Um blog do Ministério Fiel
Querida amiga, aceite meu sincero pedido de perdão
Da ofensa ao perdão a graça de Deus está operando
Escrevo para expressar a minha tristeza e constrangimento por todo esse tempo que não temos nos comunicado. É frustrante saber que, depois de tantos anos, nossa sincera amizade foi interrompida por uma falha em meu caráter.
Sinceramente, eu mesma tive dificuldade em perceber minhas falhas, na verdade devo dar a isso o verdadeiro nome: o meu pecado!
Meu temperamento iracundo tem constantemente me colocado em certas dificuldades. É um estado de alerta que faz de mim uma pessoa irritada e ruidosa. A minha alma faz muito barulho quando é perturbada por algum desconforto, por qualquer coisa que remova sua majestade Dona Alma de seu trono de paz e soberania.
E, amiga, você sabe que quanto mais intimidade e amor temos por alguém, mais essa pessoa vai sofrer com nossos pecados e erros, não é verdade? Pois o fato de sabermos que somos amadas por alguém nos dá abertura para não temer perder esse amor mesmo que nossa grosseria extrapole o bom senso e se esqueça da gentileza.
Por favor aceite meu sincero pedido de perdão. Nada justifica meu pecado de estar irritada e irada, estar assim é uma vergonha. Uma vergonha para mim mesma, uma vergonha para o evangelho que tem sido difamado pelo meu temperamento.
Uma tristeza cobriu a minha alma depois que me enfureci com você. O Senhor Deus usou essa situação para me disciplinar e me mostrar que eu preciso mudar. Tomei uma decisão de tratar com diligência esse pecado em meu temperamento e corrigir com urgência o que envergonha meu Salvador.
Peço que ore por minha santificação e que me ajude apontando sempre meus pecados, que não honram a Deus.
Amiga, aceite meu pedido de perdão e minha gratidão por sua amizade fraterna, sincera e amorosa. Andar com você é uma alegria e fortalece meu espírito.
Um carinhoso abraço,
Com amor,
Irmã arrependida
Examine seu coração
Seria bom e sábio podermos sinceramente expor nossas vulnerabilidades dentro do corpo de Cristo, mas sabemos como essa questão é dificultosa.
Uma grande dificuldade, acredito, não está em expor o seu pecado, mas justamente em reconhecer o seu pecado e a ofensa que ele provoca a Deus e às pessoas. É preciso ter humildade para se perceber. Então, um hábito que merece nossa atenção é o autoexame.
A Palavra de Deus quando lida, ouvida e estudada e sempre acompanhada de oração sincera é o hábito que precisamos para enxergar nosso pecado. Perceber o próprio pecado é um bom passo para o pedido de perdão, mas buscar o ofendido é o ato de humilhação e do reconhecimento de nossa pequenez.
A maravilhosa graça está operando em todo esse percurso da ofensa ao perdão: autoexame, reconhecimento do pecado, buscar o ofendido e finalmente pedir o perdão.
Algo extraordinário acontece entre o ofendido e o ofensor quando o perdão é concedido, reconciliação.
Reconciliação é o que temos com Deus pelo sangue de Jesus Cristo. Deixamos de ser inimigos de Deus e nos tornamos amigos, reconciliados pelo amor. O ofendido nos busca com amor para sermos justificados por ele.
Amor, graça e misericórdia nos alcançaram no perdão de Deus.
Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. (Romanos 5.7-11)
Embora a reconciliação seja algo maravilhoso, ainda temos mais quando confessamos nossos pecados, além de perdoados somos purificados, Jesus pagou o preço e ainda nos limpa, santifica para estamos puros diante do Deus santo.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (1 João 1.9)
Diante dessa revelação de amor, podemos humildemente nos curvar diante da graça divina e buscar o perdão daqueles a quem ofendemos com nossos miseráveis pecados ordinários.
Onde há desavença que o Senhor nos conceda espírito de sabedoria e nos conduza à reconciliação sincera.
Suportem-se uns aos outros e perdoem-se mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem também uns aos outros. (Colossenses 3.13)