Mulher à imagem de Jesus

Admirada, lembrada e imitada

Lendo a biografia de Elisabeth Elliot, me deparei com uma declaração em seu diário a respeito de uma senhora inglesa que foi sua mentora durante seu tempo no Instituto Praire, onde estudava.

Ela diz sobre a senhora inglesa:

“A Sra. Cunningham permaneceu uma encorajadora e um modelo para Betty pelo resto de sua vida. E não era só porque a Sra. Cunningham tinha palavras sábias a dizer. Era por causa de quem ela era. “Acima de tudo, ela mesma era a mensagem.”[1] (por exemplo, Betty refletiria mais tarde que ser missionária não era uma questão de declarar uma mensagem. Era uma questão de encarnar o Evangelho, como a “Sra. C.” fizera com ela).”

Não seria um enorme privilégio saber que a nossa pessoa pode ser admirada, lembrada e imitada?

A Sra. Cunningham deve ser alguém a ser imitada, ela nos aponta para Cristo, para a encarnação de Cristo. Eu nunca havia pensado que eu poderia ser a própria mensagem ao invés de apenas a mensageira. Esse é o tom que devemos imprimir em nossa vida cristã, sermos a própria mensagem, ter uma vida que aponte para o Salvador.

Três verdades que temos dessas linhas escritas por Elisabeth:

  1. Podemos ser pessoas que transmitem o Evangelho não apenas como um conceito, mas com a nossa própria vida sendo a mensagem viva do Cristo.
  2. A encarnação de Cristo é possível de ser imitada por nós, no sentido de nós mesmas sermos representantes visíveis do Deus invisível.
  3. Como embaixadoras, representamos Cristo como a imagem dele em nós.

O apóstolo Paulo escreveu aos seu filhos espirituais que fossem seus imitadores, ele disse:

Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo. (1 Coríntios 11.1)

Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. (Filipenses 3.17)

No entanto, Paulo era um pecador como qualquer pessoa, então qual era a confiança de Paulo de dizer que o imitassem?

Encontro uma resposta para isso em suas próprias palavras:

Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1.6)

A confiança de Paulo de poder ser imitado como discípulo de Cristo era a promessa de que embora não fosse perfeito, Cristo estava trabalhando nele, o transformando de glória em glória à imagem de Cristo, o Senhor.

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. (2 Coríntios 3.18)

Ovelha, o crescimento em santidade é um processo que dura toda a vida, até aquele Dia quando seremos transformadas à imagem original a qual fomos criadas, então não haverá mais pecado em nós.

Enquanto estamos aqui, devemos nos esforçar para Cristo em nós ser visto e apreciado. Isso acontece com autoexame, o exercício espiritual de nos reconhecermos como pecadoras, tentadas pelo mal, mas resistentes ao pecado, mortificando nossa carne dia a dia até sermos perfeitas em Cristo.

Ser admirada, lembrada e imitada é o resultado de um refinamento da alma, que a cada dia está sendo conformada ao Senhor. Envolve dor, angústia, morte e finalmente vida nova, renovação e alegria.

Confie e permaneça em Cristo. Avante, ovelha!

 


[1] The Elisabeth Elliot Newsletter, set./out. 1989, “A Call to Older Women”. Citado em Moldada por Deus, de Ellen Vaughn, Editora Fiel, p. 197

Por: Renata Gandolfo. © Voltemos Ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Revisão e edição: Vinicius Lima.