Um blog do Ministério Fiel
A realidade final (Isaías 42.5-9)
Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei. (Isaías 42.5-6)
Em 1932, Albert Einstein observou: “Nossa situação na Terra parece estranha. Todos nós aparecemos aqui involuntariamente e sem convite para uma visita breve, sem sabermos os porquês e para quês”.[1] De fato, você não precisa de muito tempo até ouvir alguém dizer que vivemos em um mundo fortuito, onde a história se repete meramente e não há um propósito primordial no universo. Se isso é verdade, então é difícil encontrar importância na vida. Não há nada, a não ser viver e depois morrer.
Deus fala da ausência de propósito resultante dessa visão da realidade. Ele proclama a realidade última que muda tudo: ele próprio. Deus se apresenta, revelando sua identidade: “Eu, o Senhor”. O nome de Deus (aqui, “o Senhor”) não é simplesmente para o chamarmos assim; ele expressa o ser de Deus. Os muitos nomes de Deus na Bíblia dão informações importantes sobre quem ele é: eterno, autossustentável, soberano… e muito mais!
Conforme Deus fala, ele também revela o seu poder. Os céus são projetados por ele, e ele é quem estendeu a terra e deu forma e vida a tudo que vem dela. A estabilidade e a produtividade da Criação estão fundamentadas no Criador. Não somos o produto de algum surto evolutivo autoexistente, mas o ato direto de um Projetista. Não podemos entender nossa existência à parte de Deus. Não fomos feitos para isso.
E qual é o propósito de Deus agora para tudo o que ele fez? Trazer justiça à terra por meio da salvação. “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios.” Ele não está falando aqui para nós, mas para o seu Filho, o Servo que Isaías apresenta. Quando precisamos de conselho, de amizade, de perdão, de salvação, Deus já disse: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho” (Is 42.1).
Nunca estaremos tão satisfeitos na vida como quando descobrimos nossa realidade última em Cristo. Fluindo dessa realidade, encontramos o nosso propósito: “glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”.[2] Se deseja ter propósito e satisfação na vida, você precisa apenas crer e se regozijar no Servo do Senhor, glorificando a Deus assim como Simeão fez: “Porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” (Lc 2.30-32).
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[1] “My Credo”, citado em Michael White e John Gribbin, Einstein: A Life in Science (Free Press, 2005), p. 262.
[2] Breve Catecismo de Westminster, Pergunta 1.