Um blog do Ministério Fiel
Pensando biblicamente sobre metas de exercícios físicos para o novo ano
A necessidade do exercício físico e nossa necessidade de Deus
O ano novo traz novas resoluções e ficar em boa forma física, historicamente, está no topo das metas de resolução de ano novo para a maioria das pessoas. Eu faço parte da indústria fitness há quase oito anos, intermitentemente. Todo mês de janeiro, as academias ficam lotadas de novos membros e novos participantes em aulas de ginástica em grupo (onde você me encontraria dando aulas).
Imagino que parte do motivo seja que passamos dois meses comendo quantidades enormes de comida celebrando o Dia de Ação de Graças, Natal e Ano Novo. O outro motivo é que cada ano parece um momento para começar de novo.
Algum valor
Não me oponho a esse objetivo. Cuidar de nossos corpos pode ser uma maneira de honrar a Deus. Deus nos criou não para devastar nossos corpos abusando deles, mas para que pudéssemos usá-los para Sua glória e Seus propósitos. E embora a piedade seja de valor supremo, sabemos que o treinamento físico tem algum valor para o Senhor. Paulo nos ajuda a ver a falsa dicotomia quando escreve: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.” (1 Timóteo 4.8).
Então podemos assumir que está tudo bem em perseguir o exercício físico como uma meta para uma vida saudável e, mais importante, para uma vida piedosa. O exercício físico fornece força para o serviço, pode ser restaurador e pode ser rejuvenescedor.
Mas o fato de haver a necessidade de nos exercitarmos é outro lembrete de que vivemos em um mundo caído com corpos caídos. Se o começo do ano novo é um lembrete de que precisamos nos exercitar, é ainda mais um lembrete de que precisamos de Deus.
A Queda
A queda da humanidade trouxe danos significativos ao mundo inteiro. Não só trouxe pecado ao mundo, amaldiçoando até mesmo nossas boas ações, como trouxe doença e morte. No momento em que nascemos, nossos corpos começam o processo de deterioração. Nós nos desenvolvemos, crescemos e desmoronamos. Mesmo aos 34 anos, embora para muitos eu fosse considerada jovem, não consigo pular tão alto ou correr tão rápido quanto antes. E me encontro dolorida em lugares que nunca senti antes.
Deus informa Adão que, como parte da punição por seu pecado, a humanidade “retornaria ao pó” (Gênesis 3.19). O próprio pó do qual ele foi criado, uma vez puro e imaculado, ele retornará como pó.
Nossos corpos murcham, mudam e se cansam. Tentamos todos os medicamentos experimentais e várias formas de exercício para prolongar ou prevenir o inevitável. Botox, cirurgia plástica e uma vida inteira de maratonas não podem evitar nosso destino inevitável. Como Adão, somos pó e ao pó retornaremos (Gênesis 3.19).
Nenhuma quantidade de exercício pode impedir isso.
Corpos ressuscitados e a beleza de Cristo
Embora não haja nada nesta terra a ser desejado por toda a eternidade, na bondade de Deus Ele não nos deixa sozinhos em nossa desintegração. Sabemos que com o tempo ele fará todas as coisas novas e o que antes era forjado com doença e dor se levantará em glória com Cristo. Paulo conecta a queda e nossa ressurreição para nós quando escreve: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.” (1 Coríntios 15.22–23).
Se isso não fosse uma boa notícia o suficiente, Paulo nos lembra que não somente estaremos com Cristo, mas que estaremos com ele e seremos como ele: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” (Filipenses 3.20–21).
Sim! Deus o fará novo. Ele transformará nossos corpos, aqueles que estamos malhando, desgastando, fazendo passar fome e batendo para tentar torná-los bonitos — sim, ele tornará nossos corpos bonitos, puros e gloriosos quando retornar. Nossos corpos nunca mais morrerão. E o mais importante, estaremos sem pecado.
Tudo menos adoração
À medida que este novo ano começa, nossos corpos caídos e imperfeitos são mais uma maneira de olharmos para Cristo. Por sua graça, podemos tirar nossos olhos de nós mesmos e fixá-los diretamente em Jesus.
Nossos corpos são feitos para adoração e, se o Senhor nos deixar viver o suficiente, podemos ficar com corpos incapazes de fazer qualquer coisa além de adorar.
Cada dor, sofrimento e músculo flácido que antes era firme é outro lembrete de que temos um Salvador que é perfeito em beleza e que está vindo para nos buscar, para nos devolver ao nosso estado anterior à queda e para nos elevar a uma condição mais gloriosa do que podemos imaginar.
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