Não brinque com o que deve ser protegido!

Ninguém brinca com bens que devem ser guardados em bancos de segurança máxima! Essa foi a imagem escolhida pelo apóstolo Paulo para fazer sua última exortação à Timóteo na primeira epístola (1Tm 6.20) quando o assunto era a responsabilidade de guardar a igreja do falso ensino.

“E você, ó Timóteo, guarde o depósito lhe foi confiado…”. Um verbo no aoristo, uma ação simples, pontual, feita uma única vez! A metáfora do “depósito” só aparece duas vezes no NT — também para Timóteo (2Tm 1.12,14). O termo comunica um lugar reservado a objetos de grande valor, um banco para ser mantido em segurança. Ademais, esse depósito foi “confiado”, algo que lhe foi entregue; ele recebeu! Não conquistou com próprias mãos; é uma missão!

Paulo confiou a Timóteo uma possessão valiosíssima para ficar guardada com segurança enquanto o proprietário está longe. O dever de Timóteo era guardá-lo e se responsabilizar por isso! Toda a teologia bíblica da co-regência está presente aqui!

Quando pensamos o que isso significa para nós hoje, fica evidente que a responsabilidade de guardar a igreja do falso ensino é algo de grande valor que nos foi confiado! Mas nem sempre tratado com tal seriedade… O modo de zelarmos pela Igreja de Jesus é ter noção de que estamos guardando um depósito, um tesouro!

A distinção da fé, da doutrina e do evangelho começa quando entendemos sua preciosidade, quando entendemos como ela se destaca das outras formas de vida, das outras propostas… E isso se dá, justamente, por ser cara, por ser preciosa, por não poder ser tratada de qualquer forma!

O cuidado que muitos pastores da igreja têm com ensinos duvidosos, frases estranhas, etc., encontra-se justamente quando vêem o depósito em perigo, colocado em perigo pelos falatórios, pelas contradições e tratamentos vazios dos falsos mestres! Não se brinca com coisas que estão em bancos de segurança máxima!

Se você acha que a doutrina é tão preciosa quanto as últimas filosofias ou teorias que conheceu recentemente, você irá professar esses falatórios vazios como se fossem conhecimento e vai acabar se desviando da fé! (cf. 1Tm 6.20-21)