Marketing não é pecado!

Como cristãos, nós devemos ter uma visão diferente de tudo o que está ao nosso redor, inclusive do real propósito do Marketing.

Marketing é uma profissão, um método, um conjunto de planejamento e ações que visam auxiliar no alcance de um objetivo específico.

Sobre os tipos de profissões, os autores Sebastian e Greg (2014, p. 22) observam:

“Não importa o que façamos, o nosso trabalho tem propósito e sentido inerentes porque o estamos realizando basicamente para o Rei. A pessoa para quem trabalhamos é mais importante do que aquilo que fazemos. O mundo nos dirá o contrário. O mundo nos dirá que a vida encontra o seu sentido no sucesso no trabalho ou que o trabalho é apenas um mal necessário para o caminho do lazer.” [1]

A frase chave da citação acima é “A pessoa para quem trabalhamos é mais importante do que aquilo que fazemos”. Um dos maiores propósitos do marketing é Servir ao Próximo, é encontrar aqueles que enfrentam dificuldades que podem ser resolvidas pelo seu produto e, então, apresentá-lo a eles.

Atente-se ao o que Sebastian e Greg (2014, p. 65) nos diz com relação ao papel do cristão no trabalho:

“Quando nos tornamos cristãos, nossa tarefa primordial, essencial, que dirige a nossa vida, torna-se tão clara quanto o cristal: Devemos amar a Deus e amar aos outros. Essa tarefa prevalece sobre todas as outras. Não importa o que fazemos para viver, estamos trabalhando por algo diferente do que aquilo pelo qual os descrentes ao nosso redor trabalham. Sim, o dinheiro é importante. Sim, o avanço em nossa carreira pode ser bom. Sim, nós queremos ajudar o nosso chefe e fazer um bom trabalho. Mas, no final, estamos em nosso trabalho para aprender a amar melhor a Deus e as outras pessoas. Essa é a nossa nova obrigação.” [2]

Portanto, se você utilizar o marketing como um meio para levar um produto de qualidade para pessoas que precisam dele, ajudando-as a melhorar sua qualidade de vida, sua atuação profissional ou qualquer outro tipo de crescimento pessoal e social, você estará glorificando a Deus, servindo ao mandato cultural.

Assim sendo, o Marketing, em si, não é pecado. Mas cuidado, pois o modo como você utiliza o Marketing pode ser.

Se utilizado corretamente, o Marketing será uma grande bênção que o ajudará em sua missão de impactar vidas positivamente e glorificar a Deus. Mas, se utilizado de maneira incorreta, poderá enganar, mentir e prejudicar.

E isso vale, também, para cristãos em empresas não cristãs. Você pode trabalhar com marketing em uma empresa secular e, mesmo assim, glorificar a Deus. Como cristão, você pode aplicar os mesmos princípios em seu trabalho, acatando sugestões e críticas de clientes para que possa sugerir melhorias na qualidade do produto ou serviço, indicando preços justos após realizar estudos de mercado e público e encontrando as pessoas certas, que precisam desse produto ou serviço para ajudá-las a resolver algum problema ou dificuldade.

Como afirma Kevin DeYoung (2013, p. 72) em seu livro “Super Ocupado”:

“Ser mordomo de meu tempo não trata de, egoisticamente, ir atrás apenas das coisas que gosto de fazer. A questão é servir ao próximo eficazmente das formas em que sou mais capaz de servir e da maneira em que fui chamado mais singularmente para servir.” [3]

Cabe a você fazer o bom uso do Marketing e utilizar com sabedoria seus conhecimentos para servir ao próximo e glorificar a Deus.


[1] Sebastian Traeger e Greg Gilbert. O evangelho no trabalho. (1. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2014. p. 22.)

[2] Sebastian Traeger e Greg Gilbert. O evangelho no trabalho. (1. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2014. p. 65.)

[3] Kevin DeYoung. Super ocupado. (1. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2014. p. 72.)

“Neste livro, Guilherme Reiss e Alberto Felipe nos mostram que marketing e ética cristã podem (e devem) andar juntos, de mãos dadas, como companheiros que se complementam e se ajudam, um ao outro.

—Tiago Santos – Diretor Executivo do Ministério Fiel | Diretor e Professor no Seminário Martin Bucer

 

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