem a Deus para que não o percamos – de que existe uma diferença moral profunda entre o uso da força para a libertação e o uso da força para a conquista. Vocês estavam aqui para libertar, não para conquistar, e assim vocês, juntamente com muitos outros não duvidaram de sua causa. E vocês estavam certos em não duvidar.
Todos vocês sabiam que valia a pena morrer por determinadas coisas. Vale a pena morrer pelo seu país e pela democracia, porque é a forma de governo mais profundamente honrada já criada pelo homem. Todos vocês amavam a liberdade. Todos vocês estavam dispostos a combater a tirania e sabiam que as pessoas de seus países estavam com vocês.
Algo mais ajudou os homens do dia D: sua crença firme de que a Providência teria uma grande mão nos eventos que se desenrolariam aqui; que Deus era um aliado nesta grande causa”.