Qual a diferença entre homens e mulheres?

O que você diria se seu filho lhe perguntasse: “Papai, o que significa ser um homem?” ou se sua filha perguntasse: “Mamãe, o que significa ser mulher?”

Espero que tenhamos algo mais a dizer do que “você é um menino, então pode ser pastor” ou, muito pior, “bem, nada; significa o que você quiser ser.”

Portanto, como respondemos a essa pergunta? Começamos afirmando que tanto o homem quanto a mulher são feitos à imagem de Deus e têm o objetivo de mostrar ao mundo como Deus é. Devemos também afirmar que Cristo é o Senhor e que tanto o homem quanto a mulher devem crer no evangelho e crescer em comunhão com Deus. Ambos foram feitos para a união com Cristo. Esses são os dois princípios básicos para a masculinidade e a feminilidade.

Além disso, no entanto, gostaria que meus filhos conhecessem as seguintes cinco formas pelas quais homens e mulheres são diferentes de acordo com o bom design de Deus:

A – Aparência
B – Corpo
C – Características
D – Comportamento
E – Postura voluntária

Embora possamos rotular essas diferenças de A, B, C, D e E, correndo o risco de sermos confusos, vamos considerar cada uma na ordem em que são reveladas nas Escrituras.

Postura voluntária

“Então o Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gn 2.18)

Nestes primeiros capítulos de Gênesis, Adão foi criado para liderar. Ele foi criado primeiro, foi encarregado de nomear os animais (2.19-20), recebeu a ordem probatória (2.16-17) e, embora Eva tenha comido o fruto proibido primeiro, Deus considera Adão como o responsável (Rm 5.12-21; cf. Gn 3.9). Eva foi criada para ser sua auxiliadora (cf. 1Co 11.3). Nas Escrituras, um auxiliar não é um papel degradante e não implica em inferioridade. Na verdade, Yahweh é frequentemente chamado de “auxiliador” de seu povo no Antigo Testamento. Ao mesmo tempo, Gênesis 2 afirma que, pelo desígnio de Deus, de acordo com a ordem da criação, a mulher deve auxiliar seu marido. E nisto está sua postura voluntária.

Uso a palavra postura deliberadamente. A postura é algo flexível. Você pode se curvar, sentar-se ereto, ser casual, correto e adequado ou formalmente. Eu uso a palavra postura porque não estamos falando de uma função rígida, mas de uma inclinação – uma postura voluntária. A esposa deve estar disposta a ser conduzida e o marido ávido por tomar a iniciativa sacrificial de liderar. Seria errado – até mesmo pecaminoso – um marido dizer à esposa “você é a auxiliar; Eu não vou te ajudar.” O fato de os homens terem sido criados para liderar não significa que os homens devem se eximir de ajudar ou que as mulheres tenham que ajudar e nunca possam exercer a liderança.

Em vez disso, estou simplesmente observando que “liderança” masculina e “auxílio” feminino é o que homens e mulheres devem ter a intenção de encontrar e estar dispostos a aceitar de forma voluntária. Mesmo no local de trabalho, onde o organograma de uma empresa pode ter homens e mulheres posicionados em todos os níveis, acredito que ainda há uma forma de os cristãos abraçarem a masculinidade e a feminilidade de maneira adequada. Essa inclinação é vista com mais clareza – na Bíblia e na prática – no casamento, mas há motivos para pensar que o padrão de Gênesis reflete realidades que vão além do relacionamento conjugal. Vemos que, para Paulo, o padrão de Gênesis deveria se refletir em como as mulheres aprendem e os homens ensinam na igreja (1Tm 2.11-14). Ou considere o exemplo de Débora. Ela era, sem dúvida, uma mulher forte, cuja influência era importante, mas ela (implicitamente) repreendeu Baraque por não liderar o exército para a batalha (Jz 4.6-9). Ele e seus homens deveriam assumir a liderança em Israel (Jz 5.2, 9). Esse ponto sobre a postura voluntária frequentemente tem mais a ver com o que os homens deveriam fazer do que com o que as mulheres não deveriam. A exortação não é para as mulheres se sentarem, mas para os homens se levantarem.

Corpo

“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.” (Lv 18.22)

O mundo afirma que a orientação é mais essencial do que o gênero. Também afirma que o gênero é uma construção e as ações devem corresponder aos nossos desejos de auto autenticação. A Bíblia, no entanto, sugere que o gênero carrega consigo suas próprias qualidades. Nossas ações devem corresponder à identidade divinamente criada.

Nossos corpos, portanto, mostram um design divino e esse design carrega o dever de como devemos usar esse corpo. Um homem tem um corpo que se encaixa de forma única, na união em uma só carne, com uma mulher. Não foi projetado para se encaixar, na união em uma só carne, com outro homem.

Da mesma forma, Paulo usa esta linguagem de “adequação” ou “relações naturais” em Romanos 1.26-27:

“Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.”

Ao longo de Romanos 1, Paulo emprega a linguagem de Gênesis 1 para descrever a idolatria e rebelião humanas. Nesse texto, Paulo lembra como Deus criou o homem e a mulher em Gênesis 1 como um par biologicamente complementar – uma complementaridade biológica que duas mulheres ou dois homens não podem recriar.

Na verdade, correndo o risco de ser muito gráfico, é importante notar que a própria revelação natural sugere que nossa fisiologia corresponde a uma injunção moral divina. Quando dois homens estão juntos sexualmente, o membro que deveria dar vida é frequentemente colocado em uma parte do corpo onde a morte e a decadência são expelidas. Mesmo à parte da revelação sobrenatural, o próprio corpo que Deus nos deu sugere que nossos corpos são projetados para um determinado propósito, e usar nossos membros para qualquer propósito alternativo não é natural e é rebelião contra o criador.

Por que o ato sexual é tão poderoso? Por que Deus determinou o sexo como o momento da união em uma só carne? Por que esse momento não poderia ocorrer ao segurar as mãos ou entrelaçar os braços? Porque Deus dotou a união sexual masculina/feminina única com a habilidade de procriação – a habilidade de cumprir o mandato da criação em Gênesis 1, de encher a terra, de multiplicar, de encher a terra e subjugá-la.

Um dos versículos mais contraculturas de todas as Escrituras é 1 Coríntios 6.19-20:

“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.

Ao ensinar nossos filhos em casa e na igreja, não devemos simplesmente pular para as conclusões corretas, sem revelar para eles todos os argumentos que levam a essas conclusões. Não se limite a ensinar que “sexo deve existir entre um homem e uma mulher na aliança do casamento”. Explique por que esse é o caso. E nenhuma explicação desse ponto é suficiente até que comuniquemos uma compreensão bíblica do corpo. O corpo não é acidental para nós como pessoas humanas. Deus criou nossos corpos e os chamou de bons. Este mesmo Deus assumiu a carne humana na encarnação. Deus vai ressuscitar nossos corpos. Nossos corpos, portanto, não são acidentais, e a forma como o usamos não é uma questão separada de quem somos e de como Deus nos fez. Deus criou os corpos masculinos e femininos, corpos diferentes que carregam “deveres” morais de acordo com o bom design de Deus.

Aparência

“Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou rapar-se, cumpre-lhe usar véu.” (1Co 11.6)

“Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu? Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido? E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha.” (1Co 11.13-15)

Vários estudiosos têm sugerido que coberturas para a cabeça e véus, no final da Antiguidade, eram sinais de modéstia. Nossa cultura, é claro, pode ter sinais diferentes desses, mas, no final das contas, devemos ver nessa passagem que Paulo sugere que homens e mulheres são diferentes e devem ser diferentes. O argumento de Paulo em 1 Coríntios 11 é complicado, mas em sua essência ele está afirmando que confundir a aparência de nossos gêneros é contrário à natureza. Quando Paulo diz que a própria natureza ensina que cabelo comprido é uma desgraça para o homem, ele não está fazendo uma declaração universal sobre o comprimento do cabelo, mas está fazendo duas declarações universais sobre o gênero. Primeiro, ele está afirmando que não é certo os homens se parecerem com mulheres. Em segundo lugar, o modo como isso vai se desenrolar será de certa forma determinado pela cultura. Esses dois princípios fundamentais sustentam o ponto principal de Paulo: os homens não devem parecer mulheres ou se expressar de uma forma feminina, nem as mulheres devem se expressar de uma forma masculina ou parecer homens.

Claro, não podemos ser excessivamente exigentes com este princípio. Sansão tinha cabelo comprido como sinal de sua força. Não devemos nos tornar fariseus que andam com fitas métricas avaliando o comprimento do cabelo de todos. Mas Paulo está nos fornecendo o princípio de que a maneira como nos expressamos deve corresponder ao nosso gênero.

Eu admito, este princípio é complicado. Não devemos usar este princípio para endossar estereótipos culturais de hipermasculinidade ou hiperfeminilidade – “Homens de verdade usam chapéus Stetson, dirigem caminhonetes, podem consertar qualquer coisa, caçar, pescar e saber tudo sobre beisebol.” Se esse é o padrão de “masculinidade”, então muitos dos homens mais santos que conheço não são “homens de verdade”. Ao mesmo tempo, esses estereótipos culturais são significativos porque mostram que nossa cultura reconhece que alguns aspectos da vida podem ser mais ou menos masculinos ou femininos.

Então, como isso pode ser aplicado em nossos dias? Esperançosamente, podemos todos concordar com pelo menos alguns exemplos. A própria natureza não ensina que se um homem usar um vestido de festa é uma desgraça para ele? Não nos ensina a própria natureza que, se um homem passar batom, é uma desgraça para ele? Em nosso contexto cultural, essas ações expressam feminilidade, não masculinidade.

Pastores, pais e líderes da igreja devem ser extraordinariamente atenciosos neste ponto. Podem “homens de verdade” desfrutar de teatro musical, balé ou fazer compras. Claro que podem. Por outro lado, pastores, se vocês estão discipulando um jovem que disse que adora usar pijama rosa, ele nunca perde um episódio de The View e faria sua esposa confrontar um intruso em casa, talvez seja necessário ter uma conversa sobre se ele está expressando apropriadamente sua masculinidade.

Sim, eu sei, alguns dos exemplos estão situados culturalmente. A Bíblia, é claro, não faz nenhuma proibição explícita contra os homens se vestirem de rosa. E ainda, se masculinidade e feminilidade vão ter algum conteúdo conceitual, não podemos evitar certas nuances culturais. Isso torna o pastoreio difícil – como dizer algo prático sobre masculinidade e feminilidade sem ser excessivamente rígido. Mas não seria a primeira área em que precisamos de sabedoria para aplicar princípios amplos em áreas específicas.

Pastores, em uma época em que piratas de cinema masculinos, patinadores e comediantes stand-up usam delineador, não podemos ignorar esta questão. A Bíblia pode não nos dar todos os detalhes que poderíamos querer sobre este assunto, mas pelo menos afirma uma verdade essencial não tão óbvia em nossos dias – é vergonhoso para um homem parecer mulher e uma mulher aparecer ser homem. Esse é o fundamento teológico em 1 Coríntios 11.

Claro, devemos aplicar essas verdades com todas as graças apropriadas necessárias em nossos contextos de discipulado. Se alguém da sua igreja luta com questões de identidade de gênero ou disforia de gênero, trate-o pacientemente e simpatize com as dificuldades que ele está enfrentando. Mostre-lhes 1 Coríntios 11, não como uma forma de envergonhá-los, mas para instruí-los. Ensine-lhes que Deus fez os homens e mulheres para serem diferentes e quando confundimos essas diferenças, estamos confundindo o que Deus planejou para glorificá-lo de maneira única.

Comportamento

“…todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos; assim, querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a própria vida; por isso que vos tornastes muito amados de nós.” (1Ts 2. 7-8).

“E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.” (1Ts 2.11- 12).

Observe o que Paulo está fazendo nessas passagens. Primeiro, ele descreve seu próprio ministério entre os tessalonicenses como o de uma mãe que amamenta: gentil, afetuosa, sacrificial. Em segundo lugar, ele descreve seu ministério como “paternal”: cheio de exortação, encorajamento e liderança. Paulo identifica esses comportamentos como correspondendo mais a um gênero ou ao outro.

Não acredito que Paul esteja sugerindo que um conjunto de virtudes seja exclusivamente feminino ou exclusivamente masculino. Afinal, ele se descreve como ministrando “como uma mãe que amamenta”. Ao mesmo tempo, Paulo sugere claramente que certos comportamentos se enquadram mais naturalmente nas características do gênero. Quando Paul pensa em educação, afeto e gentileza, ele pensa em uma mãe. Quando ele pensa em exortação, disciplina e cobrança, pensa em um pai.

Sim, cada homem e cada mulher são únicos. Mas, independentemente dos nossos tipos de personalidade, a paternidade é geralmente marcada por uma atitude exortativa e a maternidade marcada pela gentileza – o que significa algo, dadas as pessoas com quem as mães trabalham todos os dias!

Em última análise, na mente de Paulo, uma mãe tem um certo comportamento e um pai tem um tipo diferente de comportamento, e esses comportamentos correspondem às inclinações naturais de seu gênero.

Características

Eu também acredito que a Escritura nos comunica a característica culminante de uma mulher piedosa e aquela característica culminante de um homem piedoso. Ouvimos sobre ambos em 1 Pedro 3.1-7:

“Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido, como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma. Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.”

Pedro recomenda que as mulheres sejam respeitosas, puras e gentis, enquanto recomenda aos homens que mostrem honra, compreensão e liderança cuidadosa. A partir dessa passagem, podemos sugerir que a característica culminante de uma mulher é a verdadeira beleza e a característica culminante do homem é a verdadeira força.

Essas duas categorias (beleza feminina e força masculina) são proeminentes em todas as Escrituras. Por exemplo, nesta passagem, Pedro se concentra em instruir as mulheres a buscarem o tipo certo de adorno (não exterior, mas interior). Paulo dá instruções semelhantes às mulheres em 1 Timóteo 2.9-10:

“Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras”

Da mesma forma para os homens, Paulo se refere a uma força santificada e viril em 1 Coríntios 16.13-14:

“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos. Todos os vossos atos sejam feitos com amor”.

Certamente, esta é uma ordem para toda a igreja – homens e mulheres – mas é revelador que Paulo associe força e coragem com masculinidade, uma perspectiva abraçada por toda a Escritura (cf. 1Rs 2.2).

Então, o que aprendemos com a ênfase das Escrituras na beleza feminina e na força masculina?

Embora não seja uma verdade universal, é amplamente verdade que a maioria das mulheres dá pelo menos um pouco de atenção ao cultivo da beleza externa: desde o tempo gasto com maquiagem e arrumando o cabelo até a forma como se vestem. Essa atenção à beleza mostra algo sobre a ordem criada. As mulheres estão ligadas à beleza. A Bíblia apela a esse impulso feminino natural e adverte as mulheres a não se conformarem com nenhuma beleza menor do que a beleza interna da semelhança com Cristo. As mulheres são feitas para este tipo de beleza, é a sua coroação.

Da mesma forma, os homens geralmente são fisicamente mais fortes, mais interessados ​​em esportes, mais dispostos a assistir a filmes de guerra e mais inclinados a atividades como caça ou pesca competitiva porque estão programados para ter força. A Bíblia apela para o impulso masculino natural de força e avisa os homens para não se conformarem com nenhuma força menor do que a força necessária para seguir a Deus e liderar de uma forma que espelhe a própria força do coração terno de Cristo. Os homens são feitos para este tipo de força, é a sua característica culminante.

O que dizemos então a nossos filhos e filhas que perguntam: “Papai e mamãe, o que significa ser homem ou mulher?” Diga-lhes que eles foram feitos à imagem de Deus e para a união com Cristo. E diga a suas filhas que elas devem se esforçar para ser bonitas da maneira que Deus deseja que sejam. E diga a seus filhos que se esforcem para ser fortes de todas as maneiras que Deus deseja que eles sejam.

Uma palavra final de cautela

Meu objetivo não é perpetuar estereótipos. Listas prontas de traços masculinos e femininos podem, frequentemente, se tornar farisaicas e correr o risco de excluir homens piedosos e masculinos e mulheres piedosas e femininas.

Ao mesmo tempo, em um esforço para não perpetuar estereótipos, alguns complementaristas simplesmente não estão concedendo a plenitude do que as Escrituras afirmam sobre masculinidade e feminilidade – uma teologia que vai muito além de meramente “Os homens devem ser pastores e liderar suas casas”.

Espero que, com base nas Escrituras, vejamos que existe, de fato, um “dever” para a masculinidade e a feminilidade. Há uma diferença; uma diferença que não deve ser erradicada, mas celebrada; não confusa, mas esclarecida. Essas são verdades que devemos abraçar com alegria, e não com vergonha.

Sim, os ventos culturais estão soprando firmes e fortes contra a igreja nessas questões. Mas a boa notícia é que atrás de nós está um enorme rio de desígnio divino em cada pessoa humana que flui nessa direção. A ordem criada por Deus não pode ser reprojetada pela engenhosidade humana pecaminosa. É assim que Deus nos fez para ser e é assim que podemos florescer como homens e mulheres feitos à sua imagem.