A paz que é possível (Romanos 12.18)

 

Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. (Rm 12.18)

 

A Bíblia é um livro maravilhosamente prático. Sua sabedoria é rica e realista, e, quanto mais vivemos, mais significativamente a ouvimos falando de todas as nossas situações. À medida que envelhecemos, muitos de nós percebemos que nossos pais muitas vezes estavam certos em suas advertências e sabedoria; e, conforme caminhamos pela luz da Palavra de Deus, ela se mostra certa no momento oportuno, todas as vezes.

Paulo exibe essa sabedoria atemporal e realista aqui. Por um lado, isso parece simplista: apenas tente estar em paz com todos. Não é difícil de entender. Mas não é só isso que ele está dizendo. A instrução é precedida por duas qualificações: “se possível” e “quanto depender de vós”. A implicação é que nem sempre isso será possível!

Paulo não está fornecendo uma brecha aqui. Ele não está nos mandando ficar em paz enquanto pudermos controlar nosso temperamento ou emoções, como se, caso contrário, fôssemos livres para abrigar amargura. Seu chamado para nós é para garantir que qualquer conflito contínuo em nossa vida aconteça apesar de nós, não por nossa causa. A responsabilidade pela animosidade contínua nunca deve ser atribuída à nossa relutância em buscar a reconciliação.

Porém, mesmo que tenhamos feito a nossa parte, há duas situações em que a paz pode não ser possível. Uma delas é quando a outra parte não está disposta a estar em paz conosco. Podemos estar lidando com alguém com a intenção de nos prejudicar e sem interesse em resolver o conflito. Nessa situação, pode não ser possível mudar essa pessoa ou evitar sua crueldade — mas será possível não revidarmos. Quando garantimos que não estamos contribuindo para o conflito, estamos buscando a paz o “quanto depender de nós”.

O outro obstáculo surge quando os termos de paz são incompatíveis com os princípios de santidade, verdade e justiça. O escritor de Hebreus tinha essa situação em mente quando instruiu seus leitores: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Essas não são duas instruções desarticuladas; nosso esforço pela paz e pela santidade não deve nos levar a direções separadas. A busca da paz não deve se tornar a busca da paz a qualquer preço. Alguns de nós precisam tomar cuidado para que nosso desgosto por conflitos e confrontos não nos leve a buscar a paz à custa da retidão.

Você não pode mudar um coração; isso é prerrogativa do Senhor. Você não deve comprometer sua integridade; essa é a principal preocupação do Senhor. Mas Deus está lhe dando um imperativo, tanto quanto couber a você, para que você busque a paz. Você precisa ser motivado por essa ordem para moderar suas palavras, mudar seu comportamento ou dar o primeiro passo para reparar um conflito hoje?


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