Um blog do Ministério Fiel
Podem as mulheres ser pastoras, mas não presbíteras?
As mulheres podem ser pastoras?
Obviamente, os igualitários há muito afirmam que sim. Mas você sabia que existe um caso “complementarista” para mulheres que servem como pastoras? O argumento é o seguinte: Sim, é verdade que o cargo de presbítero está reservado, pelas escrituras, para homens qualificados. Mas entendido corretamente, pastor não é um ofício no Novo Testamento, mas um dom. Visto que o Espírito Santo dá tanto homens quanto mulheres para o serviço, e, como um dos dons é o de pastorear, devemos esperar ver mulheres servindo como pastoras. Novamente, servir como pastor é diferente de servir como presbítero. Embora todos os presbíteros tenham o dom de pastorear, nem todos os que têm o dom de pastor serão presbíteros. Assim, as mulheres podem ser pastoras.
Esta é uma nova compreensão dos termos para pastor no Novo Testamento, mas, não obstante, é um ponto de vista sustentado por alguns evangélicos. Um dos meus próprios professores de seminário, o falecido Harold Hoehner, defendeu esta opinião há pouco mais de uma década no The Journal of the Evangelical Theological Society, onde escreveu:
“Uma mulher, então, pode ter o dom de pastora-mestra, apóstola, evangelista e profetisa (como as quatro filhas de Filipe – Atos 21.9), enquanto, biblicamente falando, ela não pode ocupar o cargo de presbítero ou bispo. Os dons acima mencionados são soberanamente concedidos a ela, e é seu dever e privilégio exercê-los. Isso é completamente diferente da nomeação para o cargo de presbítero, que as Escrituras especificam apenas para homens que preenchem as qualificações para esse cargo. O local onde uma mulher usa seu dom pode ser limitado por outros fatores. As limitações podem ser governadas por 1 Tm 2.12, que afirma: “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.”
[…]
Fazer essa distinção entre ofício e dom, permite que nossas igrejas locais reconheçam plenamente os dons que as mulheres receberam de Deus. Frequentemente, esse não tem sido o modus operandi nas igrejas evangélicas. É imperativo que mulheres talentosas sejam e devam ser encorajadas a ministrar dentro e fora da igreja local. Por exemplo, mulheres que têm o dom de pastora-mestra podem utilizar seus dons em situações para eclesiásticas, como organizações missionárias, faculdades ou seminários. Os superintendentes homens devem encorajar todos no corpo de Cristo a desenvolver e usar os dons que Deus lhes deu. Isso inclui mulheres.”[i]
Sam Storms recentemente apresentou um argumento complementarista semelhante, que permitiria às mulheres servirem como pastoras.[ii] Ele afirma que pastorear é um dom, não um ofício de autoridade na igreja. Embora todos os presbíteros precisem ter o dom de pastorear, isso não significa que todos os “pastores” devem ser presbíteros. Depois de fazer uma breve pesquisa de textos bíblicos que empregam a terminologia “pastor”, ele supõe:
“É lógico que todos os presbíteros devem, em certo sentido, ser pastores. Mas nada, na forma como esse verbo é usado, deve nos levar a acreditar que todos os pastores devem ser presbíteros. Nenhum texto afirma essa última proposição.”[iii]
Porque um pastor não é a mesma coisa que um presbítero, e porque pastor não é um cargo de autoridade, Storms argumenta que as mulheres podem ser talentosas como pastoras que servem na igreja local. Storms conclui:
“Em suma, não há indicação, no NT, de que o dom espiritual de pastorear, ao contrário do ofício de presbítero, seja específico de gênero. O Espírito Santo pode muito bem conceder esse dom a homens e mulheres. Portanto, eu acredito que alguém pode continuar a abraçar um complementarismo baseado na Bíblia enquanto fala de certas mulheres como “pastoras” na igreja local.”[iv]
O que devemos fazer com este argumento? Deixe-me dizer desde já que tenho um profundo amor e afeição por Hoehner e Storms e os considero irmãos no Senhor. Portanto, a discordância que estou prestes a registrar deve ser entendida no contexto do meu amor e respeito por eles.
No entanto, acredito que seu argumento para as mulheres como pastoras acerta bem longe o alvo. Eles entenderam mal as escrituras de pelo menos três formas.
O mal entendimento entre dons vs. ofícios
Hoehner e Storms argumentam que pastorear é um dom, não um ofício, e o fazem com base em Efésios 4.11: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”.
Observe que o texto, na realidade, não fornece uma lista de dons, mas uma lista de pessoas dotadas. Os dons neste texto não são ministérios dados pelo Espírito. Os dons são as próprias pessoas. Todas as pessoas na lista cumprem ofícios na igreja – alguns deles ofícios extraordinários (apóstolos, profetas e evangelistas) e alguns deles ofícios ordinários (pastores-mestres).[v] Deus dá esses detentores de cargos à igreja para edificá-la e fortalecê-la na fé. Nesse sentido, os próprios detentores de cargos são os dons para a igreja.
O mal entendido da intercambialidade dos termos
Hoehner e Storms argumentam que o termo para “pastor” no Novo Testamento descreve uma função, não um cargo. Quando eles argumentam assim, eles deixam de ver que os termos para pastor, presbítero e bispo (superintendente) são usados alternadamente no Novo Testamento. Isso significa que temos pelo menos três termos que se referem ao mesmo cargo de liderança na igreja.[vi] Considere, por exemplo, as palavras do apóstolo Paulo em Tito 1. 5-7:
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi […]. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, …”
Claramente, “presbítero” e “bispo” (superintendente) são usados alternadamente aqui. Da mesma forma, em 1 Timóteo 5.17, Paulo usa o termo “presbítero”, onde os leitores esperariam que ele dissesse “bispo” com base em seu uso anterior em 1 Timóteo 3.1-2. Ao fazer isso, Paulo mostra novamente que “bispo” e “presbítero” são duas maneiras de se referir ao mesmo cargo.
Paulo não é o único autor do Novo Testamento que fala dessa maneira. Pedro exorta os “presbíteros” a “pastorearem” a igreja “exercendo supervisão” (1 Pedro 5.1-2). Ele diz que a função do presbítero, no versículo 2, é “exercer supervisão” (episkopeō). É a forma verbal do termo “supervisor” (episkopos). Pedro também apresenta um terceiro conceito – pastorear (poimainō), que é a forma verbal do substantivo para “pastor” (poimēn, cf. Ef 4.11). Em dois versículos, Pedro reúne três grupos de palavras diferentes em referência a um único cargo de liderança da igreja – bispo, pastor e presbítero.
Em outro texto, Pedro aplica os termos pastor e supervisor ao próprio Jesus: “Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor (poimēn) e Bispo (episkopos) da vossa alma”. Observe que até mesmo Pedro usa “pastor” e “bispo” alternadamente. Pedro está refletindo o que é verdade em todo o Novo Testamento. Os autores das Escrituras usam esses três termos para se referir a um ofício.
Um outro texto confirma que esses termos são usados de forma intercambiável. Considere o relato de Lucas da reunião final de Paulo com os presbíteros de Éfeso, em Atos 20.17-38. Lucas diz que Paulo reúne os “presbíteros”, os chama de “bispos” e os exorta a “pastorear” a igreja em Éfeso (At 20.17,28). Assim, Lucas também tem todos os três grupos de palavras que aparecem neste capítulo para se referir a um único ofício.
O resultado final é que três autores bíblicos diferentes fazem uso da linguagem pastor/presbítero/bispo, e o fazem de uma forma que sugere que os termos são intercambiáveis. Estamos em terreno exegético firme para considerar pastor/presbítero/bispo como três formas de se referir ao mesmo ofício. É essa exegese que leva Ben Merkle a concluir: “Como pastores e presbíteros/bispos têm a mesma função (ou seja, pastorear e ensinar), os dois termos devem ser vistos como se referindo ao mesmo ofício.”[vii]
É importante notar que esta exegese não é obscura. É uma interpretação comum desses textos, especialmente entre aqueles que possuem dois ofícios bíblicos na igreja.[viii] João Calvino, por exemplo, escreve: “Ao chamar indiscriminadamente aqueles que governam a igreja de ‘bispos’, ‘presbíteros’, ‘pastores’ e ‘ministros’, eu o fiz de acordo com o uso das Escrituras, que alterna esses termos.”[ix]
Colin Smothers criou um diagrama de Venn útil para resumir os dados bíblicos e a sobreposição dos termos-chave. As áreas sobrepostas do diagrama mostram onde um único texto parece usar os termos relevantes de forma intercambiável. Observe em particular os textos onde todos os três círculos se sobrepõem.
É possível que pastor seja dom e ofício, e de fato isso parece ser o que Efésios 4.11 indica. O pastor é aquele que desempenha funções que, de outra forma, são exclusivas do cargo de presbítero/bispo.
O mal entendido da função de um pastor
Deus nos deu instruções claras sobre a função de um pastor e se uma mulher tem permissão para exercer essas funções. Por inferência boa e necessária, temos revelação mais do que suficiente da Palavra de Deus para saber que Deus não aprova mulheres servindo como pastoras (independentemente de se conceber ou não o pastor como um cargo).
O que a Bíblia diz sobre a função de um pastor? Hoehner e Storms afirmam que existem funções do dom pastoral que devem ser abertas às mulheres. E é aqui que acho que podemos ter nossa discordância mais aguda. Nas Escrituras, o papel principal do pastor é liderar e ensinar todo o rebanho. E são essas duas atividades que a Bíblia proíbe explicitamente às mulheres (1Tm 2.12).
Como sabemos que a função principal de um pastor envolve liderar e ensinar uma congregação local? Lembre-se, pastor (de uma igreja) é simplesmente a mesma palavra para pastor (de ovelhas). A terminologia do pastor nas escrituras serve como metáfora, e essa metáfora tem raízes profundas tanto no Antigo como no Novo Testamento. Para entender a função do pastor, você deve entender a metáfora do pastor.
O Antigo Testamento fala do próprio Deus como um Pastor que vai à frente do seu rebanho e o guia (Sl 23. 3; 68. 7; 80. 1; Is 40.11; 49.10), que o conduz às pastagens (Jr 50.19) e para lugares onde possa descansar junto às águas (Sl 23.2), que protege o rebanho com seu cajado (Sl 23. 4), que assobia (Zc 10. 8) para os dispersos e os reúne (Is 56.8), que carrega os cordeiros em seu seio e conduz a ovelha mãe (Is 40.11) .
O Antigo Testamento também usa “pastor” para se referir a líderes políticos e militares (por exemplo, 2Sm 7.7; 1Cr 17.6; Jr 2.8; 3.15; 10.21; 22.22; 23.1-4; 25.34-36; 50.6; Ez 34.2-10; Is 56.11; Mq 5.4; Zc 10.3; 11.5,16). Mais importante ainda, “pastor” é o título dado ao futuro Messias pela Casa de Davi:
“Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor. Eu, o Senhor, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse.” (Ez 34.23-24)
Na verdade, Israel e Judá se tornarão em um só povo sob o mesmo pastor (Ez 37.22,24) .
O Novo Testamento aplica a metáfora do pastor a Jesus:
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.”
Observe que Jesus, como o bom pastor, conduz e protege seu rebanho, falando com seu rebanho. Eles ouvem sua voz e o seguem. Desta forma, Jesus aparece como o “Pastor (poim ēn) e Supervisor (episkopos)” sobre nossas almas (1Pe 2.25). Jesus aplica a mesma metáfora aos ministérios dos apóstolos. Por exemplo, Jesus disse a Pedro duas vezes para apscentar o rebanho e uma vez para pastoreá-los (Jo 21.15-17). O “apascentar” obviamente tem a ver com o ensino e a pregação de Pedro, e o “pastorear” tem a ver com a liderança de Pedro sobre o rebanho.
É por isso que não é por acaso que o Novo Testamento aplica a metáfora do pastor ao cargo de presbítero/superintendente. Jesus é um pastor que conduz e ensina. Os apóstolos são pastores que lideram e ensinam. E atualmente os presbíteros/superintendentes são subpastores que também lideram e ensinam (1Pe 5.4). O presbítero / superintendente deve estar apto não apenas para ensinar, mas também para refutar aqueles que o contradizem (1Tm 3.2; Tt 1.9). Resumindo, os pastores devem liderar e proteger o rebanho, ensinando-os e alertando-os contra o falso ensino. As ovelhas devem ouvir a voz de seu pastor principal no ensino de seus subpastores (isto é, presbíteros/superintendentes).
Em Atos 20, Paulo ordena aos presbíteros efésios que “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.” (At 20.28). Como os pastores devem “atender” a “todo o rebanho”? Qual é o método do pastor para proteger o rebanho? Paulo se oferece como exemplo de como proteger o rebanho. É através do ensino: “jamais deixando [eu] de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo].” (At 20.20-21). Novamente, o método principal do pastor para proteger o rebanho é liderar e ensinar a Palavra.
É esta função é precisamente a que é dada aos pastores da igreja. E, novamente, são exatamente essas tarefas que a Bíblia proíbe explicitamente as mulheres de realizar. Paulo escreve: “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.” (1Tm 2.12). Como uma mulher vai ensinar e liderar o rebanho como pastora quando essas duas funções foram proibidas para ela pela Palavra de Deus? Esta é a pergunta que a visão da “mulher como pastora” não pode responder.
Talvez os proponentes da visão “mulher como pastora” respondam argumentando que mulheres talentosas podem pastorear outras mulheres (ou talvez crianças) sem entrar em conflito com 1Tm 2.12. O problema com essa leitura é que a metáfora pastor da igreja/pastor de ovelhas se refere ao rebanho inteiro, não a algumas partes dele. É por isso que concluo que a Bíblia não permitiria que mulheres fossem pastoras, mesmo que pastor não fosse considerado um ofício.
Nada do que escrevi acima deve ser interpretado de forma a sugerir que eu esteja admitindo o ponto sobre o pastor como ofício. Ainda acredito que os proponentes dessa visão estão interpretando mal a evidência bíblica que indica que o pastor é um ofício da igreja. No entanto, mesmo que aceitássemos o argumento de que pastor é um dom e não um ofício, uma mulher ainda estaria proibida de exercer as funções do dom pastoral. Esta é uma fraqueza da visão de Hoehener em particular, que defende uma série de situações em que uma mulher pode realmente fazer o que 1 Timóteo 2.12 parece proibir – mulheres ensinando homens.
Conclusão
Eu amo e respeito Hoehner e Storms e sou grato por seus compromissos complementaristas. Mas eu acredito que eles estão enganados sobre o ensino da Bíblia em relação a liderança pastoral. O Novo Testamento usa três termos para se referir a um cargo – pastor, bispo e presbítero. Esse único cargo de liderança é limitado a homens qualificados pelas Escrituras. Este é um limite bom e necessário.
Uma amiga disse-me recentemente que os complementaristas muitas vezes correm o risco de cuidar das cercas e ignorar o campo. O que ela quis dizer é que podemos estar tão focados nos limites que esquecemos dos grandes espaços entre eles. E é nesses espaços que há grande liberdade e oportunidade para homens e mulheres terem ministérios significativos dentro da igreja.
Sim, existem limites claros nas Escrituras, para homens e mulheres, no ministério, mas isso não nega as oportunidades de ministério que Deus dá a todos nós. Ninguém deve sentir que está sem ministério. Há muito espaço para percorrer o campo, e os limites nos ajudam a ver isso.
[i] Harold W. Hoehner, “Can a Woman Be a Pastor-Teacher,” The Journal of the Evangelical Theological Society 50, no. 4 (2007): 769, 771. Contra a visão de Hoehner, ver James Hamilton,
“Pastors Are Not Elders: A Middle Way,” The Journal for Biblical Manhood & Womanhood 13, no. 1 (2008): 53–55.
[ii] Sam Storms, “Is It Bibically Permissible for a Woman to Be Call a ‘Pastor’?” Sam Storms: Enjoying God (blog), 28 de outubro de 2019, https://www.samstorms.com/enjoying-god-blog/post/is-it-biblically-permissible-for-a-woman-to-be-called-a–pastor-.
[iii] Storms.
[iv] Storms.
[v] Para a distinção entre ofícios ordinários e extraordinários, veja Louis Berkhof, Systematic Theology, New Edition (Grand Rapids: Eerdmans, 1996), 584-87.
[vi] A análise a seguir vem de meu comentário sobre as Epístolas Pastorais. Veja Denny Burk, “1-2 Timóteo e Tito,” em ESV Expository Commentary: Ephesians-Philemon, 2017.
[vii] Benjamin L. Merkle, 40 Questions about Elders and Deacons, 40 Questions Series (Grand Rapids: Kregel, 2008), 56.
[viii] Por exemplo, Gregg R Allison, Sojourners and Strangers: The Doctrine of the Church, Foundations of Evangelical Theology (Wheaton, IL: Crossway, 2012), 211-12.
[ix] Institutas 4.3.8. Ver João Calvino, Calvino: Institutas da Religião Cristã, ed. John T. McNeill, trad. Ford Lewis Battles, vol. 2, The Library of Christian Classics, XXI (Philadelphia: Westminster, 1960), 1060. Da mesma forma, Louis Berkhof também vê os termos sendo usados alternadamente. Ver Louis Berkhof, Systematic Theology, New Edition (Grand Rapids: Eerdmans, 1996), 586.