Por que Deus é realmente suficiente

“Estaremos satisfeitos se verdadeiramente abraçarmos o fato de que temos Deus!” (Kent Hughes).

Recentemente, minha filha comprou algo que ela chama de “fake pods”. Esses fones de ouvido pareciam totalmente legítimos – vinham de um varejista de boa reputação e não pretendiam ser mais do que realmente eram. Mas eles duraram três meses e depois se joga fora. Acontece que isso foi um desperdício de dinheiro. Esses “fake pods” eram uma versão de segunda categoria da coisa real. No final, minha filha esperou até a Black Friday e comprou os legítimos.

Não se acomode

Talvez seja óbvio para você que uma marca falsificada não iria entregar um bom desempenho. Mas então, às vezes é exatamente assim que somos com Deus. Por que buscamos deuses falsos e de segunda categoria (a Bíblia os chama de “ídolos”) quando temos o Deus verdadeiro? Por que nos contentamos com menos do que Deus quando ele nos oferece o melhor, que não é outra coisa senão ele mesmo?

Na semana passada, recomendei um pequeno livro de Erik Raymond sobre contentamento. No livro, Raymond diz: “O descontentamento surge porque estamos inquietos, infelizes, insatisfeitos. . ..” Se não estamos satisfeitos com o que temos recebido, então não estamos realmente satisfeitos com Deus, o doador de todas as dádivas (Tg 1.17).

Hebreus 13.5 diz: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?”

Se a fonte de nosso contentamento é o próprio Senhor – aquele que promete nunca nos deixar nem nos abandonar – então teremos a alegria que transcende nossas circunstâncias. Isso ocorre porque nosso contentamento não é baseado em nossas circunstâncias, mas sim solidamente firmado no próprio Senhor. É por isso que Paulo pode dizer, em Filipenses 4.12: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. …já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez”.

Como cristãos, só encontraremos o verdadeiro contentamento quando reconhecermos que ele vem de Deus. Ele é a fonte de nosso contentamento. Portanto, descansamos em seu cuidado e confiamos que ele sabe o que é melhor. Mas eu sei que é mais fácil falar do que fazer. O problema é que, muitas vezes, secretamente pensamos que sabemos mais do que Deus.

Adoração e confiança

Como Paulo, podemos estar contentes – sejam quais forem as circunstâncias – simplesmente porque temos Deus. Somos conhecidos e amados por um Pai que nunca nos deixará nem nos abandonará. Pense no que você sabe sobre Paulo: ele passou por momentos muito difíceis. Ele não estava escrevendo sobre o contentamento de uma confortável mansão do primeiro século. Ele estava “entristecido, mas sempre alegre; pobre, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.” (2Co 6.10). Paulo mostrou, repetidamente, que seu contentamento estava enraizado em Deus, não em suas circunstâncias.

Simplificando, o que estou dizendo é: Deus é suficiente. Vejamos Hebreus 13. 5-6 um pouco mais de perto.

“Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?”

Observe a palavra no início do versículo seis: assim. Muita coisa depende dessa pequena palavra – temos confiança porque somos salvos por Cristo, enxertados em sua família, recebemos toda a herança em Cristo e uma esperança para o futuro. Portanto, uma vez que temos Deus, podemos nos consolar com as três coisas seguintes:

  1. O Senhor é meu Ajudador. Quem melhor para nos ajudar do que o Criador do universo? O Deus que deu origem aos planetas. Precisamos nos lembrar diariamente de nossa dependência dele e nos submeter à sua provisão e ajuda. Precisamos confiar nele porque ele é confiável.
  2. Eu não preciso ter medo. Não importa o que esteja acontecendo em nossas vidas – se temos o suficiente ou temos necessidade – podemos descansar sabendo que Deus está intimamente envolvido. Nada do que acontece conosco o surpreende. Seu grande amor deve trazer profundo conforto. Ele nos amou o suficiente para enviar Cristo para morrer por nós. E a morte de Cristo não foi um acidente; era o plano de Deus antes do início dos tempos. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32).
  3. Nossa esperança está segura. O amor de Deus por nós nunca diminui ou vacila. Sua fidelidade dura para sempre. Portanto, nossa salvação está segura somente nele. Com isso como nosso fundamento, ele chega à realidade do final do versículo seis: “que me poderá fazer o homem?” Para o qual nós já sabemos que a resposta é: nada, eternamente.

Um senhor já falecido, Arthur Pink, disse o seguinte: “O contentamento é o produto de um coração que repousa em Deus … É a bendita garantia de que Deus faz todas as coisas bem e está, mesmo agora, fazendo todas as coisas funcionarem juntamente para o meu bem definitivo.”

Você está descansando em Deus? Está contente por saber que ele tem um plano, que já está tudo resolvido, que ele estará com você e o ajudará a perseverar? Você está cheio de uma bendita segurança de que o que está acontecendo agora, não importa o que seja, é para o seu bem final e para a glória dele? Você pode ter certeza – não importa o que aconteça – que Deus é absolutamente suficiente para o seu hoje, os seus amanhãs e a eternidade.

Por: Sharon Dickens. © 20schemes. Website: 20schemes.com. Traduzido com permissão. Fonte: Why God Really is Enough.

Original: Por que Deus é realmente suficiente. © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Paulo Reiss Junior. Revisão: Filipe Castelo Branco.