Um blog do Ministério Fiel
A tolice do favoritismo (Gênesis 37.3-4)
E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente. (Gênesis 37.3-4 ARC)
Favoritismo nos relacionamentos é tolice.
Vemos isso em toda a história do povo de Deus no Antigo Testamento, mas talvez seja maior na vida de José, pois ele era o objeto do interesse especial de seu pai, Jacó. José “era filho da velhice [de Jacó]” e do grande amor da vida deste, Raquel. Então Jacó, a quem Deus havia renomeado Israel, amava esse filho mais do que aos outros. Brotaram muitos frutos ruins nessa família a partir dessa raiz de parcialidade.
Jacó expressou seu favoritismo por meio de um presente, uma “túnica de várias cores” que ele mesmo havia feito. Era claramente um símbolo de favoritismo — um que José obviamente gostava de usar. Este casaco controverso provocou intensa hostilidade dos irmãos de José. De sua hostilidade brotaram malícia e intenção assassina. No fim das contas, eles chegaram ao ponto de vender seu próprio irmão como escravo e fingir sua morte.
Se o presente de um casaco poderia incitar tal resposta, então certamente o problema era muito maior do que o próprio casaco. Deve ter havido um pecado profundo nos bastidores. E é exatamente isso que encontramos com os irmãos de José. O problema deles não era tanto que o casaco era muito valioso; era que colocava José em uma classe diferente deles. Ao dar esse presente a ele, Jacó elevou José acima de seus irmãos e isso os corroeu. A escolha de um favorito sempre exige a escolha implícita de um não favorito, o que é um gatilho tanto para a arrogância e o orgulho daquele escolhido como favorito, quanto para o ressentimento e a amargura daqueles que não são. Você pode ter visto ao seu redor, ou mesmo em sua própria vida, os efeitos corrosivos de ser um favorito ou ser preterido por esse status.
Jacó deveria ter sido mais sábio, pois ele mesmo havia sido objeto de favoritismo indevido — sua própria mãe o preferiu a seu irmão, Esaú, e isso levou ao caos. Seu relacionamento com Esaú, como o de José com seus irmãos, foi prejudicado por anos.
Não sejamos rápidos demais, porém, para nos distanciarmos da mentalidade e das ações de Jacó ou de seus filhos, como se nunca pudéssemos ser culpados de algo semelhante. Devemos todos tomar cuidado com a loucura do favoritismo nos relacionamentos e a fúria que tantas vezes o acompanha. A parcialidade é um erro comum e compreensível, mas lança sombras profundas, escuras e destrutivas.
Em vez de simplesmente balançar a cabeça em desaprovação à tolice de Jacó, vamos aprender com ela. Cada relacionamento é um presente único de Deus. Quando mostramos favoritismo àqueles que estão à nossa volta, por qualquer motivo que seja, podemos ter certeza de que isso irá fraturar e devastar os relacionamentos. Se, no entanto, valorizamos cada amigo, membro da família e o próximo com amor e carinho evidentes, honramos a Deus e encorajamos o coração daqueles que ele colocou ao nosso redor.
Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocional