Um blog do Ministério Fiel
Existe esperança para nossos relacionamentos
Do conflito para o cristianismo.
Você é conhecida como uma pessoa pacificadora, ou é alguém que sempre está envolvida em conflitos?
Conflito pode ser definido como uma profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes; choque, enfrentamento.
Um conflito sempre começa com algum tipo de desejo. Esses desejos podem se transformar em exigências, que se não forem atendidas evoluirão para julgamentos e terminarão em retaliação.
Confessar o meu pecado
Nós fomos chamadas por Cristo para sermos discípulas dele; assim, ele espera que eu olhe para ele, e o imite. Para lidar com nossos conflitos relacionais, portanto, é necessário que sejam dados alguns passos, e o primeiro deles é necessário confessar o meu pecado, assumir meu erro e pedir perdão (a Deus) e a quem está envolvido no conflito.
Confiar em Deus
Depois, é necessário confiar que o presente está sendo construído, que eu e o outro somos pecadores, e deixar literalmente o passado no seu devido lugar. Precisamos viver nossas vidas livres em Cristo, como novas criaturas nascidas de novo, pela fé na pessoa e obra de nosso Senhor Jesus Cristo, não aprisionadas ao passado nem reféns de enganos que torturam, desorientam e que nos mantém estagnados em constantes sofrimentos. A graça nos liberta, encoraja e enche o coração de genuína esperança e profunda confiança nos planos e propósitos de um Deus Soberano que cuida de Seus filhos e faz abundante e suficiente provisão para nós.
É muito comum deixarmos que pensamentos ofereçam justificativas para desistir e não mais nos esforçar para superar ou resolver o conflito, porém, em lugar de justificar, devemos ser transformadas pela renovação da nossa mente. (Rm 12.2).
Foi o próprio Jesus quem disse:
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” Mt 5.9
A minha reação ao conflito não pode ser vencer uma discussão, querer me vingar por ter sido magoada, mas oferecer abertura para o perdão e reconciliação.
É fundamental me concentrar nas minhas responsabilidades (Mt 7.3-5); lembrar do evangelho; perseverar, e acima de tudo, olhar para Jesus, seguir os Seus mandamentos e deixar o resultado em suas mãos. Independentemente do que acontecer, poderemos seguir em frente com a vida, com uma consciência limpa e experimentar a paz que excede todo o entendimento.
O conflito é positivo
Deus está disposto a demonstrar as maravilhas do evangelho em meio aos nossos conflitos conjugais, familiares, relacionais, para que assim ele possa revelar o poder transformador de vidas do seu Filho, Jesus Cristo. Isso me faz olhar para o conflito, de forma positiva, e não como algo negativo.
O foco em nosso próprio coração
Deus sempre nos convida a focar no que está acontecendo em nosso próprio coração quando estamos em desacordo com outras pessoas. Ele nos ensina em meio ao conflito. Nosso coração é a fonte de todos os nossos pensamentos, palavras e ações, portanto, é a origem de nossos conflitos (Mt 15.19).
Mas ele, Jesus, sofreu e experimentou a rejeição do Pai para que nós fôssemos reconciliados com ele. Então, Jesus pode mudar nosso coração.
Graça que restaura
O propósito de Deus é revelar sua graça que restaura, perdoa e salva; e nosso Salvador é capaz de transformar nosso complicado mundo de conflitos em lugares onde o amor é a motivação, e a paz é o resultado. Deus está trabalhando e transformando pessoas que instintivamente falam e reagem por si mesmas em pessoas que efetivamente falam e reagem por Jesus.
Embaixadores de Cristo
Nosso status e identidade, segundo 2Co 5.20 é: embaixadores de Cristo. Nós precisamos falar com essa compreensão e entendimento. O embaixador é o representante; ele fala em nome de. Você e eu fomos enviadas pelo Rei para falar em nome dele. Falar como embaixador significa que estamos sempre perguntando a Deus o que ele quer realizar em nossos corações e nos corações de nossos ouvintes. Nossa função é agir como Jesus agiu, reagir como ele reagiu, e falar como ele falou. Nós somos chamadas para levar suas palavras de redenção a cada situação da vida.
Então, o que eu posso fazer de modo diferente para tornar mais fácil a resolução do conflito? Uma das respostas está em:
“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” Fp 2.3
Graça desconfortável
Deus está sempre comigo, todos os dias, em todas as circunstâncias, e é maravilhoso me lembrar do Salmo 46.1 “Deus é meu refúgio e fortaleza […]”.
Sim, ele é o meu refúgio, mas muitas vezes, ele me leva a lugares em que eu não gostaria de estar. Paul Tripp escreve sobre a “graça desconfortável”, explicando que Deus nos guarda e nos livra dos perigos (sim), porém a sua graça atua também em meio aos sofrimentos. Deus usa todas as circunstâncias para moldar nosso coração. “Deus nos levará aonde não pretendíamos ir a fim de produzir em nós o que não poderíamos alcançar por conta própria”. Por mais desconfortável que seja, nos conflitos, podemos ver que sua graça se faz presente. A graça de Deus nem sempre significa livramento aqui e agora, mas significa que ele sempre fará o que é melhor para nós: nos moldar à imagem de Cristo.
Armas de guerra
Quando estamos ressentidas, em conflito, usamos o silêncio, que pode ser “ensurdecedor”; acusamos em vez de ouvir, criticamos em vez de nos perceber. Essas são algumas armas de guerra. Nós precisamos começar admitindo que pessoas e situações não nos fazem falar do modo que falamos. São os nossos corações que controlam nossas palavras. As pessoas e as situações simplesmente proporcionam a ocasião para o coração se expressar. Confessar isso humildemente abre para você as portas do perdão e do poder de Deus.
“Se confessarmos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” 1Jo 1.9
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Pv 15.1
Há esperança para nossos relacionamentos!
A boa notícia é que há esperança! Lembre-se que Deus sabe do que você precisa. O Redentor veio! Há esperança para nossos relacionamentos!
Ser pacificadora envolve escolher as nossas palavras cuidadosamente. Não se trata apenas das palavras que dizemos, mas também das palavras que escolhemos não dizer.
Assim, nossa vida cumpre o propósito:
“Ele morreu por todos, para que os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. 2Co 5.15
Que você seja encorajada a iniciar (ou continuar) nesse processo de resolução de conflitos, enquanto pacificadora, recebendo a capacitação do Senhor para vivenciar a alegria e a paz que somente ele pode dar. Podemos contar com a graça e com a misericórdia do nosso Deus de paz.
“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” Is 26.3