Você precisa ver que Jesus é o Filho de Deus

O livro de Marcos é o segundo livro dos Evangelhos. Aparentemente Marcos escreve as histórias de Jesus narradas pelo apóstolo Pedro. 

Marcos quer chamar a atenção do leitor para quem é Jesus. Quer mostrar pelos seus relatos que ele é o Messias. A maioria das narrativas são de serviço, apontando para o servo que nos dá maior exemplo Cristo Jesus e que estava disposto ao maior serviço, o sacrificial, nos dando que tinha de mais valor.

O livro de Marcos é marcado pela repetição da palavra ver:

Os leitores precisavam VER que Jesus é o Filho de Deus (Mc 1.1)

“- Enquanto Jesus saía das águas do batismo, viu o céu se abrir e o espírito Santo descer sobre ele como uma pomba. E uma voz do céu disse: Você é meu filho amado, que me dá grande alegria.” Marcos 1.10-11

– Jesus viu Simão e André (Mc 1.16)

– Jesus viu Tiago e João (Mc 1.19)

– Ao ver a fé que eles tinham Jesus disse ao paralítico… (Mc 2.5)

– Enquanto caminhava por ali, viu Levi… (Mc 2.13)

– Enquanto olhou para aqueles que estavam ao seu redor e disse: vejam, estes são minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (Mc 3.33)

– Quando o homem viu Jesus, ainda a certa distância, correu ao seu encontro e se curvou diante dele. (Mc 5.6) 

– O povo correu para ver o que havia ocorrido. Chegaram até onde Jesus estava e viram o homem que tinha sido possuído pela legião de demônio. (Mc 5.14 e 15)

Vemos claramente aqui uma repetição. E sempre que temos uma repetição é sinal que devemos ficar atentos.

Jesus tinha uma visão clara de sua missão, porém as pessoas não sabem quem ele é. Marcos vai deixar claro quem Jesus é. E isso entra no clímax do livro com a declaração de Pedro no capítulo 10 versículo 29:

“Quem vocês dizem quem eu sou? Pedro respondeu: O Senhor é o Cristo!”

Curioso é que alguns versículos atrás vemos a cura, que até parece mal curada, de um cego. 

“Jesus pôs as mãos sobre os olhos do homem mais uma vez, e sua visão, foi completamente restaurada; ele passou a ver tudo com nitidez. (Mc 8.25)

“Para termos um avivamento em nossa família, precisamos estar com nossos olhos focados em quem Jesus é”

Estar com os olhos focados em Jesus é conhecer sua missão.

Jesus tinha um proposito quando se encarnou aqui na terra. Ele sabia claramente para que tinha vindo.

Em Marcos 1.15: Enfim chegou o tempo prometido! proclamava. “O reino de Deus está próximo! Arrependam-se e creiam nas boas novas!”

Esse era o convite do nosso Senhor! Que as pessoas se arrependessem dos seus pecados e agora ele se revelara, como o filho da mulher que esmagará a cabeça da serpente, o Messias!

Vejam, essa é a nossa missão.

Não existe avivamento em nossa família se nossa visão estiver diferente de nosso Salvador!

Lá em Mateus 28.18-20 , Jesus deixa claro nossa missão de fazer discípulo. Em Marcos 16.15 “Vão ao mundo inteiro e anunciem as boas novas a todos”.

Embaixadoras e discipuladoras

Ou seja ou estamos representando a Cristo para as pessoas, mostrando quem Cristo é por meio da nossa vida e o que ele fez por mim. Ou estou sendo uma discipuladora ensinando e encorajando pessoas a seguirem a Cristo.

Irmãs, se tenho filhos e marido que não conhecem a Cristo, qual é a minha missão? Apresentar Cristo como Salvador, ele é o Messias aquele que viveu uma vida perfeita aqui na terra e morreu a minha morte, venceu a morte ressuscitando no terceiro dia, me dando vida eterna e ele vai voltar.

Se tenho maridos e filhos que já entregaram suas vidas para Jesus, minha missão é de encorajá-los em sua vida de santidade. Para que se torne cada dia mais parecido com Cristo e ouça: “Você é meu filho amado que me dá muita alegria” (Mc 1. 11)

As circunstâncias e nossos desejos podem desviar nossos olhos da missão

Os apóstolos tinham acabado de chegar de sua missão. Queriam contar como tinha sido a viagem a Jesus. Fico imaginando os discípulos, chegando para contar tudo o que tinha acontecido. Toda aquele euforia, perguntas, histórias tristes, alegres e engraçadas. Todos ao redor de Jesus para que ele ouvisse.

Nem parece as mães em casa… onde nossos filhos parecem as gaivotas do filme Nemo falando: – mãe, mãe, mãe…

E nesse interim, chega a triste notícia da morte de seu querido primo João Batista. 

Jesus sugere que eles peguem um barco para ir a um lugar isolado (talvez um lugar tranquilo, silencioso onde pudessem descansar, conversar e orar. Talvez Jesus queria oferecer um tempo de ensino aos seus discípulos. No texto fala que eles não tinham nem tempo de comer de tanta gente que os seguiam.

Quem é ou foi mãe de crianças pequenas sabe muito bem como é isso! Acaba comendo comida fria e nem se importa, se esconde no banheiro só para ter um tempo de sossego.

Nenhuma dessas coisas são erradas de desejarmos, porém são “distrações” que fazem parte de nossa vida diária e fortemente nos fazem pecar contra nossa família. Elas nos deixam míopes para nossa missão, elas ao invés de nos encorajar servir nossa família elas vendem a mentira que devemos ser servidos!

E assim não imitamos a Cristo e roubamos sua glória para nós.

O antídoto é a busca incessante de agradar ao Pai, mesmo que custe sua vida. Será que conseguimos ver o evangelho aqui? Tem melhor testemunho que possamos dar aos nossos filhos e marido.

O avivamento de nossos lares começa, quando vivemos na pratica o evangelho porque sabemos o custo alto que foi para nosso Salvador entregar sua vida! Que grande amor!

Somente quando temos a missão em nossos olhos vamos ver com clareza a necessidade da nossa família e assim teremos compaixão verdadeira. (v.34)

O texto diz que a multidão vê Jesus partir e vão atrás de dele.

A beleza da compaixão de Jesus está no reconhecimento da necessidade da multidão. Elas eram como ovelhas sem pastor. Que dor deve ter atingido o coração do BOM PASTOR!

Nossos pensamentos logo vão para o Salmo 23, onde vemos quem era o BOM PASTOR.

– Aquele que não deixa me faltar nada, supre minhas necessidades

– Renova minhas forças

– Me guia

– Está comigo nos dias mais difíceis

– Me protege

– Derrama sobre mim sua bondade e amor

– Me dá um lar eterno

Jesus era aquele que podia saciar as necessidades daquela multidão. A única esperança está nele.

Quando olhamos para nossa família precisamos ver que nossa maior necessidade é de Cristo! Precisamos olhar para Ele e assim teremos compaixão uns pelos outros.

Quando vemos nossos filhos nos desrespeitando ou mentindo para nós, nossa compaixão por eles é porque eles necessitam de Cristo! E vamos nos esforçar para falar do evangelho em todos os momentos desde o levantar até dormir.

Quando vemos nosso marido não viver uma vida piedosa, nosso coração não responde com amargura, mas se enche de compaixão pois ele precisa de Cristo e isso nos motiva a orar mais.

Quando nossa família passa por dificuldades e provações lembramos juntos as promessas do nosso bom pastor. Fortalecendo nossa caminhada com Cristo e sendo transformados de glória em glória.

O reconhecimento da nossa incapacidade abre nossos olhos para vislumbramos a graça de Deus (Vs 35-44)

Jesus fica até tarde ensinando a multidão. E logo os discípulos começam a ver problemas e como se quisessem assumir o controle da situação mandam Jesus dispensar o povo para que eles fossem embora.

Jesus queria se revelar a eles e mostrar quem ele é. Um Deus bondoso sábio e amoroso.

Ele dá uma ordem aos discípulos que expõem completamente a incapacidade deles.

Somos totalmente incapazes de produzir um avivamento na nossa família.

Os discípulos não tinham como alimentar aquela multidão. Eles respondem para Jesus com sarcasmo:  “Iremos comprar duzentos denários de pães para lhes dar de comer?” Duzentos dentários representava 200 dias de trabalho, ou seja, impossível!

O que tinham em mãos? Alguns peixes e pães.

Então ele pede que a multidão se sente e a divide em grupos. Jesus erguendo os olhos aos céus, os abençoou. Jesus sabia que dependia do Pai.

É quando somos confrontados com a nossa incapacidade que depositamos nossa dependência no Pai. Aqui entra a oração. O quanto eu oro ao Senhor demonstra o quanto reconheço minha incapacidade e necessidade dele.

Eu oro ao Senhor quando reconheço quem ele é… eu oro, porque preciso do seu perdão, pois peco contra meu marido e filhos. Eu oro porque creio que só ele pode me transformar e transformar meu lar. Oro por salvação!

Jesus alimenta nosso lar com sua presença.

Depois que todos estavam fartos, os discípulos chegam com as sobras. Em um ato de fé, os discípulos acatam a ordem de Jesus e o resultado é a graça de Deus!

Uma vida de obediência é marcada pela graça de Deus. 

Pensem nos rostos de cada discípulo segurando, cada um deles, um cesto cheio de pães e peixes.

Quem aviva nossos lares é Cristo! 

E, em nossa vida ordinária, Deus nos agracia com a benção da revelação dele para nós!

Que a graça de Deus nos ajude a enxergarmos Cristo e assim sermos abençoados com famílias avivadas pelo Mestre para que sua glória seja vista num mundo cego!